Qualificações e defesas - Detalhes


FATORES DE PROTEÇÃO NO ENVELHECIMENTO: BEM-ESTAR E PROPÓSITO DE VIDA


Candidato(a): Thiago Henrique Ferreira Vasconcellos
Orientador(a): Monica Sanches Yassuda

Apresentação de Defesa

Curso: Gerontologia
Local: Sala 05 - LEGO/FCM
Data: 19/12/2025 - 09:00
Banca avaliadora
Titulares
Monica Sanches Yassuda
Deusivania Vieira da Silva Falcão
Anita Liberalesso Neri
Doris Firmino Rabelo
Samila Sathler Tavares Batistoni
Suplentes
Isabelle Patriciá Freitas Soares Chariglione
Meire Cachioni
Pricila Cristina Correa Ribeiro

Resumo



Introdução: O propósito de vida (PV) é uma dimensão central do Bem-Estar Psicológico (BEP) e um fator protetor no envelhecimento, associado a desfechos positivos em saúde física, mental e funcional. Embora amplamente estudado em contextos internacionais, há lacunas sobre os determinantes emocionais, funcionais e de personalidade que sustentam ou interferem no PV em idosos brasileiros. A compreensão dessas variáveis é crucial para subsidiar estratégias de promoção de saúde mental positiva na velhice. Objetivo: Esta tese teve como objetivo investigar a associação entre PV e aspectos emocionais, de personalidade, e saúde física em pessoas idosas, por meio de três estudos complementares e articulados, baseados no banco de dados do estudo FAPRE, realizado com 604 idosos na cidade de Patos de Minas, Minas Gerais. Métodos: No Estudo 1, investigamos a associação entre fragilidade física autorreferida, cognição (MEEM) e sintomas de depressão, ansiedade, e estresse (DASS-21) em 604 pessoas idosas. No Estudo 2, avaliamos a relação entre PV e sintomas de depressão, ansiedade e estresse (DASS-21) em 446 pessoas idosas cognitivamente saudáveis. O PV foi mensurado com base no Inventário de BEP de Ryff e validado para o Brasil. No Estudo 3, examinamos a associação entre PV, neuroticismo, afetividade negativa e funcionalidade (n= 446). O neuroticismo foi avaliado pelo NEOPI-R; a afetividade negativa foi calculada a partir dos escores da DASS-21; e a funcionalidade, pela Escala de Atividades Instrumentais de Vida Diária de Lawton e Brody. Resultados: O Estudo 1 mostrou que a maioria dos participantes apresentava fragilidade ou pré-fragilidade física, condição que esteve significativamente associada a sintomas de ansiedade, depressão, declínio cognitivo e fatores sociodemográficos. O Estudo 2 revelou que sintomas moderados a graves de depressão, ansiedade e estresse aumentaram o risco de baixo PV, enquanto maior escolaridade foi fator protetor. O Estudo 3 evidenciou que baixos níveis de neuroticismo se associaram a maior prevalência de alto PV, enquanto alta afetividade negativa e dependência funcional estiveram ligados a menor PV. Conclusão: Os três estudos reforçam o papel central do PV como indicador-chave de saúde mental e bem-estar na velhice. Sintomas psiquiátricos, traço de personalidade e perda de funcionalidade impactam negativamente o PV, enquanto fatores como escolaridade elevada e menor neuroticismo favorecem sua preservação. Esses achados fortalecem a compreensão do PV como eixo estruturante da saúde psicológica na velhice, e apontam para a necessidade de estratégias integradas que o promovam como parte central do cuidado com a pessoa idosa.

Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas

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Acesso:
R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" CEP: 13083-894. Campinas, SP, Brasil.
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