Agricultores/as urbanos/as de Campinas-SP: a saúde, segurança alimentar e nutricional e características de suas hortas
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Candidato(a): Marilia Escanhoela Cucolicchio |
Orientador(a): Herling Gregorio Aguilar Alonzo | Mestrado em Saúde Coletiva |
| Apresentação de Defesa |
Data: 20/06/2024, 09:00 hrs. |
Local: Anfiteatro da Pós Graduação |
Banca avaliadora
| Titulares Herling Gregorio Aguilar Alonzo - Presidente Daniela Adil Oliveira de Almeida- Universidade Federal de Minas Gerais Nelson Filice De Barros
| Suplentes Vanilde Ferreira De Souza Esquerdo Aldiane Gomes de Macedo Bacurau - Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Departamento de Saúde Coletiva
| Resumo
A Agricultura Urbana vem sendo apontada como ferramenta para gerar melhorias na qualidade de vida e ambiental das populações e ambiente urbano. Pesquisas vêm sendo desenvolvidas com o objetivo de avaliar seus potenciais e impactos, mas ainda faltam dados que acessam a relação entre a prática da AU com efeitos diretos e indiretos na saúde, segurança alimentar e nutricional e bem-estar das populações envolvidas. No município de Campinas, atualmente não há informações oficiais sobre as hortas e Unidades Produtivas existentes, nem sobre o perfil dos/as agricultores/as urbanos/as da cidade. Neste trabalho, de caráter exploratório, descritivo, transversal e qualitativo, objetivou-se delinear o perfil socioeconômico, de saúde e de segurança alimentar e nutricional dos indivíduos que praticam Agricultura Urbana em Campinas, assim como caracterizar suas Unidades Produtivas Agrícolas Urbanas e formas de organização. Primeiramente foi realizado um mapeamento das Unidades Produtivas seguindo o fluxo de coleta de dados por vias institucionais e acadêmicas, informantes-chave e imagens de satélite. Posteriormente foi construída e aplicada uma ferramenta de levantamento de dados, através de um questionário com perguntas fechadas e abertas. Os dados foram analisados de forma descritiva e qualitativa através da análise de conteúdo. Foi alcançada uma população de 45 agricultores/as distribuídos em 10 bairros de diferentes regiões da cidade. As regiões onde estão inseridos possuem alto índice de vulnerabilidade social. Os/as agricultores/as têm idade média de 65 anos, são em sua maioria homens e negros, aposentados, migrantes e possuem baixa escolaridade. A maioria já havia desenvolvido atividades com agricultura antes da iniciativa em questão. Mais da metade, 64,4 , se apresenta em estado de Segurança Alimentar e 14 em Insegurança Alimentar Leve. As doenças crônicas mais reportadas foram as cardiovasculares. Em geral, consideram sua saúde excelente ou boa. As principais motivações relatadas para o trabalho com agricultura urbana são: bem-estar, prazer ou lazer, atividade ocupacional e saúde mental e os principais desafios são conflitos, preocupação e chateação com furtos e desgaste físico. Foram identificadas 40 diferentes Unidades Produtivas Agrícolas Urbanas (UPAUs), e somente uma iniciativa foi caracterizada como sendo coletiva, envolvendo 10 UPAUs. Conclui-se que, para a população alcançada, há baixo potencial de comercialização e alta importância ocupacional e para a saúde dos/as envolvidos/as, sendo esse um ponto importante a ser considerado para a formulação de políticas públicas. Ademais, que, de modo geral, os/as agricultores/as preferem trabalhar de modo individual, sendo que o trabalho coletivo é visto como fonte desgaste. O estudo é pioneiro em seu território e objetivos e ofereceu um diagnóstico inicial da situação dos/as agricultores/as e da agricultura urbana em Campinas. Novos estudos são importantes devido à relevância social e ambiental da atividade.
