Professores universitários diagnosticados com Comprometimento Cognitivo Leve amnéstico ao procurarem atendimento psiquiátrico em programa de cuidados com a memória em uma universidade pública brasileira: um estudo Clínico-Qualitativo sobre auto-manejo emocional
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Candidato(a): Carla Fabiana Casagrande |
Orientador(a): Egberto Ribeiro Turato | Mestrado em Ciências Médicas |
| Apresentação de Defesa |
Data: 27/06/2024, 14:00 hrs. |
Local: Auditório do prédio/departamento da Saúde Coletiva |
Banca avaliadora
| Titulares Egberto Ribeiro Turato - Presidente Isabela Thaís Machado de Jesus- Universidade Federal de São Carlos Regina Yu Shon Chun
| Suplentes Aline Cristina Martins Gratão - Universidade Federal de São Carlos Maria Giovana Borges Saidel
| Resumo
Introdução: O conceito de Comprometimento Cognitivo Leve (CCL), do termo Mild Cognitive Impairment (MCI), compreende as fronteiras entre o envelhecimento mental normal e patológico. Sabe-se que a taxa de progressão do CCL para quadros demenciais pode atingir 15 e o auto manejo emocional de professores universitários, considerados indivíduos com alta reserva cognitiva, diagnosticados com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) do tipo amnéstico envolve lidar com angústias e fantasias a respeito de um futuro incerto e de difícil enfrentamento, principalmente pela possibilidade futura da falta de autonomia. Objetivo: Explorar e interpretar os significados emocionais atribuídos por professores (em atividade ou aposentados) de uma universidade pública brasileira, diante do diagnóstico de CCL, considerando o contexto no qual estão inseridos, bem como o status social que o professor ocupa. Método: O artigo de resultados desta pesquisa embasou-se no MCQ – Método Clínico-Qualitativo, com aculturação, entrevista semidirigida com questões abertas e em profundidade e observação do entrevistado. O fechamento da amostra se deu através da Saturação Teórica. O recrutamento dos entrevistados foi realizado de forma intencional por conveniência e a realização da entrevista foi por meio virtual. O tratamento e análise dos dados na pesquisa foi obtido através de Análise Clínico-Qualitativa de Conteúdo e dos seven steps. Resultados: Foram construídos dois artigos, um resultante do trabalho de campo – “Percepções emocionais de professores de uma universidade pública do sudeste brasileiro diante do diagnóstico de Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) amnéstico: um estudo clínico-qualitativo” e outro, conceitual - “Sintomas psicológicos e a progressão de Declínio Cognitivo Subjetivo (DCS) para Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) e quadros demenciais em idosos”. Do artigo resultante de trabalho de campo, seis docentes participaram do estudo, sendo 3 homens e 3 mulheres. A idade variou entre 48 e 72 anos. Três categorias foram elencadas: 1) A morte em vida; 2) Da água para o vinho: a turbidez de um novo não desejado; 3) Reconhecer-se: abraçando possibilidades. Conclusões: O diagnóstico do CCL vai de encontro à história de construção de conhecimento e de vida desses docentes. Isso provoca fatores ansiogênicos e de construções fantasiosas a respeito de um futuro que não se alinha à toda uma vida de notável capacidade e volatividade intelectual. Em um setting de clínica médica, o manejo clínico, através desses referenciais, possibilita ao médico considerar aspectos subjetivos que agregam e auxiliam na condução terapêutica.
