População de Campinas tem propensão genética à obesidade

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Adaptações evolutivas ocorridas no passado podem ter deixado a população de Campinas e de outras localidades do interior do Estado de São Paulo com maior propensão genética para acumular açúcares e gorduras no organismo e, consequentemente, predisposta a desenvolver doenças como obesidade e diabetes.

Essa é a conclusão de um estudo divulgado na revista Scientific Reports por pesquisadores do Instituto Brasileiro de Neurociência e Neurotecnologia (BRAINN), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

A investigação foi coordenada por Iscia Lopes-Cendes, chefe do Laboratório de Genética Molecular da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, no âmbito da Iniciativa Brasileira de Medicina de Precisão (BIPMed), também apoiada pela FAPESP.

"Mapeamos cerca de 900 mil marcadores genéticos distribuídos nos genomas de 264 pessoas da região de Campinas. Foi o primeiro estudo feito com esse nível de resolução no Brasil. A maioria dos estudos de ancestralidade feitos na população Brasileira utilizava não mais de 40 marcadores", disse Lopes-Cendes à Agência FAPESP.