Qualificações e Defesas

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Candidato(a): Isabela Corte Archangelo Orientador(a): Simone Botelho Pereira
Mestrado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Qualificação Data: 27/06/2024, 08:00 hrs. Local: Remoto / online
Banca avaliadora
Titulares
Simone Botelho Pereira - Presidente
Universidade Federal de Alfenas-UNIFAL-MG- Universidade Federal de Alfenas-UNIFAL-MG
Luiz Gustavo Oliveira Brito
Evelise Aline Soares
Suplentes
José Tadeu Nunes Tamanini - Escola Paulista de Medicina - UNIFESP

Envolvimento do Sistema Nervoso Central na Púrpura Trombocitopênica Trombótica: Avaliação das lesões cerebrais Através da Ressonância Magnética Multimodal

Candidato(a): José Thiago de Souza de Castro Orientador(a): Fabiano Reis
Doutorado em Ciências Médicas Coorientador(a): Fernanda Loureiro De Andrade Orsi
Apresentação de Defesa Data: 27/06/2024, 13:00 hrs. Local: Anfiteatro da pós graduação da FCM
Banca avaliadora
Titulares
Fabiano Reis - Presidente
Sergio San Juan Dertkigil
Claudia da Costa Leite- Universidade de São Paulo
Laura Silveira Moriyama
Juliana Ávila Duarte- Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Suplentes
Felipe Torres Pacheco
Amilton Dos Santos Junior
Diogo Goulart Corrêa - Universidade Federal Fluminense

Resumo


A Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) é uma doença hematológica com acometimento multissistêmico, onde ocorre a formação de inúmero microtrombos atingindo arteríolas de todo o corpo, afetando diversos órgãos, em especial o Sistema Nervoso Central (SNC). É uma doença rara, que atinge especialmente mulheres na faixa dos 30-40 anos de idade, com incidência estimada em 4-14 casos por milhão de habitante por ano. O diagnóstico costuma ser difícil de ser realizado, pois suspeita-se de algumas outras doenças antes, e com isso os pacientes quando recebem o diagnóstico definitivo podem estar com a doença em um estágio mais avançado. É comum que pacientes com PTT, após a fase aguda, sofram com problemas neurológicos, em especial o Acidente Vascular Cerebral (AVC). Pacientes com PTT que mantem o nível de ADAMTS13 abaixo do normal após a fase aguda, têm até cinco vezes mais chances de desenvolver o AVC. Além do AVC, pacientes com PTT costumam apresentar na fase tardia déficits cognitivos, depressão e ansiedade. Recentemente, Alwan conseguiu demonstrar que os sintomas neurológicos estão frequentemente associados a RM cerebral anormal, e as lesões do lobo frontal da substância branca são particularmente significativas, levando a um comprometimento cognitivo e psiquiátrico acentuado. Apesar de que nesse trabalho citado não tenha havido um grupo controle saudável, o mesmo demonstra algo importante. A RM com técnicas avançadas, até onde analisamos a literatura, não foi aplicada a um grupo prospectivo de pacientes com PTT na fase tardia. Em especial a volumetria cerebral, que é uma técnica que pode avaliar o volume do SNC ou partes dele, é algo promissor. Considerando que os sintomas neurológicos e déficit cognitivo estão presentes em parte dos pacientes com PTT na fase tardia, utilizamos a volumetria por meio da RM para avaliar o acometimento do SNC de pacientes com PTT na fase tardia, comparado a grupo controle saudável de idade e sexo semelhantes. OBJETIVOS: Avaliar o acometimento do SNC de pacientes com PTT na fase tardia, através de técnicas avançadas de RM. Avaliar se a depressão, ansiedade e défict cognitivo e outras variáveis dos pacientes com PTT na fase tardia estão relacionadas as alterações neurológicas. E associar essas informações com a RM, com o objetivo de identificar algum ou alguns fatores. METODOLOGIA: Identificar pacientes tratados com PTT na UNICAMP e realizar RM de crânio sem contraste. Após isso realizar avaliação da volumetria cerebral por meio de um software (FreeSurfer), e comparar o grupo doente com um grupo saudável de idade e sexo semelhantes. Avaliar outras variáveis como depressão, ansiedade, comorbidades, entre outros. RESULTADOS: Foi realizada RM de 16 pacientes todos da fase tardia. Os pacientes com PTT apresentaram redução volumétrica estatisticamente significativa do volume total cerebral, além do núcleo accumens e cerebelo, quando comparados ao grupo saudável de idade e sexo semelhantes. Não identificamos relação entre aredução volumétrica e outras variáveis analisadas.



