Efeito da Suplementação com Colágeno na Osteoartrite de Joelho:Uma Revisão Sistematica
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Candidato(a): Alexandre Guerreiro da Fonseca |
Orientador(a): Rodrigo Alvaro Brandão Lopes Martins | Mestrado em Farmacologia |
| Apresentação de Defesa |
Data: 22/05/2024, 14:30 hrs. |
Local: Sala Amarela |
Banca avaliadora
| Titulares Fabiola Taufic Monica Iglesias - Presidente Gustavo Duarte Mendes- Universidade Metropolitana de Santos José Luis Rodrigues Martins
| Suplentes Flávio Aimbire Soares de Carvalho - UNIFESP Gilberto De Nucci
| Resumo
Introdução: a osteoartrite de joelho é uma afecção do aparelho locomotor que incapacita muitos pacientes, com grande prevalência nos idosos. As abordagens terapêuticas farmacológicas ora em uso, amplamente utilizadas, são os anti-inflamatórios não esteroidais, que além de apresentarem numerosos efeitos adversos tem sua atuação nos sintomas e não na origem do problema, o que vem motivando pesquisas na busca de maneiras mais seguras. O uso do colágeno, seja como peptídeos, seja não desnaturado é uma opção que tem se mostrado ser uma alternativa promissora. Objetivo: comprovar a eficácia, baseado em evidência, do uso de peptídeos de colágeno hidrolisado no tratamento da osteoartrite de joelho por meio da análise dos resultados de estudos duplo cego, randomizados com controle de placebo. Método: foram pesquisados em diferentes bancos de dados, na língua inglesa e em português, no período de 2001 a 2021 estudos clínicos randomizados controlados com placebo usando as seguintes palavras chaves nos títulos e abstrato; “osteoartrite de joelho” ou “artrose de joelho” (“knee osteoarthritis” ou “knee arthrosis”) e “suplementação com colágeno hidrolisado” (“hydrolysed collagen supplementation”). Resultados: foram selecionados um total de 565 artigos sendo que após a aplicação dos critérios de inclusão/exclusão somente 4 se tornaram elegíveis. Conclusão: a suplementação com colágeno tende a se firmar como forma segura e eficaz de se tratar a osteoartrite em sua origem, uma excelente promessa, contudo ainda são poucos os dados para assegurar e confirmar baseado em evidências os efeitos benéficos da suplementação de colágeno hidrolisado na osteoartrite de joelho.
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RESPOSTA AO TRATAMENTO E EVOLUÇÃO DO CARCINOMA DIFERENCIADO DE TIREOIDE METASTÁTICO EM LINFONODOS CERVICAIS E RELAÇÃO COM REAÇÃO IMUNE LOCAL
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Candidato(a): Camila Aparecida Moma |
Orientador(a): Denise Engelbrecht Zantut Wittmann | Doutorado em Clínica Médica |
| Apresentação de Defesa |
Data: 23/05/2024, 08:30 hrs. |
Local: FCM-Unicamp |
Banca avaliadora
| Titulares Denise Engelbrecht Zantut Wittmann - Presidente Heraldo Mendes Garmes Rosália do Prado Padovani- Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Roberto Bernardo dos Santos- Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas Eliane Maria Ingrid Amstalden
| Suplentes Arnaldo Moura Neto - Universidade Estadual de Campinas Sylka D'Oliveira Rodovalho - Pontifícia Universidade Católica de Campinas Danilo Glauco Pereira Villagelin Neto
| Resumo
O carcinoma papilífero de tireoide tem se tornado cada vez mais prevalente e um dos mais comuns em mulheres. A maior frequência corresponde a tumores menores que dois centímetros, o que não implica de forma significativa na mortalidade. Entretanto, alguns estudos oferecem informações para a individualização do tratamento, visando a evitar as complicações de terapias excessivas.
Neste estudo, comparamos as subpopulações linfocitárias presentes nos linfonodos, acometidos ou não por carcinoma papilífero de tireoide, com o objetivo de identificar características que se correlacionem ao risco de metástases. Assim, foram selecionados 32 casos acompanhados em serviço especializado em câncer de tireoide, sendo 13 casos sem metástase linfonodal (grupo N0) e 19 com acometimento linfonodal (grupo N1). Coletaram-se os dados clínicos e se realizaram as reações imunoistoquímicas para os marcadores CD4 (para linfócitos T CD4+), CD8 (para linfócitos T citotóxicos), FoxP3 (para linfócitos T reguladores), CD25 (para linfócitos T ativados) e CD20 (para linfócitos B) nos linfonodos e na tireoide.
