Qualificações e Defesas

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QUERIA PARECER UM BOFÃO: O PAPEL DE UM AMBULATÓRIO TRANSDISCIPLINAR NA AFIRMAÇÃO DE GÊNERO DE HOMENS TRANS.

Candidato(a): Ligia Évora Constantino Orientador(a): Paulo Dalgalarrondo
Doutorado em Ciências Médicas Coorientador(a): Amilton Dos Santos Junior
Apresentação de Defesa Data: 17/05/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Paulo Dalgalarrondo - Presidente
Luís Augusto Vasconcelos da Silva
Alexandre Saadeh- Universidade de São Paulo
Luis Fernando Farah De Tofoli
Omar Ribeiro Thomaz
Suplentes
Ligia Regina Franco Sansigolo
Marcia Azevedo De Abreu
Felipe Bruno Martins Fernandes

Resumo


O presente trabalho é o resultado de uma pesquisa etnográfica no Ambulatório de Gênero e Sexualidades do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas com homens transgênero que realizam acompanhamento transdisciplinar e os profissionais envolvidos nesse acompanhamento a fim de discutir como se dá a construção da identidade destes a partir das modificações corporais buscadas por eles no ambulatório e qual o papel do ambulatório nesse processo. À luz da bibliografia vigente tanto a respeito de transgeneridade e conceitos de identidade e corpo, quanto outras etnografias realizadas em serviços de saúde, foram discutidas as trajetórias de cada um dos entrevistados, o papel das intervenções médicas e cirúrgicas na construção de suas identidades e a contribuição das construções sociais de masculinidade para a necessidade destas.



O EFEITO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA MORTALIDADE MATERNA E NA VIA DE PARTO DE ADOLESCENTES BRASILEIRAS

Candidato(a): Maite dos Santos Borges Orientador(a): Jose Paulo De Siqueira Guida
Mestrado em Tocoginecologia Coorientador(a): Diama Bhadra Andrade Peixoto Do Vale
Apresentação de Defesa Data: 17/05/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro Departamento de Tocoginecologia - CAISM
Banca avaliadora
Titulares
Jose Paulo De Siqueira Guida - Presidente
Samara Macedo Cordeiro
Daniela Angerame Yela Gomes
Suplentes
Clara Froes De Oliveira Sanfelice
Adriana Gomes Luz

Resumo


Introdução: A gestação na adolescência é um desafio complexo para as gestantes e para os serviços de saúde e as comunidades envolvidas. Além dos riscos clínicos associados, às gestações nessa faixa etária podem ser indesejadas, aumentando a probabilidade de baixa adesão aos cuidados pré-natais e exposição a violências físicas e sexuais. A pandemia de COVID-19 causou importante impacto na assistência obstétrica do Brasil e do mundo, especialmente em grupo vulneráveis, como as gestantes adolescentes. Objetivo: Avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 morte materna e cesárea em gestações de adolescentes brasileiras. Métodos: Estudo transversal, analisando nascimentos e mortes maternas no Brasil. Os dados foram obtidos dos Painéis de Monitoramento de Nascidos Vivos e Mortalidade Materna do Ministério da Saúde nos anos de 2019 (pré-pandemia) e 2021 (pandemia). Foram incluídos os seguintes dados: total de nascimentos, mortes maternas, causas de morte, raça/cor, região geográfica e via de parto para gestantes adolescentes (0-19 anos). A Razão de Mortalidade Materna (RMM) e as taxas de cesárea foram calculadas, utilizando a Classificação de Robson para avaliação das cesáreas. Resultados: Houve redução significativa nos partos de adolescentes (14,72 em 2019 vs 13,62 em 2021). A RMM no Brasil aumentou de 55,31 para 113,18 por 100.000 nascidos vivos (NV), com um aumento de 34 na população de adolescentes (46,75 para 62,79). As causas indiretas de morte materna, especialmente infecções respiratórias, aumentaram de 23,98 para 43,67 entre as gestantes adolescentes durante a pandemia. Disparidades raciais foram evidentes, com uma significativa RMM entre adolescentes pretas e indígenas. A taxa de cesárea entre adolescentes aumentou de 38,39 para 40,25 , influenciada principalmente pelos grupos de Robson 3 e 4. Conclusões: Durante a pandemia de COVID-19, houve aumento substancial da mortalidade materna entre gestantes adolescentes brasileiras. As taxas de cesárea nos grupos de Robson aumentaram significativamente, exceto nos grupos 8 e 9, o que levou a um substancial aumento na taxa de cesárea geral para esta faixa etária.



