Qualificações e Defesas

COMPARAÇÃO DAS CONDIÇÕES CLÍNICAS, DAS COMPLICAÇÕES E DA DISFAGIA ENTRE ADULTO E IDOSO INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA, DIAGNOSTICADOS COM A COVID-19.

Candidato(a): Rebeca Stephanie Torezim Orientador(a): Lucia Figueiredo Mourao
Mestrado em Gerontologia
Apresentação de Defesa Data: 06/06/2024, 14:30 hrs. Local: Sala Laranja, Pós-graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Lucia Figueiredo Mourao - Presidente
Cristina Lemos Barbosa Furia- Universidade de Brasilia
Luiz Claudio Martins
Suplentes
Luciane Teixeira Soares - Universidade Paulista
Simone Aparecida Claudino da Silva Lopes - Fundação Antonio Prudente
Ana Carolina Constantini
Emilse Aparecida Merlin Servilha - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Resumo


Apesar da prevalência do COVID-19 ser maior nos idosos, adultos com comorbidades prévias e doenças crônicas tem sido associada ao aumento da incidência de admissão na Unidade de Terapia intensiva (UTI). Objetivo: analisar e comparar os aspectos demográficos, as condições clínicas, comorbidades e complicações do paciente grave com COVID-19 entre pacientes adultos (>18 a 64 anos) e idosos (>65). Além disso, verificar se as variáveis idade, IOT, uso de BNM estão associados com o desfecho óbito e disfagia. Método: Estudo retrospectivo, quantitativo e multicêntrico. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Foi coletado dados demográficos, clínicos e da avaliação fonoaudiológica dos pacientes graves (adultos >18 anos de idade com diagnóstico de COVID-19 e que tiveram encaminhamento para avaliação e seguimento fonoaudiológico durante a internação em UTI), por meio dos prontuários eletrônicos em um hospital particular e um hospital público no período de junho a dezembro de 2020. Resultados: Foi incluído um total de 71 pacientes, sendo 33 adultos (>18 até 64 anos) com idade média de 52,27 ± 8,51 e 38 idosos (>65 anos) com idade média de 75,34 ± 8,58. Das comorbidades relatadas, obesidade, HAS e DM, representam 48,47 , porém a quantidade de comorbidades não diferiu entre os grupos (p=0,147). Na população adulta foi observada maior frequência de IOT (p=0,002), hemodiálise (p=0,029) e a administração de bloqueador neuromuscular (p=0,001). A população idosa apresentou maior uso de oxigênio (p=0,046) e maior taxa de óbito (p=0,008). Já, a FOIS na alta fonoaudiológica apresentou melhor escore tanto para os adultos (p=0,000) quanto para os idosos (p=0,038). A regressão logística binária para o desfecho óbito, não apresentou associação significativa para as variáveis: idade (p=0,124, OR 1,08, IC 95 0,97 – 1,19), IOT (p=630, OR 1,69, IC 95 0,19-14,6), uso de BNM, (p=0,551, OR 0,60, IC 95 0,11- 3,16); da mesma maneira, não houve associação significativa para o desfecho disfagia (funcionalidade da ingesta oral) com as variáveis idade (p=0,258, OR 1,04, IC 95 0,96 – 1,13), IOT (p=0,462, OR 2,23, IC 95 0,26-19,07), uso de BNM, (p=0,182, OR 0,38, IC 95 0,09- 1,56).Conclusão: A idade não é por si só um fator determinante para pior condições clínicas e melhora da disfagia em pacientes graves com COVID-10, porém foi determinante para mortalidade. Adultos com presença de comorbidades prévias podem apresentar trajetória clínica com gravidade semelhante aos idosos. O tratamento com IOT, uso de BNM e hemodiálise foi maior do grupo adulto do que o idoso, sendo que opção mais conservadora foi realizada no grupo idoso (maior uso de O2). O presente estudo questiona o idadismo como possível fator para a discrepância de tratamento e, provavelmente, do desfecho.



Candidato(a): José Mario Alves Junior Orientador(a): Danilo Glauco Pereira Villagelin Neto
Doutorado em Clínica Médica
Apresentação de Qualificação Data: 10/06/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro FCM
Banca avaliadora
Titulares
Laura Sterian - Presidente
Francisco Eduardo Prota
Monica De Cassia Alves
Suplentes
Roberto Bernardo dos Santos

AVALIAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES NEONATAIS, SECUNDÁRIAS A HIPERTENSÃO NA GESTAÇÃO, EM RECÉM-NASCIDOS DE MUITO BAIXO PESO.