Em relação aos resultados, o grupo N1 apresentou maior tamanho tumoral, maior estadiamento de risco pela American Thyroid Association (ATA), maior frequência de extensão extratireoidiana, menor tempo livre de doença e maior expressão de linfócitos T CD4 no linfonodo, porém, não houve diferença significativa na expressão do FoxP3 ou no padrão de distribuição linfocitária no linfonodo.
Assim, concluímos que a maior expressão de linfócitos T CD4 em linfonodos cervicais está relacionada à presença da metástase e que, neste estudo, não houve outras alterações nos linfonodos que possam prever um comportamento tumoral mais agressivo.
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ALIMENTAÇÃO E HIDRATAÇÃO NAS CONDIÇÕES GRAVES DE SAÚDE: VALIDAÇÃO DE UMA FERRAMENTA DE APOIO À DECISÃO
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Candidato(a): Danielle Brito Rodrigues |
Orientador(a): Adriana Lia Friszman De Laplane | Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação |
Coorientador(a): Daniele Pompei Sacardo | Apresentação de Defesa |
Data: 23/05/2024, 09:00 hrs. |
Local: Anfiteatro |
Banca avaliadora
| Titulares Adriana Lia Friszman De Laplane - Presidente Lucia Figueiredo Mourao Lívia Costa de Oliveira- Instituto Nacional de Câncer Ana Carolina Constantini Edison Iglesias de Oliveira Vidal- UNESP BOTUCATU
| Suplentes Rita De Cassia Ietto Montilha Simone Garruth dos Santos Machado Sampaio - Instituto Nacional de Câncer Márcio José da Silva Moreira - Universidade Federal Fluminense
| Resumo
Introdução: Alimentação e hidratação (AH) no contexto da condição grave de saúde (CGS) pode tornar-se uma tarefa árdua, trazendo conflitos pessoais, familiares e para equipe de saúde. Disfagia, inapetência e/ou recusa alimentar podem surgir na iminência da morte, desafiando os envolvidos, sendo associados ao uso frequente da alimentação/hidratação artificiais (AHA). Evidências científicas apontam para a singularização do cuidado com oferta cuidadosa de alimentos por via oral (VO) e indicação criteriosa da AHA, podendo ocorrer concomitantemente com oferta por VO. Informações imparciais das opções de AH possíveis são fundamentais para a tomada de decisão (TD) compartilhada. Entretanto, isso nem sempre ocorre e AHA na terminalidade é indicada sem o plano de cuidados. Ferramentas de apoio à decisão (FADs) elaboradas com linguagem clara e informações baseadas em evidências podem auxiliar no processo de TD, minimizando o conflito decisório (CD) e contribuindo com letramento em saúde (LT). Justificativa: Escassez de FADs que esclareçam opções de AH disponíveis nas CGS e contribuam com processo de TD compartilhada e LT. Objetivos: (1) Elaborar e validar a FAD para ser utilizada nas dificuldades de AH e CGS. (2) Analisar o potencial de diminuição do CD e (3) qualificar o processo de TD compartilhada. Método: Estudo quanti-qualitativo utilizando Método E-Delphi com profissionais especialistas e Escala de Conflitos de Tomada de Decisões (ECTD) no projeto piloto de validação da FAD com pacientes, familiares, cuidadores e/ou responsáveis legais (usuários). Resultados: Na primeira fase, a FAD foi elaborada e validada após duas rodadas, com apoio de juízes especialistas e 94 de concordância média, sendo considerada útil no apoio à TD nas CGS e dificuldades na AH. Na fase II foi aplicada a ECTD, a FAD foi apresentada aos usuários e os resultados evidenciaram discreta diminuição na escolha pela AHA. A preferência pela AH mista aumentou. A maior mudança ocorreu na escolha da alimentação oral exclusiva (VOE), que dobrou. Qualidade de vida, prazer oral e não prolongamento do sofrimento foram as justificativas para VOE. Segurança do paciente, preocupação com desnutrição/desidratação e concordância com indicação médica foram os argumentos para escolha da AHA. A via mista foi opção daqueles que consideraram garantir o aporte nutricional via AHA e oferecer prazer pela VO, concomitantemente. Os graus de informação, clareza, suporte, certeza e decisão eficaz foram avaliados e melhoraram ao serem expostos à FAD. Os conflitos surgiram no conhecimento das opções de AH disponíveis, clareza dos valores e preferências de cuidados e complexidade da TD. As maiores potências da FAD foram as informações sobre vantagens e desvantagens das opções de AH, apoio da equipe de saúde, esclarecimentos da escolha a ser feita e esperança de poder rever esta escolha. Conclusão: A FAD, validada por especialistas e testada por usuários no projeto piloto, apresenta-se como instrumento com potencial de colaborar na diminuição do CD e auxílio à TD nas dificuldades de AH e CGS. Além disso, pode: (1) contribuir para promoção da autonomia, protagonismo e escolhas esclarecidas, (2) produzir conhecimento técnico-científico e (3) estimular novas práticas de educação/letramento em saúde.