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EFEITOS DO BACILO CALMETTE-GUÉRIN (BCG) SOBRE OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E NÃO PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO ESTUDO BATTLE
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Candidato(a): Patricia Asfora Falabella Leme |
Orientador(a): Leonardo Oliveira Reis | Doutorado em Fisiopatologia Médica |
| Apresentação de Defesa |
Data: 28/06/2024, 08:30 hrs. |
Local: Sala Amarela |
Banca avaliadora
| Titulares Leonardo Oliveira Reis - Presidente
| Suplentes Sara Teresinha Olalla Saad Otavio Rizzi Coelho
| Resumo
OBJETIVOS: Os profissionais de saúde (PS) podem ter respostas diferentes à vacinação com Bacillus Calmette-Guérin (BCG) devido à exposição ocupacional anterior a partículas de Mycobacterium. Foi relatada a análise de subgrupo do estudo BATTLE, comparando os efeitos do BCG em profissionais de saúde versus não profissionais de saúde. Esta foi uma análise secundária de um ensaio. MÉTODOS: O ensaio BATTLE foi um ensaio clínico de fase III, duplo-cego, controlado por placebo, que investigou adultos revacinados com BCG que foram recentemente infectados pelo vírus SARS-CoV-2. Os receptores de BCG e placebo foram sub agrupados com base no contato ocupacional regular com pacientes em profissionais de saúde (48 BCG e 50 placebo) e não profissionais de saúde (124 BCG e 134 placebo). A progressão semanal dos sintomas da COVID-19 e as reações no local da injeção foram comparadas entre os subgrupos nas semanas um, dois, três e seis de acompanhamento. RESULTADOS: Os profissionais de saúde tiveram maior probabilidade de reclamar de coceira no local da injeção logo após a injeção (OR = 2,5, p = 0,049). Eles desenvolveram descamação e formação de crostas no local da injeção mais rapidamente do que os não profissionais de saúde (durante a segunda semana, p = 0,033 e 0,040, OR = 3,3 e 2,7, respectivamente). Os profissionais de saúde também tiveram maior probabilidade de manter a pápula ou desenvolver uma pústula de início tardio durante as semanas posteriores (semanas quatro e seis, p = 0,024 e 0,006, OR = 2,2 e 8,6, respectivamente). Em termos de progressão dos sintomas da COVID-19, a recuperação da anosmia foi mais provável nos não profissionais de saúde que receberam BCG (semana seis, p corrigido de Holm = 0,002, OR = 3,3). CONCLUSÃO: A reação local dos PS à injeção de BCG foi ligeiramente mais rápida e intensa, possivelmente devido à sua exposição ocupacional. O BCG também pode melhorar a inflamação e a anosmia induzidas por COVID-19 em não profissionais de saúde, mas não em profissionais de saúde. Portanto, os profissionais de saúde podem ter menos probabilidade de beneficiar da vacinação BCG.
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Avaliação longitudinal de marcadores inflamatórios, metabólicos e psicopatológicos em pacientes no primeiro surto psicótico e na esquizofrenia resistente ao tratamento
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Candidato(a): Osmar Henrique Della Torre |
Orientador(a): Amilton Dos Santos Junior | Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente |
Coorientador(a): Paulo Dalgalarrondo | Apresentação de Defesa |
Data: 28/06/2024, 09:00 hrs. |
Local: Anfiteatro do Departamento de Psiquiatria |
Banca avaliadora
| Titulares Amilton Dos Santos Junior - Presidente Eloisa Helena Rubello Valler Celeri Giuliano Generoso- Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica Gloria Maria de Almeida Souza Tedrus Karina Diniz Oliveira
| Suplentes Eduardo Henrique Teixeira Marcos Hortes Nisihara Chagas - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo Luiz Fernando Longuim Pegoraro - Universidade Estadual de Campinas
| Resumo
Introdução: A etiopatogênese das doenças mentais é complexa e envolve a interação entre fatores genéticos e ambientais sendo alterações no sistema imune apontadas como possíveis participantes na fisiopatologia dos transtornos mentais graves.
Objetivos: Avaliar e comparar marcadores inflamatórios em indivíduos internados devido primeiro surto psicótico e em pacientes com esquizofrenia resistente ao tratamento que iniciaram o uso de clozapina com reavaliação após seis meses.
Métodos: Marcadores séricos para adiponectina, GLP-1, insulina, leptina, IL-1beta, IL-6, IL-10 e TNF-alfa foram coletados de todos os pacientes elegiveis para o estudo e reavaliados após seis meses. Foram analisadas características sociodemográficas, IMC, circunferência abdominal, aplicado escore da PANSS e escala de efeitos colaterais UKU dos antipsicóticos. Os dados foram arquivados e analisados utilizando-se o software SPSS, versão 22 com analises descritivas e testes de correlação de Spearman. Adotado p valor menor que 0,05 para significância estatistica.