Candidato(a): Jefferson Viana Dall'Antonia Orientador(a): Sergio Tadeu Martins Marba
Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente
Apresentação de Defesa Data: 10/06/2024, 14:00 hrs. Local: UNICAMP - CAISM - SALA DE INFORMÁTICA DO CAISM
Banca avaliadora
Titulares
Sergio Tadeu Martins Marba - Presidente
Maria Augusta Bento Cicaroni Gibelli
Monica Aparecida Pessoto
Suplentes
Roseli Calil - Universidade Estadual de Campinas
Maria Regina Bentlin - Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho - Botucatu

Resumo


Introdução: a hipertensão arterial é uma doença comum e grave que pode acometer a gestante e que pode determinar elevada incidência de complicações e óbito materno e/ou fetal. O recém-nascido de mãe com hipertensão pode sofrer de restrição do crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer, ser prematuro e ter consequências no período neonatal. Objetivo: Avaliar as taxas de mortalidade e complicações neonatais, segundo o peso de nascimento, peso na alta hospitalar e hipertensão na gestação. Material e Métodos: foi realizado um estudo de coorte retrospectivo do banco de dados da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais em 1.219 recém-nascidos de muito baixo peso (entre 401 a 1.499 gramas, nascidos no Hospital da Mulher - CAISM/UNICAMP em um período de 14 anos (2006-2019). Os recém-nascidos foram avaliados em 6 subgrupos: RNs com peso de nascimento <P10 e ≥P10, RNs com peso na alta hospitalar <P10 e ≥P10, e RNs de mães com e sem hipertensão na gestação. As variáveis dependentes neonatais foram as complicações neonatais, divididas em 3 grupos: mortalidade hospitalar, complicações relacionadas ao peso de nascimento e complicações relacionadas ao peso na alta hospitalar. As variáveis maternas e neonatais foram usadas para caracterização da amostra. Na análise estatística foram calculadas: médias e desvios-padrão ou medianas e intervalos interquartis das variáveis contínuas; as comparações entre os grupos foram feitas pelo teste T de Student ou de Mann-Whitney, respectivamente, conforme a distribuição da amostra. Para as variáveis categóricas foram aplicados o teste de Qui Quadrado ou teste Exato de Fisher. Os Odds-ratio foram calculados usando os RNs das mães normotensas como referência. Foram construídos modelos de regressão logística multivariável utilizando procedimento de seleção de variáveis com co-variáveis de ajuste. Para análise foi utilizado o pacote estatístico Statistical Package for Social Sciences – SPSS – versão 20.0. O nível de significância aceito será de 5 . Nesta pesquisa foram cumpridos os preceitos éticos da Resolução 466 de 2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e foi solicitado a dispensa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.



Evolução estrutural e funcional naso-maxilar, em longo prazo, de crianças respiradoras bucais após a expansão rápida da maxila.

Candidato(a): Raquel Harumi Uejima Satto Sakai Orientador(a): Jose Dirceu Ribeiro
Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente Coorientador(a): Eulalia Sakano
Apresentação de Defesa Data: 12/06/2024, 08:30 hrs. Local: ANFITEATRO DA POS GRADUACAO
Banca avaliadora
Titulares
Jose Dirceu Ribeiro - Presidente
Rogério Heládio Lopes Motta- Faculdade São Leopoldo Mandic
Erton Massamitsu Miyazawa- FACULDADE ILAPEO
Aline Cristina Gonçalves- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Edilson Zancanella- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Suplentes
Camila Isabel Santos Schivinski - Universidade do Estado de Santa Catarina
Maria Fernanda Bagarollo
João Batista César Neto - Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo

