Estudos do Cepid Brainn sobre epilepsia e displasia cortical focal são premiados no 37º Congresso Brasileiro de Epilepsia

Enviado por Camila Delmondes em Ter, 26/06/2018 - 11:38

Pesquisadoras do Instituto Brasileiro de Neurociência e Neurotecnologia (Cepid Brainn), a pós-graduandas da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Luciana Ramalho Pimental da Silva e Vanessa Almeida, foram contempladas durante o 37º Congresso Brasileiro de Epilepsia – realizado em São Paulo de 6 a 9 de junho –, respectivamente, com os prêmios “Cesare Lombroso” e “Aristides Leão”, pelos estudos, clínico e experimental, relacionados à epilepsia do lobo temporal mesial e displasia cortical focal (DFC).

Prêmio Cesare Lombroso (Estudo Clínico)

Orientada pelo neurologista e docente do Departamento de Neurologia da FCM, Fernando Cendes, o estudo clínico intitulado "Resposta farmacológica e lado da esclerose hipocampal: efeito independente sobre metabólitos neurogliais medidos por espectroscopia de prótons por ressonância magnética em epilepsia do lobo temporal mesial" – realizado por Luciana Ramalho Pimental da Silva em seu pós-doutorado –, mostrou a existência de diferentes perfis de pacientes com epilepsia de lobo temporal mesial.

“Além de possibilitar melhor compreensão dos mecanismos envolvidos em cada um desses perfis, a pesquisa também viabiliza o desenvolvimento de abordagens terapêuticas mais adequadas”, comenta a pesquisadora.

Aristides Leão (Estudo Experimental)

Aluna de doutorado da FCM, Vanessa Almeida, por sua vez, desenvolveu sob a orientação da também docente do Departamento de Neurologia da FCM, Íscia Lopes-Cendes, o estudo experimental “Mosaicismo Somático nas Displasias Corticais Focais”, que encontrou, nos pacientes DFC, alta frequência de mutações em mosaico.

“Além disso, com a utilização de diferentes abordagens genéticas, mostramos que a investigação molecular não se limita a mutações em mosaico, mas também a outras classes de mutações potencialmente patogênicas, como alterações estruturais, e mutação germinativa no gene TSC1”, explicou Vanessa.