O Lentigo Maligno (LM) e o Lentigo Maligno Melanoma (LMM) são subtipos de melanoma associados à fotoexposição crônica e frequentemente localizados em áreas como face e pescoço. O diagnóstico precoce dessas lesões é desafiador devido à semelhança com outras condições benignas. Métodos não invasivos, como dermatoscopia (DMT) e microscopia confocal de reflectância (RCM), têm sido empregados para melhorar a acurácia diagnóstica e a delimitação de margens cirúrgicas, mas a evidência sobre qual técnica é superior permanece incerta. Esta revisão sistemática teve como pergunta de pesquisa PICO avaliar se, em pacientes com lesões pigmentadas de pele, a DMT é mais eficaz que outros métodos não invasivos, como a microscopia confocal de reflectância (RCM), para o diagnóstico de LM e LMM confirmados por histopatologia. A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed, CINAHL, MEDLINE e EMBASE. Dois revisores independentes analisaram a elegibilidade dos estudos a partir dos critérios de inclusão e exclusão, e os dados foram extraídos manualmente. A qualidade metodológica e o risco de viés dos estudos incluídos foram avaliados por meio da ferramenta QUADAS-2, com foco em estudos que compararam DMT e RCM quanto à acurácia diagnóstica e à capacidade de delimitar margens cirúrgicas. Onze estudos foram incluídos na análise final, com tamanhos amostrais variando de 17 a 318 pacientes, e as populações estudadas eram, em sua maioria, compostas por indivíduos de idade avançada (65-72 anos). Cerca de 75 dos estudos apresentaram alto risco de viés na seleção de pacientes, enquanto apenas um foi considerado de baixo risco em todos os domínios do QUADAS-2. A DMT demonstrou especificidade superior em alguns cenários, alcançando 92 em um estudo, sendo útil para identificar padrões pigmentares específicos, como estruturas romboidais e aberturas foliculares assimétricas. No entanto, sua sensibilidade foi inferior à da RCM. A RCM, por sua vez, apresentou maior sensibilidade, alcançando 91 , e mostrou-se eficaz na delimitação de margens subclínicas, reduzindo reintervenções cirúrgicas. Apenas alguns estudos compararam diretamente DMT e RCM, com dados de sensibilidade, especificidade e área abaixo da curva (AUC). Os resultados indicam que a RCM possui vantagens em sensibilidade diagnóstica e na delimitação de margens subclínicas, enquanto a DMT oferece maior especificidade. No entanto, limitações metodológicas, como viés de seleção, ausência de randomização e falta de comparações diretas entre as técnicas, comprometem a robustez das conclusões. Estudos futuros devem priorizar amostras aleatórias, maiores e análises comparativas detalhadas para fornecer evidências mais confiáveis sobre a melhor abordagem diagnóstica para LM e LMM.