Qualificações e defesas - Detalhes


O uso da simulação com tecnologias digitais: estratégias de ensino e avaliação com paciente virtual e realidade aumentada


Candidato(a): Renan Gianotto de Oliveira
Orientador(a): Dario Cecilio Fernandes

Apresentação de Defesa

Curso: Clínica Médica
Local: Anfiteatro Pós-Graduação Unicamp
Data: 07/11/2025 - 09:00
Banca avaliadora
Titulares
Dario Cecilio Fernandes
Valdes Roberto Bolella
Ellen Cristina Bergamasco
Erich Vinicius De Paula
Hélio Penna Guimarães
Suplentes
Carlos Fernando Collares
Ana Paula Quilici
Ana Railka de Souza Oliveira Kumakura
Andrea De Melo Alexandre Fraga

Resumo



Introdução: A crescente complexidade do cuidado em saúde e as transformações na educação médica têm impulsionado a adoção de estratégias de ensino e avaliação mais ativas, interativas e baseadas em tecnologias digitais. Entre essas, destacam-se a simulação virtual que incluem, por exemplo, o uso de paciente virtual (PV) e realidade aumentada (RA). Há ainda lacunas na literatura quanto ao uso dessas abordagens quando utilizadas como prática de recuperação (retrieval practice) e também quanto a sua efetividade comparada a estratégias convencionais de avaliação. Objetivos: 1) Avaliar o impacto de diferentes estratégias de prática de recuperação, mediadas por PV, na retenção de conhecimento clínico de estudantes de medicina. 2) Comparar se o desempenho do líder em um cenário de fibrilação ventricular (FV), avaliado remotamente por meio de RA, é não inferior ao obtido em avaliação presencial tradicional com simulação em manequim. Metodologia: Foram conduzidos dois estudos experimentais. O primeiro foi um ensaio randomizado com alocação estratificada, que avaliou o impacto de três estratégias de prática de recuperação: resolução de caso clínico com PV, questões de múltipla escolha (QMEs) e questões de resposta curta (QRCs). Foi avaliada a retenção de conhecimento clínico, mensurada por meio de um teste aplicado seis semanas após a intervenção. O segundo estudo consistiu em um ensaio clínico randomizado, com grupos paralelos e análise de não inferioridade, envolvendo médicos residentes. Nesse estudo, comparou-se o desempenho em um cenário de FV em dois formatos: simulação com RA mediada por instrutor remoto e simulação tradicional com manequim, conduzida por instrutor presencial. Além disso, foi avaliado a ergonomia e usabilidade da tecnologia pelo grupo da RA. Resultados: No primeiro estudo, observou-se que a prática de recuperação com QRCs promoveu melhoria significativa no desempenho entre o pré-teste e o de retenção. Ainda que não tenha atingido significância, o grupo que utilizou simulação com PV manteve um razoável nível de conhecimento, indicando que pode ser uma boa estratégia de prática de recuperação. No segundo estudo, o grupo de simulação com RA apresentou um desempenho não inferior ao grupo de simulação tradicional com manequim. Os participantes que utilizaram o equipamento para RA nesse estudo avaliaram-no positivamente. Conclusão: Os dois estudos evidenciam o potencial pedagógico de estratégias digitais de simulação para o ensino e a avaliação na educação médica. A prática de recuperação com QRCs mostrou-se particularmente eficaz na retenção de conhecimento a longo prazo, destacando o valor da evocação ativa em ambientes virtuais. A simulação com RA provou ser uma alternativa viável e ergonômica à simulação presencial tradicional para avaliação de um cenário de parada cardíaca. Juntas, essas abordagens integram tecnologia e ciência da aprendizagem em soluções complementares que fortalecem a formação médica centrada no aprendiz.

Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas

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Acesso:
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