Candidato(a): Stephan Pinheiro Macedo de Souza Orientador(a): Celso Dario Ramos
Doutorado em Clínica Médica
Apresentação de Qualificação Data: 17/05/2024, 10:00 hrs. Local: online
Banca avaliadora
Titulares
Celso Dario Ramos - Presidente
Suplentes

Candidato(a): Eduardo Marcucci Pracucho Orientador(a): Luiz Roberto Lopes
Doutorado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Qualificação Data: 17/05/2024, 13:00 hrs. Local: Anfiteatro do Gastrocentro
Banca avaliadora
Titulares
Luiz Roberto Lopes - Presidente
Valdir Tercioti Junior- Faculdade de Ciências Médicas
Nelson Adami Andreollo
Suplentes
João de Souza Coelho Neto - FCM-UNICAMP

E PELO INTERIOR, HÁ SAÚDE MENTAL?: EXPLORANDO A VISÃO DOS USUÁRIOS E TRABALHADORES DA RAPS A RESPEITO DO ACESSO AO CUIDADO

Candidato(a): Patricia Maria Rosseti Orientador(a): Bruno Ferrari Emerich
Mestrado Profissional em Saúde Coletiva: Políticas e Gestão em Saúde
Apresentação de Defesa Data: 20/05/2024, 13:00 hrs. Local: Sala Verde - Pós Graduação
Banca avaliadora
Titulares
Bruno Ferrari Emerich - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Katia Varela Gomes- UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
Rafael Afonso da Silva- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Vívian Andrade Araújo Coelho - Universidade federal de Ouro Preto - UFOP
Gustavo Tenorio Cunha

Resumo


Devido às mudanças que a Saúde Mental no Brasil vem passando ao longo de sua história, desde a Reforma Psiquiátrica na década de 70, os modelos substitutivos vêm se desconstruindo e se reconstruindo, na tentativa de ressignificar os cuidados nessa área, num contexto de tensões, conflitos e incompreensões sobre como fazer saúde mental de forma participativa, comunitária e eficaz, perpassado por lutas de poderes políticos que ora se traduzem em avanços democráticos coletivos, ora golpeiam a liberdade e a dignidade humana.

Nesse sentido, baseados nos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), as ações entre redes e intersetoriais têm se mostrado também estratégias importantes para criar e difundir modelos organizativos que garantam acessibilidade e participação ativa da comunidade na saúde, mais especificamente em relação à saúde mental, conforme propõe a presente pesquisa.

Assim, a mudança paradigmática do modelo hospitalocêntrico verticalizado para um modelo de cuidados pautado na transversalidade da rede é algo que se faz enquanto se caminha, ou seja, é prática e teoria aplicada, em um saber que se constrói à medida que se observam as necessidades e implicações no mundo real.

A proposta do presente projeto de pesquisa foi conhecer a compreensão dos principais atores sociais desta peça em ascensão “Desenvolvimento de Políticas em Saúde Mental”, que são os usuários e os trabalhadores da RAPS de um município de pequeno porte do interior do estado de São Paulo, explorando os aspectos subjetivos da percepção a respeito do acesso ao cuidado e de possíveis lacunas e desencontros, bem como as forças relacionais e as potencialidades.

Os resultados evidenciam a potência no discurso dos atores sociais enquanto seus papéis de atuação e as fragilidades da participação social suprimidas pelo sistema e as relações de poder, evidenciando a constante necessidade das lutas sociais e criação de espaços democráticos da coprodução de sujeitos e processos.

Palavras-chave: Saúde Mental, Percepção dos usuários e trabalhadores, Relações entre redes, Saúde Comunitária