Plano de gestão eficaz protege trabalhadores da área de saúde da Unicamp

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Desde janeiro, quando a epidemia nem havia chegado ao Brasil, os gestores da Unicamp se prepararam para enfrentar a crise sanitária que se anunciava. Desde então, por meio de treinamento, gestão eficiente do recurso público e um plano inédito de doação, todos os funcionários da área de saúde da universidade, pessoas essenciais no enfrentamento ao coronavírus, exerceram suas funções com a proteção de todos os equipamentos recomendados pelas normas nacionais e internacionais.

Até agora, mais de R$ 7 milhões foram empregados na compra dos chamados EPIs (equipamentos de proteção individual), como máscaras, toucas, luvas, face shields e aventais. No total, as equipes de saúde que trabalham na Unicamp usam em média 5 mil máscaras por dia. São itens procurados atualmente por todos os serviços de saúde do mundo, o que gerou desabastecimento e alta nos preços. As doações dos materiais de proteção à saúde vindas das empresas também ajudaram muito no enfrentamento da Covid-19.
 

a compra de mais de 2,2 milhões de itens de proteção até o fim de junho
Até o fim de junho, foram comprados mais de 2,2 milhões de itens de proteção 

Os recursos da universidade somados ao da iniciativa privada permitiram a compra de mais de 2,2 milhões de itens de proteção até o fim de junho. Neste total estão incluídas a aquisição de 859.307 máscaras, sendo 779.489 de três camadas, do tipo cirúrgica, e mais 79.818 do modelo N95. Os profissionais de saúde que fazem parte dos grupos de risco também foram afastados da linha de frente.

O fluxo de pessoas nos hospitais da Unicamp, assim como o protocolo seguido pelos grandes centros de saúde do mundo, foi totalmente reorganizado. Pacientes e funcionários com ou sem Covid passaram a frequentar áreas separadas. Também com o intuito de preservar a saúde dos funcionários, entre o dia 22 de junho e 17 de julho, um total de 2.505 testes para coronavírus foram realizados entre trabalhadores assintomáticos. No Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, as operações diárias para garantir a segurança dos profissionais de saúde e do administrativo envolveram equipes dos mais diversos setores, como enfermagem e odontologia. Milhares de testes foram executados até agora, além de um rigoroso controle das fontes de infecção hospitalar. 

Exames sorológicos para detecção de anticorpos foram feitos em 1.085 servidores da área de saúde. Entre todas as unidades de saúde ligadas à universidade, tanto em Campinas quanto em outras cidades, 644 pessoas estão afastadas de suas funções, o que torna as montagens das escalas de trabalho algo bem complexo. 

Para que os insumos hospitalares tanto das doações quanto das compras sejam usados da melhor forma possível, a universidade criou um comitê que direciona e gerencia todo o fluxo de equipamentos individuais de acordo com a necessidade de cada unidade ou departamento. O grupo é formado por médicos, enfermeiros e vários outros profissionais da área de saúde.

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O enfermeiro do Ambulatório de Psiquiatria do HC, Emilio Bettio Junior, testa EPI recebido como doação

O estoque de EPIs disponível permite o funcionamento normal dos turnos ininterruptos de trabalho até agosto. Ao contrário do que informa o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, todos os responsáveis pela área de saúde da universidade estão reavaliando as ações, a cada momento, para proteger ainda mais a saúde dos funcionários que estão na linha de frente do combate à pandemia. 

“A Diretoria Executiva da Área da Saúde (DEAS) vem trabalhando com todas as unidades de saúde da Unicamp para que sejam seguidos, integralmente, os protocolos de segurança e realização dos exames laboratoriais para detecção do covid-19 nos nossos funcionários, que atuam no cuidado aos pacientes. Além dessa ação, estamos organizando, com a Diretoria Geral da Administração (DGA), a compra e distribuição de todos os EPIs necessários para o adequado tratamento de nossos pacientes”, afirma o professor Manoel Barros Bértolo, diretor-executivo da DEAS.

Indicadores estáveis

Os indicadores de profissionais contaminados pelo coronavírus podem ser considerados estáveis na comparação com números gerais regionais e nacionais. De acordo com o boletim do dia 21 de julho de 2020, 732 membros da comunidade interna da Unicamp tiveram seus testes confirmando a infecção pelo coronavírus, de um total de 3.594 exames realizados. Uma taxa de positividade de 20%.

De acordo com o boletim mais recente divulgado pela Prefeitura de Campinas, na cidade, 26% dos profissionais de saúde testados se contaminaram durante a pandemia. Em números absolutos, 2.015 testes confirmados de um total de 7.739 diagnósticos feitos. No Brasil, o boletim mais recente que joga luz sobre os profissionais de saúde engloba dados até o dia 4 de julho. Dos 786.417 casos notificados pelos Estados, 173.440 pessoas, ou 22%, tiveram a infecção pelo coronavírus. 

O trabalho de gestão na Unicamp tem como objetivo principal salvar vidas. Para isso é importante que os recursos públicos sejam bem geridos e que a sociedade em geral e a iniciativa privada continuem apoiando a campanha de doação inédita criada durante a pandemia. Até agora, a comunidade já recebeu mais de R$ 12,6 milhões. Deste total, R$ 10,3 milhões aproximadamente são frutos de verbas indenizatórias liberadas pelo Poder Judiciário.

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Montagem de pessoas utilizando óculos de proteção e máscaras face shields

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