Hospital entrega banheiros exclusivos para pacientes ostomizados e de baixa mobilidade


A Divisão de Engenharia e Manutenção do HC da Unicamp concluiu a reforma de dois banheiros de uso exclusivo para pacientes. Um é para atender às necessidades de higiene para pacientes ostomizados esvaziarem sua bolsa coletora e o outro, destinado a pacientes que necessitem de trocador de adulto ou idoso. Os banheiros ficam no 2º andar dos ambulatórios, possuem sistema de exaustão e seguem normas determinadas pela NBR 9050.

O banheiro de pacientes ostomizados atende o indivíduo que passou por uma ostomia (a cirurgia que abre uma pequena passagem no abdômen, chamada ostoma, para a saída de fezes e urinas). A ostomia é necessária para vítimas de câncer no reto, no intestino grosso e na bexiga e também para pessoas que tiveram perfurações acidentais no abdômen, como ferimentos a bala ou de arma branca.

Nessas situações, muitas vezes o paciente não consegue mais eliminar normalmente os dejetos do organismo e precisa usar uma bolsa coletora de fezes e urina – que fica ligada ao ostoma. Neste tipo de banheiro, a bacia sanitária tem uma altura próxima à linha da cintura do paciente, não havendo necessidade de abaixar em um vaso convencional.

Já o banheiro dedicado à pacientes que necessitem de trocador de adulto ou idoso foi projetado para pessoas de baixa mobilidade e para facilitar a troca de vestuário ou fraldas. O ambiente é amplo permitindo a entrada de cadeira de rodas, com pia e bacia sanitária acessível, ducha higiênica e um trocador com uma bancada de granito medindo 70 centímetros de largura por 1,90 de comprimento.

Conscientização – O símbolo de banheiro de pacientes ostomizados foi aprovado em lei federal em 2015 e tornou obrigatória a afixação do símbolo nacional de pessoa ostomizada, de forma visível, em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por essas pessoas, principalmente banheiros públicos e privados. A proposta foi do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) e a adoção do símbolo era reivindicada pela Associação Brasileira de Ostomizados (Abraso).

“O objetivo foi tornar visível a luta contra qualquer tipo de discriminação e reafirmar, diante da sociedade e das autoridades, a existência de pessoas submetidas a essa condição”, definiu Eduardo Barbosa. Segundo o parlamentar, muitas vezes, a pessoa desiste de sair de casa por não saber se poderá fazer a limpeza desta bolsa em banheiros públicos. O símbolo nacional da pessoa ostomizada é uma criação do Japão, que cedeu a imagem ao Brasil. No país existem cerca de 200 mil pessoas ostomizadas.

Caius Lucilius com Cassia dos SantosAssessoria de Imprensa HC