Os canabinoides sintéticos (CS), substâncias que simulam os efeitos do tetrahidrocanabinol (THC), apresentam riscos toxicológicos significativos e implicações preocupantes para a saúde pública. Apesar de sua popularidade crescente, seu uso tem sido associado a efeitos adversos graves, como confusão, taquicardia, insuficiência respiratória, convulsões e aumento nos casos de intoxicação aguda e óbitos. Neste estudo, a toxicologia in silico foi empregada para prever a genotoxicidade e mutagenicidade desses compostos, demonstrando-se como uma metodologia eficaz na avaliação de segurança antes de estudos experimentais. Os resultados apontaram poucos resultados positivos, porém uma alta probabilidade de riscos mutagênicos, pela quantidade de grupos ativadores presentes nas estruturas base dos CS analisados. A toxicologia in silico mostrou ser uma ferramenta de grande importância para identificar este risco genotóxico em relação aos ensaios in vitro e in vivo quando comparado o tempo de análise, custo juntamente com a velocidade de aparecimento destas substâncias.