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RACISMO, BUCALIDADE E PROMOÇÃO DA SAÚDE BUCAL DA POPULAÇÃO NEGRA
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Candidato(a): Beatriz Carlos Correa Dulianel |
Orientador(a): Juliana Luporini Do Nascimento | Mestrado Profissional em Saúde Coletiva: Políticas e Gestão em Saúde |
| Apresentação de Defesa |
Data: 20/06/2024, 14:00 hrs. |
Local: Auditório Paulistão |
Banca avaliadora
| Titulares Rafael Afonso da Silva - Presidente Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas Liliane de Jesus Bittencourt- Universidade Federal da Bahia - Escola de Nutrição. Carlos Botazzo- Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo - USP
| Suplentes Fernanda Campos de Almeida Carrer Daniele Pompei Sacardo
| Resumo
O presente estudo tem por objetivo mapear e analisar formas pelas quais o racismo afeta as dimensões sociais, culturais, simbólicas e psíquicas que atravessam/produzem bucalidades de pessoas negras; e discutir como a construção da noção de bucalidades negras pode orientar as ações de atenção à saúde bucal e de promoção de bucalidades saudáveis de pessoas negras. Para tal, usamos o seguinte método qualitativo de coleta de dados: entrevistas individuais abertas com seis membros do Movimento Negro Unificado (MNU) de Campinas. O material das entrevistas foi transcrito e foi utilizada a “técnica” de análise episódica, criada por Grada Kilomba, para analisar e elaborar os capítulos desta dissertação. Emaranhado a essa “técnica”, foram utilizados contos elaborados com inspiração nas entrevistas, como recurso que sustenta a liberdade de ficcionalização em um compromisso que se refere à “energia da imagem” e aos sentimentos presentes nos relatos das/os entrevistadas/os. Como Produto Técnico foi realizado, com representantes do movimento negro e acadêmica/os das áreas de saúde bucal coletiva/bucalidades e de racismo, uma roda de conversa a partir de temas emergentes das entrevistas, articulados sob a perspectiva mais geral da noção de bucalidades negras, uma noção ainda não existente, para cuja construção esta pesquisa pretende lançar as pistas iniciais. Espera-se que a dissertação permita compreender melhor como o racismo afeta as bucalidades de pessoas negras, impactando no processo saúde doença. Desse modo, espera-se também que este trabalho possa oferecer subsídios para refletir sobre a interface entre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) e a Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), para assim, avançar no desenvolvimento da atenção à saúde integral da população negra.
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RACISMO, BUCALIDADE E PROMOÇÃO DA SAÚDE BUCAL DA POPULAÇÃO NEGRA
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Candidato(a): Beatriz Carlos Correa Dulianel |
Orientador(a): Rafael Afonso da Silva | Mestrado Profissional em Saúde Coletiva: Políticas e Gestão em Saúde |
| Apresentação de Defesa |
Data: 20/06/2024, 14:00 hrs. |
Local: Auditório Paulistão |
Banca avaliadora
| Titulares Rafael Afonso da Silva - Presidente Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas Liliane de Jesus Bittencourt- Universidade Federal da Bahia - Escola de Nutrição. Carlos Botazzo- Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo - USP
| Suplentes Fernanda Campos de Almeida Carrer Daniele Pompei Sacardo
| Resumo
O presente estudo tem por objetivo mapear e analisar formas pelas quais o racismo afeta as dimensões sociais, culturais, simbólicas e psíquicas que atravessam/produzem bucalidades de pessoas negras; e discutir como a construção da noção de bucalidades negras pode orientar as ações de atenção à saúde bucal e de promoção de bucalidades saudáveis de pessoas negras. Para tal, usamos o seguinte método qualitativo de coleta de dados: entrevistas individuais abertas com seis membros do Movimento Negro Unificado (MNU) de Campinas. O material das entrevistas foi transcrito e foi utilizada a “técnica” de análise episódica, criada por Grada Kilomba, para analisar e elaborar os capítulos desta dissertação. Emaranhado a essa “técnica”, foram utilizados contos elaborados com inspiração nas entrevistas, como recurso que sustenta a liberdade de ficcionalização em um compromisso que se refere à “energia da imagem” e aos sentimentos presentes nos relatos das/os entrevistadas/os. Como Produto Técnico foi realizado, com representantes do movimento negro e acadêmica/os das áreas de saúde bucal coletiva/bucalidades e de racismo, uma roda de conversa a partir de temas emergentes das entrevistas, articulados sob a perspectiva mais geral da noção de bucalidades negras, uma noção ainda não existente, para cuja construção esta pesquisa pretende lançar as pistas iniciais. Espera-se que a dissertação permita compreender melhor como o racismo afeta as bucalidades de pessoas negras, impactando no processo saúde doença. Desse modo, espera-se também que este trabalho possa oferecer subsídios para refletir sobre a interface entre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) e a Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB), para assim, avançar no desenvolvimento da atenção à saúde integral da população negra.
