Minicongresso IPC chega à sétima edição. Trabalhos foram exibidos dia 29

Enviado por Camila Delmondes em Seg, 05/12/2016 - 08:41

Na tarde da última terça-feira (29), a Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, por intermédio da Comissão de Graduação em Medicina, promoveu o VII Minicongresso de Introdução à Prática de Ciência (IPC). Na ocasião, estudantes do primeiro ano do curso médico apresentaram os projetos de iniciação científica realizados, em 2016, para a disciplina de Prática de Ciências, módulos I e II (MD 141 e MD 242).

Fechando o módulo II da disciplina, os 110 trabalhos elaborados, em formato pôster, foram expostos no Anfiteatro I da FCM, e avaliados por uma comissão de professores, alunos de pós-graduação e médicos da faculdade. Em 2017, o evento deverá passar por uma reformulação, visando estreitar, ainda mais, os vínculos estabelecidos entre os alunos, orientadores e preceptores.

A ideia – explica a coordenadora do evento Maria de Fátima Sonatti – é proporcionar mais encontros da disciplina, para que a equipe de preceptores tenha mais tempo para estabelecer vínculos, acompanhar o desenvolvimento do projeto, e construir uma ponte entre os estudantes e os orientadores. “Temos aula com os estudantes a cada 15 dias e percebemos que isso é pouco”, disse.

Maria de Fátima ainda explica que a maioria das faculdades de medicina não possui uma disciplina com as mesmas características da disciplina IPC. “A Unicamp foi bastante inovadora ao implementá-la durante a reforma curricular  (2001)”. Mais do que despertar nos alunos o lado médico cientista, capaz de receber e gerar novos conhecimentos, a disciplina tem como objetivo principal, desenvolver o olhar crítico dos estudantes.

“O que queremos para a grande maioria dos alunos, é que eles sejam expostos e conheçam a atividade científica, de maneira a desenvolver uma visão crítica em relação aos conhecimentos dos quais eles terão acesso durante toda a vida. Conhecimentos que, na atualidade, mudam muito rápido e são muito acessíveis”.

Da passividade de quem tudo recebe, para um posicionamento mais ativo daqueles que mantém espírito crítico diante de uma nova informação. “Isso é bom, ou isso não é bom? Isso foi bem feito, ou não? Isso pode ser verdadeiro, ou pode ser falso? Quais são as limitações desse conhecimento que estão tentando me passa?”, exemplifica a coordenadora do IPC.

No primeiro semestre de 2016, depois de um período na biblioteca aprendendo a buscar as informações disponibilizadas em diferentes bases de dados, os estudantes também discutiram a ética em pesquisa com seres humanos e animais, e arquitetaram o processo de investigação, através da elaboração do projeto de pesquisa. O módulo I da disciplina fechou com a palestra “Ética nas relações humanas”, em que o historiador e professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, Leandro Karnal, falou a um auditório lotado.