Qualificações e defesas - Detalhes


MALHAGENS E ‘NÓS’ NA ESCUTA PSICANALÍTICA GRUPAL BREVE A ADOLESCENTES E MULHERES EXPOSTOS À VIOLÊNCIA


Candidato(a): Renata Marques Rêgo Miranda
Orientador(a): Rosana Teresa Onocko Campos

Apresentação de Defesa

Curso: Saúde Coletiva
Local: Anfiteatro CPG/FCM
Data: 12/11/2025 - 13:30
Banca avaliadora
Titulares
Rosana Teresa Onocko Campos
Analice de Lima Palombini
Débora Judith Tajer
Julio Sergio Verztman
Pablo de Carvalho Godoy Castanho
Suplentes
Lisette Adriana Weissmann Seidmann
Henrique Sater De Andrade
Maíra Bonafé Sei

Resumo



O presente trabalho fez parte do projeto de pesquisa de implementação de um serviço público de psicanálise e matriciamento para adolescentes e mulheres em situação de exposição à violência, residentes no distrito sanitário Norte de Campinas/SP. Os objetivos da pesquisa são analisar a proposta de dispositivo psicoterapêutico grupal em 8 sessões para o atendimento a adolescentes e mulheres expostos à violência; e compreender a relevância do dispositivo de supervisão na formação dos terapeutas responsáveis pelos atendimentos em grupos breves de escuta psicanalítica no referido serviço. O trabalho descreve o enquadre psicoterapêutico; analisa a contribuição do metaenquadre institucional de escuta psicanalítica em grupos para realizar elaborações de experiências de exposição à violência e investiga o dispositivo supervisão como espaço para a capacitação dos terapeutas dos grupos terapêuticos em 8 sessões, discutindo possíveis reverberações da violência sobre as equipes e os profissionais. Trata-se de uma pesquisa de natureza clínico-qualitativa. Oferecemos supervisão semanal ao grupo de terapeutas durante quatro ciclos de grupos terapêuticos breves. Após cada uma das supervisões, foram realizadas anotações em diário de campo. Alguns meses após o término do quarto ciclo, um entrevistador externo foi treinado para realizar entrevistas em profundidade com os terapeutas sobre a experiência de participar semanalmente do grupo de supervisão. Em seguida foram analisados os principais emergentes do diário de campo e das entrevistas. Verificou-se que os grupos terapêuticos precipitaram integrações e elaborações a partir de vinculações internas e externas ao sujeito, que retomaram condições de associatividade dos fragmentos traumáticos oriundos da experiência de exposição à violência. O dispositivo supervisão, aliado ao suporte do metaenquadre institucional em camadas de cuidado e pautado no fortalecimento dos vínculos rede, contribuíram para a sustentação da escuta psicanalítica grupal breve ao fenômeno da violência.

Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas

Correspondência:
Rua Vital Brasil, 80, Cidade Universitária, Campinas-SP, CEP: 13.083-888 – Campinas, SP, Brasil
Acesso:
R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" CEP: 13083-894. Campinas, SP, Brasil.
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