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ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E ASSOCIAÇÃO DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA DECORRENTE DE COMPLICAÇÕES DA INSERÇÃO DE MARCAPASSO PERMANENTE ENTRE PACIENTES CHAGÁSICOS E NÃO CHAGÁSICOS
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Candidato(a): Fernando Piza de Souza Cannavan |
Orientador(a): Luiz Claudio Martins | Mestrado em Ciências da Cirurgia |
| Apresentação de Defesa |
Data: 20/06/2024, 14:00 hrs. |
Local: Anfiteatro do Departamento de Clínica Médica - FCM/Unicamp |
Banca avaliadora
| Titulares Luiz Claudio Martins - Presidente Wilson Nadruz Junior Ricardo Alkmim Teixeira- Universidade do Vale do Sapucaí-UNIVÁS
| Suplentes Jose Roberto Matos Souza Marcos Ferreira Minicucci - UNESP BOTUCATU
| Resumo
A Doença de Chagas, classicamente relacionada a risco aumentado de fenômenos trombóticos e tromboembólicos, pode requerer tratamento com dispositivo cardíaco eletrônico implantável (DCEI). Este estudo teve por objetivo avaliar o perfil clínico dos pacientes com cardiopatia chagásica e não chagásica, que receberam implante de DCEI e verificar o desenvolvimento de trombose venosa relacionada à inserção do dispositivo nos dois grupos. Foi realizado um estudo não experimental correlacional transversal. Os resultados obtidos dos dois grupos foram avaliados para verificar se havia relação da trombose venosa com alguma característica do perfil clínico do participante e se a prevalência de trombose venosa era igual, ou diferente, nos grupos estudados, porém não foi evidenciada a presença de sinais de trombose venosa no trajeto dos eletrodos de DCEI.
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ELABORAÇAO DE APLICATIVO PARA REGISTRO DE HISTORICO DE TRATAMENTO PSICOFARMACOLOGICO E SEGUIMENTO FARMACOTERAPEUTICO DE PACIENTES EM UNIDADE DE INTERNACAO PSIQUIATRICA DE HOSPITAL TERCIARIO
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Candidato(a): Matheus Santarosa Cassiano |
Orientador(a): Karina Diniz Oliveira | Mestrado Profissional em Ciência Aplicada à Qualificação Médica |
| Apresentação de Defesa |
Data: 21/06/2024, 09:00 hrs. |
Local: ANFITEATRO DO DEPARTAMENTO DE PSIQUIATRIA - FCM/UNICAMP |
Banca avaliadora
| Titulares Karina Diniz Oliveira - Presidente Marcos Hortes Nisihara Chagas- Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo Silvia Maria Riceto Ronchim Passeri- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
| Suplentes Débora Gomes de Melo dos Santos Medeiros - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP Andrea Fernandes Eloy Da Costa Franca
| Resumo
Introdução: a evolução paulatina dos registros eletrônicos em saúde nas últimas 5 décadas propiciou a transição do registro em papel para o prontuário eletrônico do paciente. Na psiquiatria, essa evolução é mais lenta se comparada a outras especialidades e traz, com ela, o surgimento de dificuldades relacionadas a velocidade de implementação e acesso a informação de qualidade. No Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (HC/Unicamp), essa transição ocorre desde 2017 e traz complicações que afetam a coleta de informações de pacientes com transtornos mentais graves de longo seguimento no serviço. O duplo modelo de registro impõe dificuldades no cenário de atenção terciária e multiprofissional do hospital universitário e suscita debate acerca da necessidade de modelos sistematizados para registro de história farmacológica de pacientes com quadros psiquiátricos graves e completos. Objetivo: elaborar um aplicativo eletrônico para registro do histórico e monitorização de terapias psicofarmacológicas em unidade de internação psiquiátrica de hospital terciário. Métodos: foi realizado estudo de descritivo e propositivo, com modelo de intervenção, para elaboração de formulário e aplicativo eletrônico a partir da revisão narrativa de literatura; incorporação de conceitos e experiência clínica difundidas durante a formação do médico especialista do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp; e reuniões periódicas com a equipe de sistemas de informação da Faculdade de Tecnologia da Unicamp, no intuito de discutir o desenvolvimento e implementação do instrumento. Foi elaborado um formulário intitulado “Recordatório psicofarmacológico e seguimento farmacoterapêutico de pacientes egressos de internação psiquiátrica de hospital terciário”, seguido de um aplicativo eletrônico para web browser e smartphone contido no software https://appfarma.co, sendo este armazenado no servidor HostGator, e o projeto no Github (https://github.com/juju-lee/AppHc). Cada médico residente tem acesso restrito através de login e senha individuais. Ambas os instrumentos contêm dados de identificação sociodemográfica; antropometria; antecedentes psiquiátricos maiores; antecedentes clínicos e cirúrgicos; psicofármacos de uso prévio e fármacos prescritos durante a internação e seus respectivos dados de farmacovigilância. Resultados esperados e discussão: o instrumento está disponível para utilização na prática assistencial e tem potencial de melhorar a qualidade do registro de admissão e alta médica e, com isso, trazer maior assertividade na tomada de decisão durante a permanência do paciente e no seguimento pós-alta, principalmente dentro de um contexto de grande rotatividade de médicos residentes e com interface de cuidado compartilhado com outras especialidades.
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