Congregação da FCM homenageia Tobar Acosta. Histórias emocionam
Publicado por: Camila Delmondes
01 de dezembro de 2015

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Durante a abertura da sexta reunião extraordinária da Congregação da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp realizada na sexta-feira (31), a diretoria da FCM prestou uma homenagem aos familiares do professor Miguel Ignácio Tobar Acosta, falecido no dia 23 de agosto.

Miguel Tobar foi fundador do Departamento de Medicina Preventiva e Social. Ele formou gerações de médicos e já na década de 1970, incentiva os alunos em ir na casa dos pacientes, em atividades “extra-muro”. O evento contou com um ato ecumênico e depoimentos de colegas que conviveram com o professor Miguel Tobar.

“Gostaria que todos os alunos formados na FCM tivessem uma visão humanista capaz de entender o ser humano em sua totalidade. Para formar um profissional competente é preciso mais que um curso de ética ou sociologia, é necessário exemplo, e aí está a razão de nossa homenagem. Tobar foi um exemplo de ética, humanismo e dedicação à medicina”, disse Saad.

Estavam presentes à solenidade a esposa de Miguel Tobar, Leonizia Toledo Tobar; os filhos Francisco Tobar Acosta, Celina Tobar Acosta, Paula Regina Tobar Toledo, Denize Beatriz Tobar Toledo e Julian Bernardo Tobar Toledo e as netas Natália Tobar, Valentina Tobar Ituarte e Victoria Tobar Ituarte.

Além de Mario Saad, falaram também o chefe do Departamento de Saúde Coletiva, Edison Bueno; o chefe do Departamento de Clínica Médica, Ibsen Bellini Correa e os professores Francisco Aoki, em nome do professor Ivan Toro; Luiz Carlos Brenelli e Lair Zambon. O padre Norberto e o pastor Silvio, ambos da capelania do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp conduziram o culto ecumênico que fez parte da cerimônia.

“Fui aluno de Tobar e nossa turma fez questão de homenageá-lo. A vinda de Tobar à FCM representou a fundação do Departamento. Suas ideias anteciparam em 20 anos o modelo do Sistema Único de Saúde (SUS). Como educador, mostrou que conhecimento e humanismo formam o bom médico e que este deve compreender sua família e colocar-se sempre ao lado do paciente, como bom companheiro”, disse Edison Bueno, chefe do Departamento de Saúde Coletiva.

O professor Lair Zambon, coordenador do Hospital Estadual de Sumaré (HES), também foi aluno de Tobar e disse que ele tinha uma personalidade fortíssima e histórias engraçadas. As reuniões de quarta-feira para discussão de casos eram como “pólvora”. Lair relata o caso de um médico residente que tinha amigdalite e queria ser consultado por Tobar. O médico pediu ao jovem aluno que tirasse toda a roupa para a consulta e fez um “check up” completo no rapaz.

“Tobar foi meu padrinho de casamento e ele me tratava como filho. Eu sempre levava bronca. As mulheres o achavam atraente, mesmo aos 60 anos. Ele tinha uma conversa que todos nós sonhávamos um dia ter. Ele era espetacular na conversa de bar. A relação dele com os pacientes era impressionante. Poucas pessoas conheceram esse lado dele”, revelou Zambon.

Francisco Tobar Acosta falou em nome da família e doou à FCM um quadro com uma foto de Tobar para acervo da faculdade. Ele agradeceu todas as manifestações de carinho e disse que seu pai terminou tudo aquilo a que se propôs a cumprir, sem apego, mas com grandes ideias que se tornaram próprias de um personagem que ele mesmo criou, inspirado em Dom Quixote. Tobar formou 20 turmas de médicos pela FCM e foi paraninfo e patrono de 18.

“Um funcionário do avô sumiu e não voltou a trabalhar. Meu pai, com pouco mais de sete anos, não entendia o porquê. Explicaram que era por causa da lepra. Mas ele não aceitava a resposta. Daí em diante ele decidiu: vou ser médico para curar pessoas como ele. Se vocês colocarem em prática tudo o que Tobar ensinou, vocês o terão para sempre em seus corações”, disse Francisco.

Texto: Edimilson Montalti - ARP-FCM/Unicamp

Fotos: Mário Moreira - ARP-FCM/Unicamp



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