Qualificações e Defesas

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DOBRAS CUTÂNEAS EM NULÍPARAS E SUA ASSOCIAÇÃO COM COMPLICAÇÕES NA GRAVIDEZ: UM ESTUDO DE COORTE MULTICÊNTRICO NO BRASIL

Candidato(a): Marta Pedro Nhauche Orientador(a): Renato Teixeira Souza
Mestrado em Tocoginecologia
Apresentação de Defesa Data: 22/05/2024, 14:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós -Faculdade de Ciências Médicas
Banca avaliadora
Titulares
Renato Teixeira Souza - Presidente
Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti - CAISM/UNICAMP- Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti - CAISM/UNICAMP
Adriana Gomes Luz
Évelyn Traina- Escola Paulista de Medicina - UNIFESP
Suplentes
Giuliane Jesus Lajos
Alan Roberto Hatanaka - Universidade Federal de São Paulo

Resumo


A medição da espessura das dobras cutâneas é um dos métodos utilizados para avaliar a composição da gordura corporal e estimar sua proporção. A dobra cutânea estima a distribuição da gordura subcutânea e sua soma pode estimar o percentual de gordura corporal. A composição corporal é a proporção entre os diferentes componentes corporais e a massa corporal total, expressa pelas percentagens de gordura e de massa magra. Pela sua avaliação determinamos os componentes do corpo humano de forma quantitativa, sendo útil para monitorar o grau de desenvolvimento e crescimento, o estado dos componentes corporais de diferentes grupos, inclusive as gestantes. Neste contexto, a avaliação e o acompanhamento do estado nutricional de mulheres nulíparas, contribuem consubstancialmente para o monitoramento das mulheres, assim como também para o bebê, na medida que influenciam nos desfechos gestacionais. Objetivo: Avaliar a modificação da soma das dobras cutâneas de gestantes nulíparas de baixo risco ao longo da gestação e sua associação com complicações gestacionais. Métodos: Utilizamos dois estudos de coorte prospectivos longitudinais e multicêntricos realizados no Brasil (Preterm SAMBA e MAES), que acompanharam nulíparas de baixo risco em 3 visitas do estudo: 19-21 semanas, 27-29 semanas e 37-39 semanas. Comparamos a trajetória das dobras cutâneas (média e mediana da soma de três dobras subescapular, tríceps e bíceps) de acordo com características maternas e gestacionais; utilizamos o teste χ2 e de Mann-Whitney para variáveis categóricas e numéricas, respectivamente. Avaliamos também a trajetória das dobras de acordo com a ocorrência de desfechos gestacionais. Resultados: Foram consideradas 1.527 nulíparas para análise. A média da idade materna foi de 24 anos, a maioria das participantes tinha entre 20 e 35 anos de idade que corresponde a 72 (n=1093) da população (p <0.001 em todas as avaliações). A soma das dobras cutâneas teve valores crescentes ao longo das três visitas, sendo as médias (desvio padrão) de 73,54, 76,69 e 78,09. As características que se associaram com maior ganho de dobras cutâneas ao longo das três visitas do estudo foram a idade materna ≤19 anos, ser residente na região Sul/Sudeste, com uma renda familiar baixa. O aumento da dobra cutânea é maior da segunda para a terceira do que da primeira para a segunda medidas. Conclusão: A avaliação da trajetória das dobras cutâneas pode ser um marcador potencialmente útil na avaliação de risco de complicações gestacionais, uma vez que pode auxiliar na vigilância nutricional ao longo da gestação. Embora as mulheres com obesidade tenham um ganho baixo, há necessidade de um acompanhamento, uma vez que a literatura demonstra que elas têm um maior ganho no pós-parto. A idade materna ≤19 anos, escolaridade entre 9-12 anos, ausência de parceiro, renda familiar média alta, residir no Sul/Sudeste do país, são as características maternas e gestacionais que influenciam a trajetória da dobra cutânea ao longo da gestação. O aumento das dobras cutâneas foi associado ao diabetes mellitus gestacional, a pré-eclâmpsia, a pequeno para idade gestacional.



