O sofrimento mental é um problema comum e crescente na contemporaneidade, acometendo também estudantes de medicina do mundo inteiro. O processo de adoecimento pode estar presente desde o primeiro ano da graduação e perdurar até a vida profissional, resultado da sobrecarga das atividades curriculares e extracurriculares. O objetivo dessa pesquisa foi desenvolver um Estudo Cultural sobre o sofrimento mental dos estudantes de medicina na cultura contemporânea. Foi realizada uma Revisão Sistemática da Literatura em seis bases de dados: Scopus, Web of Science, Embase, Psycinfo, BVS e Pub Med, nos idiomas inglês, espanhol e português. Após a aplicação dos filtros e a remoção dos artigos duplicados foram identificados 80 artigos sobre o sofrimento mental de estudantes de medicina. Para a análise dos resultados os artigos foram classificados e distribuídos em seis categorias, sendo elas: diagnósticos de sofrimento mental de estudantes de medicina (34 artigos, 42,5 total); processo de aprendizado e sofrimento mental de estudantes de medicina (20 artigos, 25 total); propostas terapêuticas para o sofrimento mental de estudantes de medicina (10 artigos, 12,5 total); qualidade de vida e sofrimento mental de estudantes de medicina (8 artigos, 10 total); uso de internet e sofrimento mental de estudantes de medicina (4 artigos, 5 total); marcadores sociais das diferenças e sofrimento mental de estudantes de medicina (4 artigos, 5 total). Neste estudo foi analisada a categoria diagnóstico de sofrimento mental de estudantes de medicina, que fundamentou a discussão sobre a prevalência de pesquisas sobre o diagnótico de sofrimento mental em estudantes, em detrimento do desenvolvimento de propostas terapêuticas para o cuidado do sofrimento mental dos estudantes nas escolas médicas. Conclui-se que na cultura contemporânea o evento do sofrimento mental de estudantes de medicina tem sido efetivamente diagnosticado e inefetivamente cuidado.