Qualificações e Defesas - Detalhes
Fatores prognósticos no carcinoma espinocelular de orofaringe no estado de São Paulo em 10 anos de seguimento | ||
Candidato(a): Fabio Lau |
Banca avaliadora Titulares Carlos Takahiro Chone - Presidente Carmen Silvia Passos Lima Leandro Luongo de Matos - Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein Rogerio Aparecido Dedivitis - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Ligia Traldi Macedo - Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP Suplentes Alfio Jose Tincani Márcio Abrahão José Vicente Tagliarini - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho |
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ResumoResumo Objetivo: Analisar dados epidemiológicos e sobrevida do carcinoma espinocelular de orofaringe no estado de São Paulo. Métodos: Estudo retrospectivo epidemiológico do banco de dados da Fundação Oncocentro de São Paulo, relativo à pacientes com carcinoma espinocelular de orofaringe diagnosticados entre 2004 e 2014 no Estado de São Paulo. Análise descritiva com apresentação de tabelas de frequências para variáveis categóricas e medidas de posição e dispersão para variáveis contínuas. Foi utilizado escore de propensão para controlar potenciais fatores de confusão na associação entre as características das amostras e os resultados. A partir dos dados pareados obtidos pelo escore de propensão, foi repetida análise por regressão Cox apenas com tratamento sendo a variável independente para estimar as curvas de sobrevida. O nível de significância foi de 5 para todas as análises. Resultados: Foram identificados 8075 indivíduos com diagnóstico de carcinoma espinocelular de orofaringe. 86,3 pacientes e 13,7 apresentaram estadiamento avançado e inicial ao diagnóstico, respectivamente. Tratamento cirúrgico foi realizado em 27,2 , e não cirúrgico em 57,5 dos indivíduos. A comparação entre os grupos pareados pelo escore de propensão submetidos aos tratamentos cirúrgico e não cirúrgico demonstrou maior número de óbitos nos submetidos ao tratamento não cirúrgico. Porém, não houve diferença entre as modalidades terapêuticas para recorrência, o que sugere uma taxa de remissão completa similar entre as duas modalidades. Conclusão: Nossos resultados evidenciaram que pacientes submetidos ao tratamento não cirúrgico apresentaram menor tempo de sobrevida global. Não houve diferença significativa para tempo de sobrevida livre de doença entre tratamento não cirúrgico e cirúrgico. Ensaios clínicos randomizados podem avaliar se complicações da quimioterapia e radioterapia resultam em menor taxa de sobrevida global. |