AVALIAÇÃO DA LETALIDADE EM PACIENTES INFECTADOS POR COVID-19 NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA PAULISTA

RESUMO

Introdução: COVID-19 (SARS-CoV-2) é atualmente uma pandemia global. Por conta do quadro diverso que tal vírus causa no indivíduo infectado, deve-se atentar às possíveis tendências de morbidade e mortalidade. Vários fatores são responsáveis pela gravidade e mortalidade dessa doença, destacando-se comorbidades como hipertensão, doença cardiovascular, além de determinantes sociais em saúde, como sexo e idade avançada. A taxa de mortalidade dos pacientes com COVID-19 pode variar entre os pacientes da unidade de terapia intensiva (UTI) e não-UTI e, também, entre pacientes graves e não graves. Objetivos: Descrever as taxas de letalidade entre os anos de 2020 e 2021 em pacientes internados por COVID-19 no Hospital Universitário São Francisco (HUSF). Delineamento e Métodos: Estudo transversal realizado através de levantamento de dados de prontuário e de ligação telefônica de pacientes internados no HUSF diagnosticados com COVID-19. Obtidas análises de taxas total e trimestrais de letalidade. Para comparações, utilizou-se Test T de amostras não pareadas e Testes de qui-quadrado para dados contínuos e categóricos. Resultados: De 292 pacientes internados na UTI, foram considerados para análise 232 pacientes que possuíam todas as informações completas anotadas em prontuários. A idade média foi 59±15 anos, sendo sexo masculino 131 (56%). Ocorreram 151 óbitos hospitalares com taxa de letalidade 65% (151/232). Constataram-se que, em 2020, nos meses de fevereiro-março-abril a taxa de letalidade atingida foi de 50%, nos meses maio-junho-julho, 81%, em agosto-setembro-outubro, 46% e, em novembro-dezembro-janeiro 65%. No ano de 2021, nos meses fevereiro-março-abril a taxa atingiu 66% e nos meses de maio-junho-julho 61%. Variáveis demográficas diálise, idade e hipertensão são, do ponto de vista estatístico, variáveis independentes de mortalidade, uma vez que p < 0,05. Conclusão: A taxa de letalidade de pacientes com COVID-19 internados em UTI é elevada, sobretudo, no primeiro semestre da pandemia, no qual ainda se desconhecia tratamentos para tal doença. Diálise, idade e hipertensão foram variáveis independentes de mortalidade.

PALAVRA-CHAVE: COVID-19;SARS-CoV-2; SARS-CoV; Letalidade; Pandemia

  Apresentação