Estrutura da dissertação: No presente estudo optou-se pelo “Modelo Alternativo”, sendo assim, a tese foi composta por introdução, objetivos, metodologia, resultados (capítulo 1 e 2), discussão geral e conclusão. A introdução abordou os principais fatores influentes da massa óssea e geometria óssea, como a puberdade, composição corporal, dispêndio energético de repouso (DER), consumo alimentar e a prática de esportes em atletas adolescentes. Objetivo: No presente estudo foram delineados objetivos de acordo com os artigos: (1) avaliar as mudanças no DER, composição corporal e parâmetros ósseos em meninos adolescentes jogadores de basquetebol entre os estágios de maturação sexual e; (2) investigar os preditores da saúde óssea em atletas adolescentes, de ambos os sexos, e de diferentes modalidades, considerando a composição corporal, dispêndio energético de repouso, ingestão alimentar e prática esportiva. Metodologia: Os dois estudos tiveram delineamento transversal e foram compostos por amostras de conveniência, o primeiro com meninos jogadores de basquetebol (n=151) e o segundo com 606 atletas adolescentes, de ambos os sexos, praticantes de diferentes modalidades. A composição corporal e DER foram estimados pela DXA, compreendendo a massa isenta de gordura (MIG, em kg), massa gorda (MG, em kg), a densidade mineral óssea (DMO, em g/cm2) e o conteúdo mineral ósseo (CMO, em g) do corpo total (CT), coluna lombar posterior (L1-L4) e colo do fêmur direito (CFD). As variáveis da geometria óssea foram estimadas por meio do software Advanced Hip Assessment. A maturação sexual foi avaliada pelo protocolo de Tanner. Informações sobre o consumo alimentar foram obtidas por meio um recordatório alimentar de 24 horas. Resultados: No primeiro estudo, a maturação sexual dos adolescentes jogadores de basquetebol foi determinante para o desenvolvimento físico e ósseo, sendo observado aumento da MIG, DMO, CMO e índices geométricos com o avançar dos estágios maturacionais. No estudo dos atletas adolescentes de diferentes modalidades (capítulo 2), observou-se que a MIG e a idade cronológica foram associados positivamente à DMO, ao CMO e aos parâmetros geométricos do fêmur, enquanto DER e ingestão proteica foram associados negativamente as variáveis ósseas. Conclusão: No primeiro capítulo, a maturação sexual foi determinante para o desenvolvimento físico e ósseo em adolescentes jogadores de basquetebol. Contudo, a variabilidade de algumas variáveis geométricas sugere a influência de fatores adicionais, como treinamento e suporte nutricional, reforçando a importância de abordagens específicas para otimizar o desempenho e a saúde óssea. No segundo capítulo os achados indicam que a manutenção da MIG, o monitoramento do equilíbrio energético, consumo proteico e a prática esportiva são fundamentais para otimizar a saúde óssea na adolescência, independentemente da modalidade praticada. A prática contínua de esporte durante a puberdade, a manutenção/ aumento da MIG, monitoramento do DER, assim como o consumo adequado de proteína, entre outros nutrientes, devem ser um objetivo crucial para um melhor desfecho da saúde óssea em adolescentes.