Qualificações e Defesas - Detalhes

RESPOSTA AO TRATAMENTO E EVOLUÇÃO DO CARCINOMA DIFERENCIADO DE TIREOIDE METASTÁTICO EM LINFONODOS CERVICAIS E RELAÇÃO COM REAÇÃO IMUNE LOCAL

Candidato(a): Camila Aparecida Moma
Orientador(a): Denise Engelbrecht Zantut Wittmann



Apresentação de Defesa
Curso: Doutorado em Clínica Médica
Local: Anfiteatro da Pós-graduação - FCM/Unicamp
Data: 28/05/2024 - 08:30 hrs
Banca avaliadora
Titulares
Denise Engelbrecht Zantut Wittmann - Presidente
Heraldo Mendes Garmes
Rosália do Prado Padovani - Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Roberto Bernardo dos Santos - Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Eliane Maria Ingrid Amstalden
Suplentes
Sylka D'Oliveira Rodovalho - Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Danilo Glauco Pereira Villagelin Neto
Arnaldo Moura Neto - Universidade Estadual de Campinas

Resumo


O carcinoma papilífero de tireoide tem se tornado cada vez mais prevalente e um dos mais comuns em mulheres. A maior frequência corresponde a tumores menores que dois centímetros, o que não implica de forma significativa na mortalidade. Entretanto, alguns estudos oferecem informações para a individualização do tratamento, visando a evitar as complicações de terapias excessivas.

Neste estudo, comparamos as subpopulações linfocitárias presentes nos linfonodos, acometidos ou não por carcinoma papilífero de tireoide, com o objetivo de identificar características que se correlacionem ao risco de metástases. Assim, foram selecionados 32 casos acompanhados em serviço especializado em câncer de tireoide, sendo 13 casos sem metástase linfonodal (grupo N0) e 19 com acometimento linfonodal (grupo N1). Coletaram-se os dados clínicos e se realizaram as reações imunoistoquímicas para os marcadores CD4 (para linfócitos T CD4+), CD8 (para linfócitos T citotóxicos), FoxP3 (para linfócitos T reguladores), CD25 (para linfócitos T ativados) e CD20 (para linfócitos B) nos linfonodos e na tireoide.

Em relação aos resultados, o grupo N1 apresentou maior tamanho tumoral, maior estadiamento de risco pela American Thyroid Association (ATA), maior frequência de extensão extratireoidiana, menor tempo livre de doença e maior expressão de linfócitos T CD4 no linfonodo, porém, não houve diferença significativa na expressão do FoxP3 ou no padrão de distribuição linfocitária no linfonodo.

Assim, concluímos que a maior expressão de linfócitos T CD4 em linfonodos cervicais está relacionada à presença da metástase e que, neste estudo, não houve outras alterações nos linfonodos que possam prever um comportamento tumoral mais agressivo.