Qualificações e Defesas

O EFEITO DA PANDEMIA DE COVID-19 NA MORTALIDADE MATERNA E NA VIA DE PARTO DE ADOLESCENTES BRASILEIRAS

Candidato(a): Maite dos Santos Borges Orientador(a): Jose Paulo De Siqueira Guida
Mestrado em Tocoginecologia Coorientador(a): Diama Bhadra Andrade Peixoto Do Vale
Apresentação de Defesa Data: 17/05/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro Departamento de Tocoginecologia - CAISM
Banca avaliadora
Titulares
Jose Paulo De Siqueira Guida - Presidente
Samara Macedo Cordeiro
Daniela Angerame Yela Gomes
Suplentes
Clara Froes De Oliveira Sanfelice
Adriana Gomes Luz

Resumo


Introdução: A gestação na adolescência é um desafio complexo para as gestantes e para os serviços de saúde e as comunidades envolvidas. Além dos riscos clínicos associados, às gestações nessa faixa etária podem ser indesejadas, aumentando a probabilidade de baixa adesão aos cuidados pré-natais e exposição a violências físicas e sexuais. A pandemia de COVID-19 causou importante impacto na assistência obstétrica do Brasil e do mundo, especialmente em grupo vulneráveis, como as gestantes adolescentes. Objetivo: Avaliar o impacto da pandemia de COVID-19 morte materna e cesárea em gestações de adolescentes brasileiras. Métodos: Estudo transversal, analisando nascimentos e mortes maternas no Brasil. Os dados foram obtidos dos Painéis de Monitoramento de Nascidos Vivos e Mortalidade Materna do Ministério da Saúde nos anos de 2019 (pré-pandemia) e 2021 (pandemia). Foram incluídos os seguintes dados: total de nascimentos, mortes maternas, causas de morte, raça/cor, região geográfica e via de parto para gestantes adolescentes (0-19 anos). A Razão de Mortalidade Materna (RMM) e as taxas de cesárea foram calculadas, utilizando a Classificação de Robson para avaliação das cesáreas. Resultados: Houve redução significativa nos partos de adolescentes (14,72 em 2019 vs 13,62 em 2021). A RMM no Brasil aumentou de 55,31 para 113,18 por 100.000 nascidos vivos (NV), com um aumento de 34 na população de adolescentes (46,75 para 62,79). As causas indiretas de morte materna, especialmente infecções respiratórias, aumentaram de 23,98 para 43,67 entre as gestantes adolescentes durante a pandemia. Disparidades raciais foram evidentes, com uma significativa RMM entre adolescentes pretas e indígenas. A taxa de cesárea entre adolescentes aumentou de 38,39 para 40,25 , influenciada principalmente pelos grupos de Robson 3 e 4. Conclusões: Durante a pandemia de COVID-19, houve aumento substancial da mortalidade materna entre gestantes adolescentes brasileiras. As taxas de cesárea nos grupos de Robson aumentaram significativamente, exceto nos grupos 8 e 9, o que levou a um substancial aumento na taxa de cesárea geral para esta faixa etária.



Candidato(a): Stephan Pinheiro Macedo de Souza Orientador(a): Celso Dario Ramos
Doutorado em Clínica Médica
Apresentação de Qualificação Data: 17/05/2024, 10:00 hrs. Local: online
Banca avaliadora
Titulares
Celso Dario Ramos - Presidente
Suplentes

Candidato(a): Eduardo Marcucci Pracucho Orientador(a): Luiz Roberto Lopes
Doutorado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Qualificação Data: 17/05/2024, 13:00 hrs. Local: Anfiteatro do Gastrocentro
Banca avaliadora
Titulares
Luiz Roberto Lopes - Presidente
Valdir Tercioti Junior- Faculdade de Ciências Médicas
Nelson Adami Andreollo
Suplentes
João de Souza Coelho Neto - FCM-UNICAMP

E PELO INTERIOR, HÁ SAÚDE MENTAL?: EXPLORANDO A VISÃO DOS USUÁRIOS E TRABALHADORES DA RAPS A RESPEITO DO ACESSO AO CUIDADO

Candidato(a): Patricia Maria Rosseti Orientador(a): Bruno Ferrari Emerich
Mestrado Profissional em Saúde Coletiva: Políticas e Gestão em Saúde
Apresentação de Defesa Data: 20/05/2024, 13:00 hrs. Local: Sala Verde - Pós Graduação
Banca avaliadora
Titulares
Bruno Ferrari Emerich - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Rafael Afonso da Silva- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Katia Varela Gomes- UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
Suplentes
Vívian Andrade Araújo Coelho - Universidade federal de Ouro Preto - UFOP
Gustavo Tenorio Cunha

Resumo


Devido às mudanças que a Saúde Mental no Brasil vem passando ao longo de sua história, desde a Reforma Psiquiátrica na década de 70, os modelos substitutivos vêm se desconstruindo e se reconstruindo, na tentativa de ressignificar os cuidados nessa área, num contexto de tensões, conflitos e incompreensões sobre como fazer saúde mental de forma participativa, comunitária e eficaz, perpassado por lutas de poderes políticos que ora se traduzem em avanços democráticos coletivos, ora golpeiam a liberdade e a dignidade humana.