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IDENTIFICAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS DA ALTERAÇÃO DE EXPRESSÃO DE PODXL E TRPC6 APÓS OVERLOAD DE ALBUMINA EM CULTURA DE PODÓCITOS COM E SEM DANO.
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Candidato(a): Marcela Lopes de Souza |
Orientador(a): Mara Sanches Guaragna | Doutorado em Ciências Médicas |
| Apresentação de Defesa |
Data: 23/05/2024, 13:30 hrs. |
Local: Auditório CBMEG - UNICAMP |
Banca avaliadora
| Titulares Mara Sanches Guaragna - Presidente Precil Diego Miranda de Menezes Neves- Faculdade de Medicina da USP Claudia Vianna Maurer Morelli Paulo César Koch Nogueira- Universidade Federal de São Paulo Tarsis Antonio Paiva Vieira
| Suplentes Andreia Watanabe - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Patricia Varela Calais - Universidade Johns Hopkins Edi Lucia Sartorato
| Resumo
A proteinúria é caracterizada pela excreção urinária aumentada de proteína, podendo ser um quadro persistente, mesmo em quantidade bastante reduzida, mas que quando acima do limite considerado normal constitui um importante indicativo de doença glomerular primária ou secundária e de desenvolvimento de doença renal crônica (DRC), além de servir como um importante marcador prognóstico para esta condição. Os podócitos são células altamente especializadas e diferenciadas que recobrem os capilares glomerulares na face externa (urinária) da membrana basal glomerular e são compostos por três segmentos morfológica e funcionalmente diferentes: um corpo celular, processos principais e pedicelos, que são longas projeções citoplasmáticas. Danos em qualquer um dos três domínios dos pedicelos alteram os feixes contráteis de actina, normalmente paralelos, promovendo reorganização ativa desses filamentos, perda do padrão normal de interdigitações causando o apagamento dos pedicelos e a consequente perda de proteína pela urina (proteinúria). Já se sabe que a lesão dos podócitos leva a albuminúria progressiva, no entanto, existem controvérsias em relação ao impacto da proteinúria para o agravamento do apagamento nas podocitopatias. Existem poucos estudos sobre as consequências moleculares resultantes da exposição prolongada ao overload de albumina em podócitos humanos in vitro. Em projeto anterior, durante o mestrado da aluna, foram realizados experimentos de exposição ao overload progressivo de albumina (0, 3, 9, 12, 20 e 40 mg/mL) em cultura celular de podócitos humanos sem e com dano prévio induzido com puromicina aminoglicosídeo (PAN), e posterior avaliação da expressão dos genes PODXL e TRPC6. O objetivo do presente trabalho foi identificar alterações de expressão dos genes PODXL e TRPC6 após retirada do overload de albumina em cultura celular de podócitos com e sem dano prévio, nas seguintes condições: 1) para o gene PODXL, na concentração de 40 mg/mL sem dano prévio, e nas concentrações de 20 e 40 mg/mL com dano prévio, sendo acondição de 0 mg/mL como controle. 2) No caso do gene TRPC6, nas concentrações de 3, 20 e 40 mg/mL sem dano prévio, e nas concentrações de 20 e 40 mg/mL com dano prévio. A condição de 0 mg/mL como controle. A retirada foi realizada de forma gradual e abrupta, com avaliação de expressão relativa por PCR quantitativo real-time e expressão das proteínas por Western Blot. Como na literatura há associação de alteração de expressão do gene PODXL com tumorigênese, seja no processo de malignização celular, como no potencial metastático, em diversos tecidos humanos, foi avaliado o potencial tumorigênico de alteração de expressão de PODXL frente às seguintes condições: overload de albumina a 40 mg/mL sem dano e overload de albumina 20 e 40 mg/mL com dano, sempre utilizando a condição de 0 mg/mL como controle. Para isso, foram empregados experimentos específicos de crescimento celular, ensaio de migração e ensaio clonogênico. Os resultados foram analisados com teste ANOVA e Tukey, com p≤0,05. Houve recuperação de fenótipo para o gene PODXL exclusivamente na condição de retirada gradual do overload de 20 mg/mLtanto a nível de RNA (p = 0,631004) quanto a nível de proteína (p=0,2378032243) em podócitos previamente expostos a PAN. Nas outras condições ainda permaneceu a diferença de expressão (p<0.01) com superexpressão. Para o gene TRPC6, houve recuperação de fenótipo em todas as condições, a nível de RNA e de proteína (p>0,05). Observou-se ainda, indicativos iniciais de possível associação entre aumento de proliferação celular nas condições de superexpressão de PODXL analisadas, sendo um passo inicial para uma possível relação causal entre a exposição excessiva de albumina nos podócitos, aumento de expressão de podocalixina e malignização de tecidos adjacentes.
