Qualificações e defesas - Detalhes


Pacientes com trombose venosa profunda com altos níveis de lipoproteína (a) apresentam maior capacidade de formação de coágulos, mas não apresentam fibrinólise prejudicada


Candidato(a): Lilian Fabiana Scialó Arzenares
Orientador(a): Silmara Aparecida de Lima Montalvão

Apresentação de Defesa

Curso: Ciências Médicas
Local: Sala Multimidia - hemocentro
Data: 26/08/2025 - 14:00
Banca avaliadora
Titulares
Silmara Aparecida de Lima Montalvão
Gabriela Góes Yamaguti Hayakawa
Maria das Graças Carvalho
Suplentes
Danielle Ribeiro Campos da Silva
Susan Elisabeth Domingues Costa Jorge

Resumo



Contexto: Níveis elevados de lipoproteína (a) (Lp(a)) têm sido associados à doença cardiovascular aterosclerótica e à trombose venosa profunda (TVP). Embora existam muitos estudos que demonstram dados consistentes entre o risco direto dependente da dose de Lp(a) e a doença cardiovascular, nenhuma conclusão sólida foi alcançada com relação à TVP. A principal hipótese está relacionada à homologia das proteínas Lp(a) e plasminogênio. A interferência da LP(a) na formação ou lise da formação do coágulo de fibrina ainda não foi demonstrada em pacientes com trombose. O objetivo deste estudo foi elucidar a associação dos níveis de Lp(a) com a formação de coágulos plasmáticos e/ou capacidade plasmática de fibrinólise em pacientes com TVP espontânea. Método: Foi realizado um ensaio turbidimétrico de formação e lise de coágulos (tPA-CLT), e os níveis de Lp(a) foram avaliados em 120 pacientes adultos com TVP. O fibrinogênio, o inibidor do ativador do plasminogênio-1 (PAI-1) e o dímero D foram avaliados como uma análise complementar. Os exames de bioquímica sanguínea e o perfil clínico dos pacientes foram considerados. Resultados: Os pacientes com TVP espontânea com níveis de Lp(a) superiores a 160 nmol/l (> percentil 90) apresentaram maior capacidade de formação de coágulos plasmáticos, com AUC dependente do fibrinogênio. A associação da Lp(a) foi encontrada somente com a AUC tPA-CLT. Os níveis de fibrinogênio foram positivamente associados à AUC tPA-CLT na análise de regressão linear múltipla (β = 0,002; P = < 0,001). Não foi encontrada associação de Lp(a) com PAI-1, D-Dímero ou tempo de lise. Conclusões: Os níveis plasmáticos de Lp(a) são geneticamente determinados e níveis acima do percentil 90 podem contribuir para maior capacidade de formação de coágulos. Este foi o primeiro estudo a avaliar a associação da Lp(a) com a formação de coágulos plasmáticos e o ensaio de lise em pacientes com TVP. Após dois anos de evento clínico, esses pacientes, sem qualquer trombofilia hereditária ou adquirida, apresentaram níveis de Lp(a) associados à AUC no ensaio tPA-CLT. O alto nível de fibrinogênio desempenha um papel fundamental nesse processo, e não foi encontrado comprometimento da capacidade de fibrinólise. A relação entre Lp(a) e TVP pode ser explicada por um perfil de hipercoagulabilidade, mas não por um perfil de hipofibrinólise.

Faculdade de Ciências Médicas
Universidade Estadual de Campinas

Correspondência:
Rua Vital Brasil, 80, Cidade Universitária, Campinas-SP, CEP: 13.083-888 – Campinas, SP, Brasil
Acesso:
R. Albert Sabin, s/ nº. Cidade Universitária "Zeferino Vaz" CEP: 13083-894. Campinas, SP, Brasil.
Desenvolvido pela TI / FCM
FCM - Faculdade de Ciências Médicas