EFETIVIDADE E EFICIÊNCIA DA DESCONTINUAÇÃO DO TRATAMENTO COM INIBIDORES DE TIROSINOQUINASE EM PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA TRATADOS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE APÓS OBTENÇÃO DE RESPOSTA MOLECULAR PROFUNDA SUSTENTADA - AVALIAÇÃO DA CINÉTICA DOS TRANSCRITOS BCR::ABL1 E IMPACTO NA RECAÍDA MOLECULAR

Candidato(a): Bruna de Albuquerque Murbach Orientador(a): Kátia Borgia Barbosa Pagnano
Mestrado em Clínica Médica
Apresentação de Defesa Data: 27/06/2024, 14:00 hrs. Local: Sala de multimidia do HEMOCENTRO da Unicamp
Banca avaliadora
Titulares
Kátia Borgia Barbosa Pagnano - Presidente
Universidade Estadual de Campinas- Universidade Estadual de Campinas
Afonso Celso Vigorito- Hemocentro - UNICAMP
Monica Conchon Ribeiro de Mello
Suplentes
Alexandre Nonino

Resumo


Os inibidores da tirosina quinase (ITQ) revolucionaram o tratamento de pacientes com leucemia mieloide crônica (LMC). Pacientes que alcançam resposta molecular profunda sustentada são elegíveis para descontinuação do tratamento. DES-LMC é um estudo clínico em andamento, multicêntrico, de descontinuação de inibidores de tirosina quinase de fase 2 para pacientes com LMC que atingem resposta molecular profunda sustentada.

Pacientes adultos com LMC em fase crônica, com transcritos típicos de BCR::ABL1, resposta molecular profunda estável (RM4.5 IS) por dois anos, sem resistência anterior, foram elegíveis. Os pacientes foram submetidos a uma fase de redução de 50 da dose de ITQ em uso por seis meses antes da descontinuação. O ITQ foi reintroduzido na dose anterior houvesse perda de RMM a qualquer momento. O estudo teve como objetivo avaliar a influência da cinética das transcritos BCR::ABL durante a fase de descalonamento e na fase de descontinuação na sobrevida livre de tratamento.

Foram recrutados 41 pacientes e 38 pacientes interromperam a terapia (4 estavam na segunda tentativa de descontinuação). Onze pacientes perderam a RMM, um durante a fase de descalonamento e dez após a descontinuação. A sobrevida livre de tratamento em 24 meses foi 66 (IC 95 : 48-84 ) num seguimento mediano de 7 (1-30) meses a partir da data de descontinuação e 20 (3-39) meses a partir da data do descalonamento. Nenhum paciente perdeu resposta hematológica ou teve progressão da doença. Uma maior taxa de recaída molecular ocorreu em pacientes com níveis flutuantes de BCR::ABL1 após a fase de descontinuação (com perda de RM4.5, mas sem perda de RMM) (P = 0,04, HR-4,86 (1,03-22,9), mas não confirmado na análise multivariada. A maior duração do tratamento com ITQ (P = 0,03, HR-1,02, IC 95 - 1,00-1,04) e maior duração da RMM (P = 0,004, HR-0,95, IC95 - 0,92-098) foram fatores independentes de menor taxa de recidiva.



EFEITOS DO BACILO CALMETTE-GUÉRIN (BCG) SOBRE OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E NÃO PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO ESTUDO BATTLE

Candidato(a): Patricia Asfora Falabella Leme Orientador(a): Leonardo Oliveira Reis
Doutorado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Defesa Data: 28/06/2024, 08:30 hrs. Local: Sala Amarela
Banca avaliadora
Titulares
Leonardo Oliveira Reis - Presidente
Suplentes
Otavio Rizzi Coelho
Sara Teresinha Olalla Saad

Resumo


OBJETIVOS: Os profissionais de saúde (PS) podem ter respostas diferentes à vacinação com Bacillus Calmette-Guérin (BCG) devido à exposição ocupacional anterior a partículas de Mycobacterium. Foi relatada a análise de subgrupo do estudo BATTLE, comparando os efeitos do BCG em profissionais de saúde versus não profissionais de saúde. Esta foi uma análise secundária de um ensaio. MÉTODOS: O ensaio BATTLE foi um ensaio clínico de fase III, duplo-cego, controlado por placebo, que investigou adultos revacinados com BCG que foram recentemente infectados pelo vírus SARS-CoV-2. Os receptores de BCG e placebo foram sub agrupados com base no contato ocupacional regular com pacientes em profissionais de saúde (48 BCG e 50 placebo) e não profissionais de saúde (124 BCG e 134 placebo). A progressão semanal dos sintomas da COVID-19 e as reações no local da injeção foram comparadas entre os subgrupos nas semanas um, dois, três e seis de acompanhamento. RESULTADOS: Os profissionais de saúde tiveram maior probabilidade de reclamar de coceira no local da injeção logo após a injeção (OR = 2,5, p = 0,049). Eles desenvolveram descamação e formação de crostas no local da injeção mais rapidamente do que os não profissionais de saúde (durante a segunda semana, p = 0,033 e 0,040, OR = 3,3 e 2,7, respectivamente). Os profissionais de saúde também tiveram maior probabilidade de manter a pápula ou desenvolver uma pústula de início tardio durante as semanas posteriores (semanas quatro e seis, p = 0,024 e 0,006, OR = 2,2 e 8,6, respectivamente). Em termos de progressão dos sintomas da COVID-19, a recuperação da anosmia foi mais provável nos não profissionais de saúde que receberam BCG (semana seis, p corrigido de Holm = 0,002, OR = 3,3). CONCLUSÃO: A reação local dos PS à injeção de BCG foi ligeiramente mais rápida e intensa, possivelmente devido à sua exposição ocupacional. O BCG também pode melhorar a inflamação e a anosmia induzidas por COVID-19 em não profissionais de saúde, mas não em profissionais de saúde. Portanto, os profissionais de saúde podem ter menos probabilidade de beneficiar da vacinação BCG.