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MIRNAS CIRCULANTES NA ATAXIA DE FRIEDREICH: PERFIL DE EXPRESSÃO E CORRELATOS CLÍNICOS
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Candidato(a): Thiago Mazzo Peluzzo |
Orientador(a): Marcondes Cavalcante Franca Junior | Doutorado em Fisiopatologia Médica |
| Apresentação de Defesa |
Data: 24/05/2024, 08:30 hrs. |
Local: Anfiteatro do Prédio da CPG |
Banca avaliadora
| Titulares Marcondes Cavalcante Franca Junior - Presidente Pedro José Tomaselli Maria Carolina Pedro Athiè- Faculdade de Ciências Médicas - Unicamp Maria Luiza Saraiva Pereira Fabio Rogerio
| Suplentes Luciana Cardoso Bonadia - Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas José Luiz Pedroso - Universidade Federal de São Paulo Jonas Alex Morales Saute - Hospital das Clínicas de Porto Alegre
| Resumo
A ataxia de Friedreich (AF) é a ataxia hereditária autossômica recessiva mais comum, causada por expansões (GAA) instáveis em homozigose no 1º íntron do gene FXN situado no cromossomo 9. Trata-se de uma doença neurodegenerativa, de início precoce e evolução progressiva e a gravidade da doença está relacionada com o tamanho das expansões GAA encontradas nos pacientes. A principal fisiopatologia é a morte dos neurônios dos gânglios dorsais, seguida da degeneração da coluna posterior da medula espinhal e dos tratos espinocerebelares, culminando com atrofia medular, especialmente na região cervical. Os sintomas de AF geralmente se iniciam de forma precoce e tem caráter progressivo; dentre eles estão a instabilidade da marcha e a incoordenação de movimentos como os primeiros sinais. Porém, também são evidentes: a perda da sensibilidade vibratória e proprioceptiva, a fraqueza muscular, geralmente associada à escoliose, disfunções cognitivas, tremores de extremidades, disfagia, disartria, pés cavos, cardiomiopatia e diabetes. As disfunções cardíacas são a causa mais comum de morte na AF. Com terapia limitada e a aprovação do primeiro agente modificador para a doença, a busca por biomarcadores biológicos, que acompanhem a sua progressão, são imprescindíveis para ajudar e facilitar o desenvolvimento de novas terapias. Nos últimos anos os miRNAs surgiram como biomarcadores promissores em várias áreas médicas como a oncologia, cardiologia, epilepsia, entre outros. Os miRNAs plasmáticos circulantes tem potenciais vantagens como biomarcadores devido ao seu tamanho, estabilidade contra RNases do sangue, relativa facilidade de obtenção (do sangue periférico), armazenamento (-80ºC), e medição através de RT-qPCR. Entretanto, há um número limitado de trabalhos visando a expressão dos miRNAs plasmáticos em AF e, até agora, nenhum miRNA diferencialmente expresso em comum foi identificado entre esses estudos. Isso provavelmente se deve a diferenças nas i) tecnologias aplicadas; ii) etnias das amostras ou na iii) diferença fenotípica dos grupos estudados. Nesse estudo há uma tentativa de caracterizar a assinatura dos miRNAs plasmáticos e seus correlatos em numa coorte de pacientes brasileiros com AF. Nós encontramos dois miRNAs com expressão diferencial, o miR-26a-5p e o miR-15a-5p, que foram correlacionados com danos estruturais no cérebro, coração e medula espinhal. Nós, então, os propusemos como possíveis biomarcadores prognósticos para essas características de fenótipo profundo e, ainda que esses dados sejam transversais, estudos longitudinais são necessários para a determinação de sua eficácia completa.
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