Efeito da Suplementação com Colágeno na Osteoartrite de Joelho:Uma Revisão Sistematica

Candidato(a): Alexandre Guerreiro da Fonseca Orientador(a): Rodrigo Alvaro Brandão Lopes Martins
Mestrado em Farmacologia
Apresentação de Defesa Data: 22/05/2024, 14:30 hrs. Local: Sala Amarela
Banca avaliadora
Titulares
Fabiola Taufic Monica Iglesias - Presidente
José Luis Rodrigues Martins
Gustavo Duarte Mendes- Universidade Metropolitana de Santos
Suplentes
Gilberto De Nucci
Flávio Aimbire Soares de Carvalho - UNIFESP

Resumo


Introdução: a osteoartrite de joelho é uma afecção do aparelho locomotor que incapacita muitos pacientes, com grande prevalência nos idosos. As abordagens terapêuticas farmacológicas ora em uso, amplamente utilizadas, são os anti-inflamatórios não esteroidais, que além de apresentarem numerosos efeitos adversos tem sua atuação nos sintomas e não na origem do problema, o que vem motivando pesquisas na busca de maneiras mais seguras. O uso do colágeno, seja como peptídeos, seja não desnaturado é uma opção que tem se mostrado ser uma alternativa promissora. Objetivo: comprovar a eficácia, baseado em evidência, do uso de peptídeos de colágeno hidrolisado no tratamento da osteoartrite de joelho por meio da análise dos resultados de estudos duplo cego, randomizados com controle de placebo. Método: foram pesquisados em diferentes bancos de dados, na língua inglesa e em português, no período de 2001 a 2021 estudos clínicos randomizados controlados com placebo usando as seguintes palavras chaves nos títulos e abstrato; “osteoartrite de joelho” ou “artrose de joelho” (“knee osteoarthritis” ou “knee arthrosis”) e “suplementação com colágeno hidrolisado” (“hydrolysed collagen supplementation”). Resultados: foram selecionados um total de 565 artigos sendo que após a aplicação dos critérios de inclusão/exclusão somente 4 se tornaram elegíveis. Conclusão: a suplementação com colágeno tende a se firmar como forma segura e eficaz de se tratar a osteoartrite em sua origem, uma excelente promessa, contudo ainda são poucos os dados para assegurar e confirmar baseado em evidências os efeitos benéficos da suplementação de colágeno hidrolisado na osteoartrite de joelho.



Candidato(a): Ítalo César Porto Xavier Orientador(a): Fernando Cendes
Mestrado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Qualificação Data: 23/05/2024, hrs. Local:
Banca avaliadora
Titulares
Fernando Cendes - Presidente
Suplentes
Luciana Ramalho Pimentel da Silva
Brunno Machado de Campos
Ana Carolina Coan

ALIMENTAÇÃO E HIDRATAÇÃO NAS CONDIÇÕES GRAVES DE SAÚDE: VALIDAÇÃO DE UMA FERRAMENTA DE APOIO À DECISÃO

Candidato(a): Danielle Brito Rodrigues Orientador(a): Adriana Lia Friszman De Laplane
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação Coorientador(a): Daniele Pompei Sacardo
Apresentação de Defesa Data: 23/05/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro
Banca avaliadora
Titulares
Adriana Lia Friszman De Laplane - Presidente
Lucia Figueiredo Mourao
Lívia Costa de Oliveira- Instituto Nacional de Câncer
Ana Carolina Constantini
Edison Iglesias de Oliveira Vidal- UNESP BOTUCATU
Suplentes
Márcio José da Silva Moreira - Universidade Federal Fluminense
Rita De Cassia Ietto Montilha
Simone Garruth dos Santos Machado Sampaio - Instituto Nacional de Câncer

