A utilização da espectroscopia por infravermelho próximo (NIRS) em associação com o teste de caminhada de seis minutos (TC6), ferramenta de avaliação de esforço submáximo, em pacientes pós COVID-19 pode ser uma alternativa para investigar a interação vascular, músculo-esquelética e pulmonar nas respostas ao exercício. O objetivo deste estudo foi analisar a reatividade vascular em pacientes pós COVID-19 por meio do Teste de oclusão vascular (TOV) e investigar se há correlação deste teste com as variáveis do TC6 e da medida de força de preensão palmar. Trata-se de um estudo prospectivo e observacional realizado ambulatorialmente com pacientes que receberam alta hospitalar por COVID-19. Os participantes foram submetidos à análise da reatividade vascular por meio do TOV, realizaram um TC6 e tiveram a força de preensão palmar avaliada. Foram avaliadas as correlações entre NIRS e TC6, bem como entre a reatividade vascular com a força de preensão palmar e dados da internação. Foram selecionados 88 pacientes e incluídos 47, com média de idade de 56 ± 15,5 anos, e 74,7 do sexo masculino. A média da DTC6M foi de 476,3 ± 98,3m, e foi observada correlação moderada positiva entre reatividade vascular e a distância percorrida (r= 0,39 e p= 0,01). A utilização ou não de VMI durante a internação não apresentou diferenças significativas para as variáveis do TOV e para a distância percorrida (p>0,05). O tempo de internação hospitalar superior a 10 dias, presente em 46,8 dos pacientes estudados, apresentou correlação significativa (p=0,02) com menores taxas de ressaturação (RS) (1,47 ± 0.51 /min). A reatividade vascular dos pacientes pós COVID-19 analisados apresentou valores de normalidade, e verificou-se que o tempo aumentado de internação hospitalar pode impactar nas taxas de ressaturação no TOV, porém sem repercussão direta na distância percorrida, e nas variáveis do TC6.