Resultados: Foram analisados 15 pacientes com quadro de esquizofrenia resistente ao tratamento e 21 pacientes no primeiro surto psicótico. A dose média de clozapina de manutenção após seis meses foi de 542,3 (IC 95 424,7 – 659) e houve uma redução significativa dos sintomas pelos escores da PANSS, exceto nos sintomas negativos. foram encontradas diferenças significativas entre níveis de marcadores inflamatórios entre os indivíduos em primeiro surto e os que utilizam clozapina. Marcadores de adiponectina foi reduzido significativamente nos pacientes de primeiro surto quando comparados com cronicos em vigencia da introdução de clozapina.
Conclusão: . Este achado sugere que a complexidade dos transtornos mentais pode não ser inteiramente capturada através da medição de marcadores inflamatórios isoladamente, ou que a nossa amostra pode não ter sido suficientemente grande para detectar diferenças sutis que possam existir. Embora este estudo não tenha identificado associações significativas, ele sublinha a importância de continuar a explorar a complexa interação entre processos inflamatórios e transtornos mentais, visando aprimorar a compreensão e o tratamento dessas condições
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DISFUNÇÃO COGNITIVA NAS FORMAS PROGRESSIVAS E REMITENTE-RECORRENTE DA ESCLEROSE MÚLTIPLA: ESTUDO LONGITUDINAL DE 4 ANOS COM AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA E POR NEUROIMAGEM
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Candidato(a): André Augusto Lemos Vidal de Negreiros |
Orientador(a): Alfredo Damasceno | Mestrado em Ciências Médicas |
| Apresentação de Defesa |
Data: 28/06/2024, 09:00 hrs. |
Local: Sala azul da Pós-Graduação/FCM |
Banca avaliadora
| Titulares Alfredo Damasceno - Presidente Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas Cláudia Cristina Ferreira Vasconcelos Alberto Rolim Muro Martinez
| Suplentes Marcio Luiz Figueredo Balthazar Carolina de Medeiros Rimkus - USP - Universidade de São Paulo
| Resumo
Poucos estudos avaliaram os fenótipos cognitivos dos diferentes cursos clínicos da EM, principalmente de maneira longitudinal, não sendo claro se os pacientes com a forma progressiva (EMP) da doença apresentam padrão distinto de disfunção cognitiva e progressão desta disfunção em relação às formas recorrentes (EMRR). A Ressonância Magnética (RM) vem sendo utilizada para auxiliar como fator preditor de declínio cognitivo. Objetivo: Avaliar a trajetória da disfunção cognitiva nas formas EMP e EMRR através de avaliação neuropsicológica e estudo de RM após 4 anos de seguimento. Também analisaremos os fatores radiológicos preditores de piora clínica e cognitiva e descreveremos as características cognitivas dos pacientes com progressão de incapacidade independente de surtos (PIRA). Método: Selecionados 54 pacientes (30 EMP, 24 EMRR) que foram submetidos a RM de crânio, avaliação clínica e neuropsicológica (BRB-N, Teste da Torre de Londres e Teste de nomeação de Boston) no início do estudo (tempo 1) e após 4 anos (tempo 2). Os testes neuropsicológicos foram agrupados em seis domínios cognitivos principais baseados na avaliação do tempo 1 do estudo. A disfunção cognitiva foi classificada em duas categoriais: sem e com disfunção cognitiva (>ou = 2 domínios alterados). Utilizamos o Modelo Linear Geral (GLM) univariável e de medidas repetidas para comparar as variáveis clínicas, cognitivas e radiológicas entre grupos EMRR/ EMP e para avaliar a evolução dos parâmetros nos dois tempos. A regressão linear múltipla foi realizada para avaliar os preditores de evolução clínica e cognitiva. Resultado: No tempo 1, 37.2 (n=19) dos indivíduos apresentaram disfunção cognitiva e 52.4 (n=22) no tempo 2, com maior frequência no grupo EMP. Também houve uma maior frequência de disfunção nos domínios Memória Visual e IPS no grupo progressivo