Resumo


Introdução: Alimentação e hidratação (AH) no contexto da condição grave de saúde (CGS) pode tornar-se uma tarefa árdua, trazendo conflitos pessoais, familiares e para equipe de saúde. Disfagia, inapetência e/ou recusa alimentar podem surgir na iminência da morte, desafiando os envolvidos, sendo associados ao uso frequente da alimentação/hidratação artificiais (AHA). Evidências científicas apontam para a singularização do cuidado com oferta cuidadosa de alimentos por via oral (VO) e indicação criteriosa da AHA, podendo ocorrer concomitantemente com oferta por VO. Informações imparciais das opções de AH possíveis são fundamentais para a tomada de decisão (TD) compartilhada. Entretanto, isso nem sempre ocorre e AHA na terminalidade é indicada sem o plano de cuidados. Ferramentas de apoio à decisão (FADs) elaboradas com linguagem clara e informações baseadas em evidências podem auxiliar no processo de TD, minimizando o conflito decisório (CD) e contribuindo com letramento em saúde (LT). Justificativa: Escassez de FADs que esclareçam opções de AH disponíveis nas CGS e contribuam com processo de TD compartilhada e LT. Objetivos: (1) Elaborar e validar a FAD para ser utilizada nas dificuldades de AH e CGS. (2) Analisar o potencial de diminuição do CD e (3) qualificar o processo de TD compartilhada. Método: Estudo quanti-qualitativo utilizando Método E-Delphi com profissionais especialistas e Escala de Conflitos de Tomada de Decisões (ECTD) no projeto piloto de validação da FAD com pacientes, familiares, cuidadores e/ou responsáveis legais (usuários). Resultados: Na primeira fase, a FAD foi elaborada e validada após duas rodadas, com apoio de juízes especialistas e 94 de concordância média, sendo considerada útil no apoio à TD nas CGS e dificuldades na AH. Na fase II foi aplicada a ECTD, a FAD foi apresentada aos usuários e os resultados evidenciaram discreta diminuição na escolha pela AHA. A preferência pela AH mista aumentou. A maior mudança ocorreu na escolha da alimentação oral exclusiva (VOE), que dobrou. Qualidade de vida, prazer oral e não prolongamento do sofrimento foram as justificativas para VOE. Segurança do paciente, preocupação com desnutrição/desidratação e concordância com indicação médica foram os argumentos para escolha da AHA. A via mista foi opção daqueles que consideraram garantir o aporte nutricional via AHA e oferecer prazer pela VO, concomitantemente. Os graus de informação, clareza, suporte, certeza e decisão eficaz foram avaliados e melhoraram ao serem expostos à FAD. Os conflitos surgiram no conhecimento das opções de AH disponíveis, clareza dos valores e preferências de cuidados e complexidade da TD. As maiores potências da FAD foram as informações sobre vantagens e desvantagens das opções de AH, apoio da equipe de saúde, esclarecimentos da escolha a ser feita e esperança de poder rever esta escolha. Conclusão: A FAD, validada por especialistas e testada por usuários no projeto piloto, apresenta-se como instrumento com potencial de colaborar na diminuição do CD e auxílio à TD nas dificuldades de AH e CGS. Além disso, pode: (1) contribuir para promoção da autonomia, protagonismo e escolhas esclarecidas, (2) produzir conhecimento técnico-científico e (3) estimular novas práticas de educação/letramento em saúde.



IDENTIFICAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS DA ALTERAÇÃO DE EXPRESSÃO DE PODXL E TRPC6 APÓS OVERLOAD DE ALBUMINA EM CULTURA DE PODÓCITOS COM E SEM DANO.

