XI Semana de Pesquisa da FCM reuniu 145 trabalhos em dois dias de apresentações

Enviado por Edimilson Montalti em Ter, 22/05/2018 - 14:35

Nos dias 17 e 18 de maio, aconteceu na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, a XI Semana de Pesquisa. Durante dois dias, 145 trabalhos de pesquisa foram apresentados no Espaço das Artes (FCM) da Unicamp. A avaliação dos pôsteres aconteceu das 12 às 14 horas. Os cinco melhores trabalhos serão premiados, posteriormente, durante reunião da Congregação da FCM.

“A Semana de Pesquisa promove uma integração entre os diferentes grupos de pesquisa não só da FCM, mas também da Unicamp. A excelência dos trabalhos é de nível internacional e isso mostra a força da capacidade educacional da faculdade na formação de profissionais de qualidade”, explica Maria Luiza Moretti, coordenadora da Comissão de Pesquisa da FCM.

Rodrigo Bastos, aluno de doutorado em Tocoginecologia disse que o evento é importante para mostrar internamente o que está sendo feito na faculdade. Ele apresentou o trabalho Um levantamento de características estruturais de estudos qualitativos em literatura biomédica. “É interessante expor nosso trabalho como também conferir o que está sendo feito no laboratório do lado”, disse.

Juliana Pellegrinelli Barbosa Costa é aluna de doutorado em Saúde e Interdisciplinaridade e Reabilitação. Ela apresentou a pesquisa Ensino de português como língua adicional para o aluno surdo no contexto brasileiro. A pesquisadora ainda está em fase de captação de dados. “Sou aluna da Unicamp já faz tempo, mas essa é a primeira vez que participo da Semana de Pesquisa, que é um meio mais amplo de divulgar esse trabalho para dar visibilidade do surdo na escola”, revelou.

Ana Carolina Constantini, professora do curso de Fonoaudiologia e avaliadora das pesquisas, disse que a participação dos alunos na Semana de Pesquisa é importante para eles treinarem uma apresentação formal das pesquisas. “Estruturar o trabalho, pensar nos resultados e na metodologia e apresentar para um avaliador é fundamental na formação acadêmica”, disse.

Na opinião do pediatra Gabriel Hessel, “ser médico não é apenas receber o conhecimento, mas fazer uma análise crítica das mudanças de paradigmas e produzir conhecimento”. Para a oncologista Carmen Silva Passos Lima, o médico vai estar sempre em contato com os avanços da Medicina. “Ele tem que se formar suficientemente bem para avaliar trabalhos clínicos, por isso a Semana de Pesquisa é fundamental para a formação do aluno”, disse.

Daniel Coraciara Pequeno trouxe a pesquisa Associação da qualidade de vida de cuidadores de pacientes com câncer de cabeça e pescoço em cuidados paliativos com polimorfismos envolvidos na resposta inflamatória. Ainda no mestrado, Daniel buscou trazer algo novo ao associar a psicologia e a genética. Mayla Monteiro, pós-doutoranda e preceptora do programa de Iniciação à Prática Científica (IPC), trouxe a pesquisa Consciência fonológica em alunos com e sem deficiência visual: estudo comparativo. “Alunos do primeiro ano vieram ver o pôster. Esse já é o primeiro contato deles com a pesquisa e abre um campo enorme para eles pensarem que há mais coisas além de clinicar”, revelou Mayla.

História da Semana de Pesquisa

A I Semana de Pesquisa teve início em 2007, durante a gestão do professor José Antônio Rocha Gontijo. No ano passado, a Semana de Pesquisa chegou a sua décima edição e reuniu pesquisadores e abordou como tema as doenças cardiovasculares. A organização do evento também homenageou os ex-coordenadores da Comissão de Pesquisa. Veja como foram as edições anteriores da Semana de Pesquisa.

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