nos dois tempos do estudo. Entretanto, não houve diferença estatística entre os grupos EMRR/EMP na evolução das variáveis clínicas, cognitivas e radiológicas (exceto corpo caloso) após os 4 anos de acompanhamento. Para a piora da incapacidade clínica medida pelo EDSS e 9HPT, o melhor fator preditor foi a área de secção medular de C2 (p = 0.029, p = 0.020, respectivamente) e, para o T25, o volume do estriado (p = 0.011) obteve melhor associação. Como parâmetros preditores de deterioração cognitiva, o volume do estriado teve associação significativa com o escore global de domínios (p = 0.000) e no domínio planejamento (p = 0.008). A espessura cortical foi melhor preditor para memória verbal (p = 0.002), IPS (p = 0.006) e SDMT (p = 0.001).Observamos PIRA em 65.11 (n=28) dos pacientes (EMRR=23.2 , EMP=41.8 ). Nestes indivíduos, foi evidenciada disfunção cognitiva em 46.5 no tempo 1 e em 59.2 no tempo 2. Conclusão: Houve deterioração cognitiva após 4 anos em ambos os cursos clínicos. A evolução do dano estrutural encefálico e medular não apresentou diferença estatística entre os cursos EMRR/EMP ao final do estudo. O volume do estriado e espessura cortical foram preditores de melhor associação com a deterioração cognitiva. Os pacientes com PIRA e sem PIRA não demonstraram diferença entre eles na trajetória da disfunção cognitiva ao longo do tempo do estudo.
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Perfil epidemiológico dos óbitos por câncer de mama no município de Campinas no período entre 2010 e 2022
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Candidato(a): Camila Severing do Couto |
Orientador(a): Gustavo Tenorio Cunha | Mestrado Profissional em Saúde Coletiva: Políticas e Gestão em Saúde |
| Apresentação de Defesa |
Data: 28/06/2024, 14:00 hrs. |
Local: Sala Laranja |
Banca avaliadora
| Titulares Gustavo Tenorio Cunha - Presidente Aldiane Gomes de Macedo Bacurau Lisie Tocci Justo- Faculdade São Leopoldo Mandic
| Suplentes Rubens Bedrikow Priscila Maria Stolses Bergamo Francisco
| Resumo
O Câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente em mulheres no Brasil e no mundo, além de ter uma alta mortalidade relacionada. Traçar o perfil destas mulheres traz embasamento para organizar ações em saúde. O objetivo é conhecer o perfil das mulheres que morreram por neoplasia de mama no município de Campinas, no período de 2010 à 2022, fornecendo embasamento teórico para a qualificação do Cuidado em Oncologia no Município, na linha de cuidado do câncer de mama. A taxa de mortalidade por câncer de mama no Brasil foi de 11,84 óbitos a cada 100.000 mulheres em 2020. (INCA 2022). É uma doença com alta taxa de incidência e mortalidade e que demanda acompanhamento adequado e em tempo oportuno. Para isso se faz necessário uma rede de serviços de saúde com capacidade de articulação entre si que possa criar um fluxo de atendimento qualificado, e delimitando uma linha de cuidados eficaz. Mesmo com a alta tecnologia envolvida no tratamento dos principais tipos de câncer de mama, ainda existe um custo econômico alto, além de anos potenciais de vida perdida. A pesquisa epidemiológica se mostra de suma importância na medida em que, conhecendo o perfil das mulheres que adoeceram e foram à óbito por esta doença, é possível traçar planos de ação de prevenção efetivos e tomada de decisões públicas.
Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo, conduzido no município de Campinas, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2022. A população do estudo compreende todos os óbitos por neoplasia de mama, em mulheres, maiores de 18 anos. Os dados foram coletados na base nacional do Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM e após, será realizada análise destes óbitos em relação à dados epidemiológicos.
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