Candidato(a): Marcela Lopes de Souza Orientador(a): Mara Sanches Guaragna
Doutorado em Ciências Médicas
Apresentação de Defesa Data: 23/05/2024, 13:30 hrs. Local: Auditório CBMEG - UNICAMP
Banca avaliadora
Titulares
Mara Sanches Guaragna - Presidente
Tarsis Antonio Paiva Vieira
Precil Diego Miranda de Menezes Neves- Faculdade de Medicina da USP
Claudia Vianna Maurer Morelli
Paulo César Koch Nogueira- Universidade Federal de São Paulo
Suplentes
Andreia Watanabe - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Patricia Varela Calais - Universidade Johns Hopkins
Edi Lucia Sartorato

Resumo


A proteinúria é caracterizada pela excreção urinária aumentada de proteína, podendo ser um quadro persistente, mesmo em quantidade bastante reduzida, mas que quando acima do limite considerado normal constitui um importante indicativo de doença glomerular primária ou secundária e de desenvolvimento de doença renal crônica (DRC), além de servir como um importante marcador prognóstico para esta condição. Os podócitos são células altamente especializadas e diferenciadas que recobrem os capilares glomerulares na face externa (urinária) da membrana basal glomerular e são compostos por três segmentos morfológica e funcionalmente diferentes: um corpo celular, processos principais e pedicelos, que são longas projeções citoplasmáticas. Danos em qualquer um dos três domínios dos pedicelos alteram os feixes contráteis de actina, normalmente paralelos, promovendo reorganização ativa desses filamentos, perda do padrão normal de interdigitações causando o apagamento dos pedicelos e a consequente perda de proteína pela urina (proteinúria). Já se sabe que a lesão dos podócitos leva a albuminúria progressiva, no entanto, existem controvérsias em relação ao impacto da proteinúria para o agravamento do apagamento nas podocitopatias. Existem poucos estudos sobre as consequências moleculares resultantes da exposição prolongada ao overload de albumina em podócitos humanos in vitro. Em projeto anterior, durante o mestrado da aluna, foram realizados experimentos de exposição ao overload progressivo de albumina (0, 3, 9, 12, 20 e 40 mg/mL) em cultura celular de podócitos humanos sem e com dano prévio induzido com puromicina aminoglicosídeo (PAN), e posterior avaliação da expressão dos genes PODXL e TRPC6. O objetivo do presente trabalho foi identificar alterações de expressão dos genes PODXL e TRPC6 após retirada do overload de albumina em cultura celular de podócitos com e sem dano prévio, nas seguintes condições: 1) para o gene PODXL, na concentração de 40 mg/mL sem dano prévio, e nas concentrações de 20 e 40 mg/mL com dano prévio, sendo acondição de 0 mg/mL como controle. 2) No caso do gene TRPC6, nas concentrações de 3, 20 e 40 mg/mL sem dano prévio, e nas concentrações de 20 e 40 mg/mL com dano prévio. A condição de 0 mg/mL como controle. A retirada foi realizada de forma gradual e abrupta, com avaliação de expressão relativa por PCR quantitativo real-time e expressão das proteínas por Western Blot. Como na literatura há associação de alteração de expressão do gene PODXL com tumorigênese, seja no processo de malignização celular, como no potencial metastático, em diversos tecidos humanos, foi avaliado o potencial tumorigênico de alteração de expressão de PODXL frente às seguintes condições: overload de albumina a 40 mg/mL sem dano e overload de albumina 20 e 40 mg/mL com dano, sempre utilizando a condição de 0 mg/mL como controle. Para isso, foram empregados experimentos específicos de crescimento celular, ensaio de migração e ensaio clonogênico. Os resultados foram analisados com teste ANOVA e Tukey, com p≤0,05. Houve recuperação de fenótipo para o gene PODXL exclusivamente na condição de retirada gradual do overload de 20 mg/mLtanto a nível de RNA (p = 0,631004) quanto a nível de proteína (p=0,2378032243) em podócitos previamente expostos a PAN. Nas outras condições ainda permaneceu a diferença de expressão (p<0.01) com superexpressão. Para o gene TRPC6, houve recuperação de fenótipo em todas as condições, a nível de RNA e de proteína (p>0,05). Observou-se ainda, indicativos iniciais de possível associação entre aumento de proliferação celular nas condições de superexpressão de PODXL analisadas, sendo um passo inicial para uma possível relação causal entre a exposição excessiva de albumina nos podócitos, aumento de expressão de podocalixina e malignização de tecidos adjacentes.