Nesse sentido, baseados nos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), as ações entre redes e intersetoriais têm se mostrado também estratégias importantes para criar e difundir modelos organizativos que garantam acessibilidade e participação ativa da comunidade na saúde, mais especificamente em relação à saúde mental, conforme propõe a presente pesquisa.

Assim, a mudança paradigmática do modelo hospitalocêntrico verticalizado para um modelo de cuidados pautado na transversalidade da rede é algo que se faz enquanto se caminha, ou seja, é prática e teoria aplicada, em um saber que se constrói à medida que se observam as necessidades e implicações no mundo real.

A proposta do presente projeto de pesquisa foi conhecer a compreensão dos principais atores sociais desta peça em ascensão “Desenvolvimento de Políticas em Saúde Mental”, que são os usuários e os trabalhadores da RAPS de um município de pequeno porte do interior do estado de São Paulo, explorando os aspectos subjetivos da percepção a respeito do acesso ao cuidado e de possíveis lacunas e desencontros, bem como as forças relacionais e as potencialidades.

Os resultados evidenciam a potência no discurso dos atores sociais enquanto seus papéis de atuação e as fragilidades da participação social suprimidas pelo sistema e as relações de poder, evidenciando a constante necessidade das lutas sociais e criação de espaços democráticos da coprodução de sujeitos e processos.

Palavras-chave: Saúde Mental, Percepção dos usuários e trabalhadores, Relações entre redes, Saúde Comunitária



A IMPORTÂNCIA DA ÓXIDO NÍTRICO SINTASE ENDOTELIAL NA LIBERAÇÃO DE 6-NITRODOPAMINA DE ÁTRIOS E VENTRÍCULOS ISOLADOS DE CAMUNDONGOS E SEU PAPEL NO CRONOTROPISMO

Candidato(a): Gustavo Ligeri Pereira do Prado Orientador(a): Fabiola Taufic Monica Iglesias
Doutorado em Farmacologia Coorientador(a): Gilberto De Nucci
Apresentação de Defesa Data: 20/05/2024, 14:00 hrs. Local: SALA DA COMISSÃO DE PÓS GRADUAÇÃO FCM/UNICAMP
Banca avaliadora
Titulares
Fabiola Taufic Monica Iglesias - Presidente
Fernanda Bruschi Marinho Priviero
Tiago Nardi Amaral- Universidade Estadual de Campinas
Fernanda Loureiro De Andrade Orsi
Cíntia Maria Saia Cereda- São Leopoldo Mandic
Suplentes
André Lisbôa Rennó
Soraia Katia Pereira Costa - ICB - Universidade de São Paulo
Lindemberg Da Mota Silveira Filho
Jose Luiz Da Costa

Resumo


A 6-nitrodopamina (6-ND) é liberada de átrios isolados de camundongos, onde atua como um potente agente cronotrópico positivo. Objetivo: Como o L-NAME inibe todas as três isoformas da NO sintase, foi investigada a liberação basal de 6-ND de átrios e ventrículos isolados de camundongos nNOS−/−, iNOS−/− e eNOS−/− de ambos os sexos. Metodologia: A liberação de 6-ND foi medida por LC-MS/MS. Utilizou-se o L-NAME e seu enantiômero inativo D-NAME como inibidores da óxido sintase. Resultados: Não houve diferenças significativas na liberação basal de 6-ND de átrios e ventrículos isolados de camundongos de controle machos, em comparação com camundongos de controle fêmeas. A liberação de 6-ND de átrios e ventrículos isolados de camundongos não foi afetada pelo pré-tratamento com tetrodotoxina, indicando que no coração, a origem de 6-ND não é neurogênico. A liberação de 6-ND dos átrios obtidos de camundongos eNOS−/− foi significativamente reduzida quando comparada aos átrios obtidos de camundongos controle. A liberação de 6-ND em camundongos nNOS−/− não foi significativamente diferente em comparação aos animais controle, enquanto a liberação de 6-ND dos átrios obtidos de camundongos iNOS−/− foi significativamente maior quando comparada ao grupo controle. A incubação dos átrios isolados com L-NAME causou uma diminuição significativa na frequência atrial basal de camundongos controle, nNOS−/− e iNOS−/−, mas não em camundongos eNOS−/−. Conclusão: A eNOS é a isoforma responsável para a síntese de 6-ND nos átrios e ventrículos isolados de camundongos e é o principal mecanismo pelo qual o NO endógeno modula a frequência cardíaca.O efeito cronotrópico positivo do NO derivado da eNOS, e consequentemente da 6-ND, é apoiado pelo efeito cronotrópico negativo induzido pela L-NAME in átrios isolados de eNOS-/-. O efeito dos doadores de NO na modulação do nó sinoatrial também depende de sua capacidade de gerar 6-ND e ainda precisa investigado mais profundamente.