Qualificações e Defesas

Resumo

Os núcleos de apoio pedagógico/psicopedagógico nas Instituições de Ensino Superior (IES) são espaços criados para auxiliar os estudantes no ingresso e na permanência nos cursos de Educação Superior. Neles, são desenvolvidas ações preventivas como oficinas psicoeducativas e também ações interventivas com oferta de apoio psicológico e pedagógico. Esses espaços são compostos por profissionais de várias áreas, incluindo o psicólogo que tem presença significativa. Alguns desses núcleos atuam também na acessibilidade e inclusão de estudantes com deficiências.

A pesquisa aqui proposta se configura como um estudo de caso, qualitativo e descritivo cujos objetivos são caracterizar um núcleo de apoio ao estudante de uma faculdade privada de medicina do estado de São Paulo, descrever a sua organização e funcionamento e refletir sobre o papel do psicólogo nesse espaço. O estudo foi realizado em uma faculdade de Medicina do interior do estado de São Paulo, por meio de entrevistas com profissionais que atuam nesse núcleo, estudantes que foram ou são atendidos pelo serviço e observação participante. Os dados foram registrados em áudio/vídeo e diário de campo. A análise documental foi utilizada para o estudo das políticas públicas com ênfase no Ensino Superior. Atualmente, o núcleo é designado como NAP – Núcleo de Apoio Psicopedagógico e tem uma equipe constituída por dois profissionais no Setor de Pedagogia e dois profissionais no Setor de Psicologia. Mediante o estudo realizado foram identificadas as formas de atuação do NAP e os tipos de atendimento realizados. Também foram registrados os pontos de vista dos profissionais e gestores, assim como os dos estudantes. Os achados dessa pesquisa confirmam a importância da atuação da equipe multiprofissional que possam acolher discentes e docentes em problemáticas apresentadas no dia-a-dia da instituição. Afirma-se a importância do psicólogo nessa equipe, para oferecer acolhimento das dificuldades em saúde mental apresentadas pelos estudantes de Medicina; desenvolvimento de ações preventivas e psicoeducativas de forma individual e coletiva.

Resumo

Introdução: Os Profissionais de saúde pertencem ao grupo de maior risco de (re)infecção por trabalharem exposto a pacientes com SARS-CoV-2. Este estudo analisa os riscos de (re)infecção destes profissionais envolvidos na assistência da rede básica e centros de apoio psicossocial. Objetivos: Descrever o perfil sociodemográfico e ocupacional e a incidência de Covid-19 entre todos os profissionais do Distrito Sudoeste de Campinas, assim como a associação entre a (re)infecção por Covid-19 e características sociodemográficas, carga de trabalho e inserção ocupacional, comportamentos dentro e fora do ambiente de trabalho em uma amostra de profissionais de saúde do Distrito, com teste positivo e negativo para Covid-19. Métodos: 1) estimativa de incidência de Covid-19 e caraterísticas sociodemográficas e ocupacionais dos profissionais de saúde do Distrito Sudoeste 2) estudo com delineamento caso-controle teste negativo para analisar a associação de variáveis sociodemográficas, epidemiológicas, clínicas e laboratoriais no grupo de profissionais com sintomas respiratórios e teste molecular positivo (RT/PCR) para SARS-CoV-2, coletado em tempo oportuno, 30 dias após esquema vacinal completo (casos) e grupo de profissionais sintomáticos com teste negativo com as mesmas características, no período de março de 2021 a julho de 2022. Após análise bivariada, o resultado foi ajustado pelo modelo de regressão logística múltipla e obtidos estimadores de Razão de Odds e respectivos intervalos de confiança de 95 . Resultados: a taxa de incidência de Covid-19 nos trabalhadores de saúde do Distrito foi de 382,0 por 1000, maior no sexo feminino, na faixa etária entre 40 e 59 anos, nível técnico/médio da saúde e vínculo público. As variáveis associadas à positividade dos testes foram a existência de familiar com Covid-19 no domicílio, frequentar locais com outras pessoas e reforço vacinal com esquema homólogo. Conclusão: o principal local de contágio dos profissionais de saúde foi domiciliar e em atividades sociais e não no ambiente de trabalho. A ausência de casos graves sugere proteção vacinal e por infecção prévia pelo SARS-CoV-2. Os profissionais da saúde que atuam diretamente no enfrentamento da Covid-19 possuem risco elevado de serem infectados pelo SARS-COV-2, particularmente durante a circulação da variante e subvariantes da Ômicron.