DISFUNÇÃO COGNITIVA NAS FORMAS PROGRESSIVAS E REMITENTE-RECORRENTE DA ESCLEROSE MÚLTIPLA: ESTUDO LONGITUDINAL DE 4 ANOS COM AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA E POR NEUROIMAGEM

Candidato(a): André Augusto Lemos Vidal de Negreiros Orientador(a): Alfredo Damasceno
Mestrado em Ciências Médicas
Apresentação de Defesa Data: 28/06/2024, 09:00 hrs. Local: sala azul
Banca avaliadora
Titulares
Alfredo Damasceno - Presidente
Alberto Rolim Muro Martinez
Suplentes
Marcio Luiz Figueredo Balthazar

Resumo


Poucos estudos avaliaram os fenótipos cognitivos dos diferentes cursos clínicos da EM, principalmente de maneira longitudinal, não sendo claro se os pacientes com a forma progressiva (EMP) da doença apresentam padrão distinto de disfunção cognitiva e progressão desta disfunção em relação às formas recorrentes (EMRR). A Ressonância Magnética (RM) vem sendo utilizada para auxiliar como fator preditor de declínio cognitivo. Objetivo: Avaliar a trajetória da disfunção cognitiva nas formas EMP e EMRR através de avaliação neuropsicológica e estudo de RM após 4 anos de seguimento. Também analisaremos os fatores radiológicos preditores de piora clínica e cognitiva e descreveremos as características cognitivas dos pacientes com progressão de incapacidade independente de surtos (PIRA). Método: Selecionados 54 pacientes (30 EMP, 24 EMRR) que foram submetidos a RM de crânio, avaliação clínica e neuropsicológica (BRB-N, Teste da Torre de Londres e Teste de nomeação de Boston) no início do estudo (tempo 1) e após 4 anos (tempo 2). Os testes neuropsicológicos foram agrupados em seis domínios cognitivos principais baseados na avaliação do tempo 1 do estudo. A disfunção cognitiva foi classificada em duas categoriais: sem e com disfunção cognitiva (³ 2 domínios alterados). Utilizamos o Modelo Linear Geral (GLM) univariável e de medidas repetidas para comparar as variáveis clínicas, cognitivas e radiológicas entre grupos EMRR/ EMP e para avaliar a evolução dos parâmetros nos dois tempos. A regressão linear múltipla foi realizada para avaliar os preditores de evolução clínica e cognitiva. Resultado: No tempo 1, 37.2 (n=19) dos indivíduos apresentaram disfunção cognitiva e 52.4 (n=22) no tempo 2, com maior frequência no grupo EMP. Também houve uma maior frequência de disfunção nos domínios Memória Visual e IPS no grupo progressivo nos dois tempos do estudo. Entretanto, não houve diferença estatística entre os grupos EMRR/EMP na evolução das variáveis clínicas, cognitivas e radiológicas (exceto corpo caloso) após os 4 anos de acompanhamento. Para a piora da incapacidade clínica medida pelo EDSS e 9HPT, o melhor fator preditor foi a área de secção medular de C2 (p = 0.029, p = 0.020, respectivamente) e, para o T25, o volume do estriado (p = 0.011) obteve melhor associação. Como parâmetros preditores de deterioração cognitiva, o volume do estriado teve associação significativa com o escore global de domínios (p = 0.000) e no domínio planejamento (p = 0.008). A espessura cortical foi melhor preditor para memória verbal (p = 0.002), IPS (p = 0.006) e SDMT (p = 0.001). Observamos PIRA em 65.11 (n=28) dos pacientes (EMRR=23.2 , EMP=41.8 ). Nestes indivíduos, foi evidenciada disfunção cognitiva em 46.5 no tempo 1 e em 59.2 no tempo 2. Conclusão: Houve deterioração cognitiva após 4 anos em ambos os cursos clínicos. A evolução do dano estrutural encefálico e medular não apresentou diferença estatística entre os cursos EMRR/EMP ao final do estudo. O volume do estriado e espessura cortical foram preditores de melhor associação com a deterioração cognitiva. Os pacientes com PIRA e sem PIRA não demonstraram diferença entre eles na trajetória da disfunção cognitiva ao longo do tempo do estudo.