Qualificações e defesas - Detalhes


INSERÇÃO PÓS-PLACENTÁRIA DE DISPOSITIVO INTRAUTERINO DE COBRE NO PERIODO PÓS-PLACENTÁRIO EM DOIS HOSPITAIS DA PROVÍNCIA DO BIÉ- ANGOLA ( HOSPITAL MATERNO INFANTIL E HOSPITAL DR “WALTER STRANGWAY” ), DE DEZEMBRO DE 2021 Á MARÇO DE 2022.


Candidato(a): Maria de Lurdes Paulo Dias
Orientador(a): Fernanda Garanhani De Castro Surita

Apresentação de Defesa

Curso: Tocoginecologia
Local: Anfiteatro Kazue Panetta (CAISM)
Data: 14/07/2025 - 09:00
Banca avaliadora
Titulares
Fernanda Garanhani De Castro Surita
Kátia Piton Serra
Adriana Gomes Luz
Suplentes
Odette del Risco Sánchez
Isabel Cristina Esposito Sorpreso

Resumo



RESUMO

Introdução: A gravidez não planejada vêm sendo um problema de saúde pública na África Subsaariana, onde há uma alta taxa de fecundidade à despeito de condições socioeconômicas limitantes. A Organização Mundial da Saúde propõe um intervalo mínimo de 2 anos entre as gestações, e isto tem impacto na diminuição da taxa de mortalidade materna, neonatal e infantil. O planejamento reprodutivo reduz as taxas de gestações indesejadas, bem como suas consequências para a saúde. Também está relacionado com melhoria dos resultados da economia de um país, empoderamento da mulher e qualidade de vida das famílias. Em Angola coexistem uma taxa de planejamento reprodutivo baixa, em torno de 13 . Objetivo: Providenciar o uso do dispositivo intrauterino (DIU) de cobre pós-placentário em uma província de Angola-Bié. Métodos: estudo observacional prospectivo, com oferecimento do DIU com cobre pós-placentário, treinamento da equipe assistente e realização de ultrassom após 45 dias da inserção. A amostra foi intencional conforme DIUs disponíveis e as primíparas foram excluídas por questões culturais. Foram convidadas a participar 117 mulheres, das quais 83 foram incluídas após aceitarem a participação. Das mulheres excluídas, 19 não aceitaram participar e 15 não tiveram anuência do parceiro. Foi realizada análise descritiva. Este estudo obteve aprovação ética local e foi aplicado termo de consentimento às participantes. Resultados: No período de novembro de 2021 a março de 2022 foram convidadas a participar 117 mulheres, das quais 83 foram incluídas após aceitarem participar (aceitação 70,94 ). A taxa de gestação não planejada foi 81,93 . A idade média 29,76 anos (+ 5,71), 91.60 eram pretas, 59,04 viviam em um relacionamento e 45,8 com ensino fundamental completo. A sexarca aconteceu entre 13 e 15 anos em 80,68 , a maioria não utilizava contracepção (63,86 ), tinha 5 ou mais filhos (55,42 ) e realizou até 4 consultas pré-natal (70,73). Foram 66,30 partos vaginais e 33,70 cesarianas. A expulsão do DIU ocorreu em 13 mulheres (15,66 ), mais observada após o parto vaginal e em 7 (8,43 ) foi observado mau posicionamento ao exame ultrassonográfico. Ao todo 63 mulheres (75,90 ) mantiveram o método. Conclusão: a oferta do dispositivo intrauterino pós-placentário é uma forma de garantir contracepção efetiva e em longo prazo, tem boa aceitação entre as mulheres e é de fácil efetivação e útil continuidade. Seu impacto é ainda maior numa população com baixo acesso à saúde sexual e reprodutiva.

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