Resumo


Introdução: A atresia maxilar com palato profundo é comum em respiradores bucais (RB), corrigida pela expansão rápida da maxila (ERM). Este estudo avaliou os efeitos da ERM na patência nasal e nas dimensões naso-maxilares em oito anos de acompanhamento. Métodos: Vinte e oito RB, com seis a treze anos de idade, utilizaram o aparelho Hyrax. Foram realizados de exames de rinomanometria computadorizada anterior ativa (RC) e rinometria acústica (RA) antes (T1), 6 meses (T2), 10 meses (T3), 14 meses (T4), 18 meses (T6) e oito anos após a realização da ERM. Tomografias computadorizadas nasais e maxilar (TC) em RB foram realizadas em T1, T2 e T6. Indivíduos com e sem rinite alérgica foram comparados pelo Teste Exato de Fisher para variáveis categóricas e pelo Teste de Mann-Whitney para variáveis numéricas. A evolução temporal foi avaliada pelo método das Equações de Estimação Generalizada (GEE). Resultados: Houve diminuição da resistência inspiratória, com estabilidade da melhora da patência nasal, no acompanhamento de oito anos após a ERM (p<0,05). A análise das medidas lineares nasais realizadas em TC, não mostrou homogeneidade ao longo do tempo, especialmente em crianças com rinite alérgica. Conclusão: Em crianças e adolescentes RB, a ERM promoveu alargamento da estrutura maxilar posterior e evidenciou melhora na respiração bucal em longo prazo. Em contrapartida, as medidas lineares nasais não foram robustas para confirmarem o alargamento nasal nas regiões de cornetos inferiores e médios, em indivíduos com rinite alérgica. A presença de rinite alérgica mostrou deterioração ao longo do tempo nas avaliações comparativas.



Significados emocionais de adolescentes atribuídos às relações familiares, sexualidade e o acesso a serviços de atenção primária à saúde durante consultas de pré-natal: um estudo clínico-qualitativo. SIGNIFICADOS EMOCIONAIS DE ADOLESCENTES ATRIBUÍDOS ÀS RELAÇÕES FAMILIARES, SEXUALIDADE E O ACESSO A SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DURANTE CONSULTAS DE PRÉ-NATAL: UM ESTUDO CLÍNICO-QUALITATIVO.

Candidato(a): Paula Elias Ortolan Orientador(a): Egberto Ribeiro Turato
Doutorado em Tocoginecologia Coorientador(a): Diama Bhadra Andrade Peixoto Do Vale
Apresentação de Defesa Data: 13/06/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro Kazue Panetta Caism
Banca avaliadora
Titulares
Egberto Ribeiro Turato - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Avelino Luiz Rodrigues- Universidade de São Paulo
Joao Luiz De Carvalho Pinto E Silva
Daniele Pompei Sacardo
Silvia Nogueira Cordeiro- FCM-UNICAMP
Suplentes
Maria José Martins Duarte Osis - Faculdade de Medicina de Jundiaí
Amilton Dos Santos Junior
Vera Engler Cury - PUC

Resumo


Introdução:O acesso a serviços de saúde materna adaptados às necessidades de assistência às adolescentes grávidas, é fundamental para aprimorar os cuidados e a adesão deste grupo vulnerável. Conhecer os aspectos simbólicos da relação profissional-paciente, a percepção das adolescentes sobre suas relações familiares, amorosas/sexualidade e como essa percepção interfere no acesso aos serviços de pré-natal é fundamental para aprimorar a assistência. Objetivo: Explorar e interpretar os significados emocionais atribuídos por adolescentes grávidas às orientações sobre relações familiares e amorosas/sexualidade e como essa percepção interfere no acesso de serviços de pré-natal da assistência pública de saúde. Método: Estudo clínico-qualitativo, com entrevistas semi-dirigidas de questões abertas em profundidade, transcritas na íntegra. A amostra foi fechada pelo critério de saturação de informações. As entrevistas foram analisadas através do Seven Steps. Resultados: Foram entrevistadas 10 adolescentes grávidas de 15 a 19 anos. Da análise emergiram seis categorias: 1) ‘Eles ficaram surpresos. Eles não sabiam se era verdade. Então, eu disse, eu estou grávida, eu vou cuidar. Quem não acreditava acreditou’: barreiras no acesso aos serviços de saúde; 2) ‘Todo mundo ficou feliz, todo mundo me ajudou’: a cumplicidade nos relacionamentos familiares; 3) Experiências de pertencimento psicológico: o fenômeno da recorrência da gravidez precoce na família; 4) ‘Minha mãe disse que eu não faria mais isso’: referência materna sobre sexualidade e relacionamentos; 5) ‘Não me sinto confortável para conversar’: (não) estabelecer vínculo com a equipe clínica e 6) ‘Agora é tudo para mim’: um novo lugar emocional diante da consulta. Conclusões: Alguns fatores psicológicos constituem barreiras para o acesso aos serviços de saúde. As conclusões do estudo compreendem a importância manejar assuntos relacionados aos relacionamentos familiares e amorosos durante as consultas de pré-natal e com adolescentes antes da gravidez. A pesquisa qualitativa amplia a estruturação do manejo dessa demanda para empoderar as adolescentes sobre as escolhas de vida e normalizar a comunicação entre adolescentes, família e equipe.