Entrega de jalecos marca a passagem dos alunos do segundo ano de Medicina para o ciclo clínico

Enviado por Edimilson Montalti em Qua, 14/11/2018 - 10:56

Para marcar a passagem dos alunos do segundo ano para o terceiro ano do curso de Medicina, quando eles deixam o chamado “ciclo básico” e passam para o “ciclo clínico” e começam a acompanhar os atendimentos médicos dentro do complexo da área da saúde da Unicamp e nos Postos de Saúde de Campinas, a Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp fez a entrega de jalecos com o nome de cada aluno e o logotipo da faculdade.

“Queremos, com essa cerimônia, marcar simbolicamente, na memória e na história de vocês, essa passagem tão importante dentro da formação médica. Desejamos, também, que esse rito de passagem seja uma tradição dentro de nossa faculdade”, disse o diretor da FCM, Luiz Carlos Zeferino, durante o evento que aconteceu na terça-feira (13), no anfiteatro 1 da FCM.

De acordo com Flávio César de Sá, professor da disciplina de Ética e Bioética que transpassa todo o curso de Medicina da FCM desde o primeiro até o sexto ano, a formação médica é um processo contínuo, de desenvolvimento de capacidade, habilidade e postura. E uma dessas fases, segundo Flávio, se encerra no final do segundo ano de Medicina.

“Vocês deixarão de ser só estudantes e passarão a fazer parte da equipe de atendimento aos pacientes. Isso é muito relevante. Agora é hora de botar em prática o que aprenderam. Será a primeira vez que vocês irão examinar uma pessoa. O paciente deve ser tratado com respeito, carinho, atenção e amor”, disse Flávio aos alunos.

A coordenadora de graduação do curso de Medicina da FCM, Joana Fróes Bragança Bastos, lembrou aos alunos que, a partir do terceiro ano, ao entrarem no Hospital de Clínicas ou no Hospital da Mulher (Caism) da Unicamp, cada um estará representando o quadro clínico do hospital e será observado, inclusive, pelos pacientes. Durante a cerimônia, Joana transmitiu aos alunos alguns pontos do Código de Ética do Estudante de Medicina, recém-lançado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

 “O estudante de medicina deve estar a serviço da saúde do ser humano e da coletividade, o qual deverá agir com o máximo de zelo e capacidade intelectual. Compete ao estudante de medicina aprimorar seus conhecimentos e usá-los para o progresso científico de sua formação em benefício do paciente e da comunidade”, destacou Joana.

O médico Jamiro da Silva Wanderley ressaltou que a partir do terceiro ano os alunos também mais tempo para convivência e aconselhou que essa convivência seja “recheada cada vez mais com sentimento”. Diego Lima Ribeiro, médico e preceptor da disciplina de Urgência e Emergência, fez o encerramento da cerimônia, que teve apresentação musical de um grupo formado pelos próprios alunos do segundo ano.

“O mais bonito de nossa profissão é a doação que a gente faz para o outro. Amem seus pacientes, amem-se uns aos outros, não deixem isso acabar. O amor é heterogêneo. A única pessoa que consegue fazer um ambiente hostil virar um ambiente de amor é você. Nunca se esqueçam de onde vieram e para onde querer ir. Vamos para os próximos anos, que estão só começando”, disse Diego, levando os alunos às lágrimas.