Qualificações e Defesas

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ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DE QUESTIONÁRIO DE TERAPIA EM PAP: “THE MOSAS QUESTIONNAIRE” EM PORTUGUÊS DO BRASIL

Candidato(a): Mila Oliveira da Cunha Orientador(a): Maria Fernanda Bagarollo
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação Coorientador(a): Edilson Zancanella
Apresentação de Defesa Data: 27/06/2024, 14:00 hrs. Local: FCM UNICAMP
Banca avaliadora
Titulares
Maria Fernanda Bagarollo - Presidente
Ana Célia Faria
Almiro José Machado Júnior
Suplentes
Ana Carolina Constantini

Resumo


A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é um distúrbio de patogênese multifatorial, crônica cada vez mais comum e pode trazer consequências adversas significativas para a saúde. A adesão ao tratamento com CPAP (Continous Positive Airway Pressure) é variável e utilizar questionários que nos permite conhecer as queixas dos usuários, enriquece a avaliação terapêutica e proporciona a construção de uma conduta centrada nas necessidades do indivíduo. Esta pesquisa tem como objetivo disponibilizar a versão brasileira do MOSAS (Maugeri Obstructive Sleep Apnea Syndrome) Questionnaire. Trata-se de um estudo de cunho metodológico de tradução e adaptação de um instrumento com o objetivo de identificar através da sessão A - o impacto da AOS nos aspectos psicológico e físico e através da sessão B identificar o impacto do tratamento dos usuários de CPAP que podem estar em risco de não adesão à terapêutica. A metodologia do procedimento aplicado foi composto de cinco etapas: I-Tradução, II- Síntese das traduções, III-Retrotradução, IV- Avaliação por comitê de especialistas e V- Pré-teste. Espera-se com esse trabalho que os resultados possam disponibilizar um instrumento com evidências de confiabilidade adaptado a realidade brasileira.

Palavras-chave: Tradução, Adaptação, Apneia do Sono, CPAP.



Professores universitários diagnosticados com Comprometimento Cognitivo Leve amnéstico ao procurarem atendimento psiquiátrico em programa de cuidados com a memória em uma universidade pública brasileira: um estudo Clínico-Qualitativo sobre auto-manejo emocional

Candidato(a): Carla Fabiana Casagrande Orientador(a): Egberto Ribeiro Turato
Mestrado em Ciências Médicas
Apresentação de Defesa Data: 27/06/2024, 14:00 hrs. Local: Auditório do prédio/departamento da Saúde Coletiva
Banca avaliadora
Titulares
Egberto Ribeiro Turato - Presidente
Isabela Thaís Machado de Jesus- Universidade Federal de São Carlos
Regina Yu Shon Chun
Suplentes
Aline Cristina Martins Gratão - Universidade Federal de São Carlos
Maria Giovana Borges Saidel

Resumo


Introdução: O conceito de Comprometimento Cognitivo Leve (CCL), do termo Mild Cognitive Impairment (MCI), compreende as fronteiras entre o envelhecimento mental normal e patológico. Sabe-se que a taxa de progressão do CCL para quadros demenciais pode atingir 15 e o auto manejo emocional de professores universitários, considerados indivíduos com alta reserva cognitiva, diagnosticados com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) do tipo amnéstico envolve lidar com angústias e fantasias a respeito de um futuro incerto e de difícil enfrentamento, principalmente pela possibilidade futura da falta de autonomia. Objetivo: Explorar e interpretar os significados emocionais atribuídos por professores (em atividade ou aposentados) de uma universidade pública brasileira, diante do diagnóstico de CCL, considerando o contexto no qual estão inseridos, bem como o status social que o professor ocupa. Método: O artigo de resultados desta pesquisa embasou-se no MCQ – Método Clínico-Qualitativo, com aculturação, entrevista semidirigida com questões abertas e em profundidade e observação do entrevistado. O fechamento da amostra se deu através da Saturação Teórica. O recrutamento dos entrevistados foi realizado de forma intencional por conveniência e a realização da entrevista foi por meio virtual. O tratamento e análise dos dados na pesquisa foi obtido através de Análise Clínico-Qualitativa de Conteúdo e dos seven steps. Resultados: Foram construídos dois artigos, um resultante do trabalho de campo – “Percepções emocionais de professores de uma universidade pública do sudeste brasileiro diante do diagnóstico de Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) amnéstico: um estudo clínico-qualitativo” e outro, conceitual - “Sintomas psicológicos e a progressão de Declínio Cognitivo Subjetivo (DCS) para Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) e quadros demenciais em idosos”. Do artigo resultante de trabalho de campo, seis docentes participaram do estudo, sendo 3 homens e 3 mulheres. A idade variou entre 48 e 72 anos. Três categorias foram elencadas: 1) A morte em vida; 2) Da água para o vinho: a turbidez de um novo não desejado; 3) Reconhecer-se: abraçando possibilidades. Conclusões: O diagnóstico do CCL vai de encontro à história de construção de conhecimento e de vida desses docentes. Isso provoca fatores ansiogênicos e de construções fantasiosas a respeito de um futuro que não se alinha à toda uma vida de notável capacidade e volatividade intelectual. Em um setting de clínica médica, o manejo clínico, através desses referenciais, possibilita ao médico considerar aspectos subjetivos que agregam e auxiliam na condução terapêutica.



EFEITOS DO BACILO CALMETTE-GUÉRIN (BCG) SOBRE OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E NÃO PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO ESTUDO BATTLE

Candidato(a): Patricia Asfora Falabella Leme Orientador(a): Leonardo Oliveira Reis
Doutorado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Defesa Data: 28/06/2024, 08:30 hrs. Local: Sala Amarela
Banca avaliadora
Titulares
Leonardo Oliveira Reis - Presidente
Suplentes
Otavio Rizzi Coelho
Sara Teresinha Olalla Saad

Resumo


OBJETIVOS: Os profissionais de saúde (PS) podem ter respostas diferentes à vacinação com Bacillus Calmette-Guérin (BCG) devido à exposição ocupacional anterior a partículas de Mycobacterium. Foi relatada a análise de subgrupo do estudo BATTLE, comparando os efeitos do BCG em profissionais de saúde versus não profissionais de saúde. Esta foi uma análise secundária de um ensaio. MÉTODOS: O ensaio BATTLE foi um ensaio clínico de fase III, duplo-cego, controlado por placebo, que investigou adultos revacinados com BCG que foram recentemente infectados pelo vírus SARS-CoV-2. Os receptores de BCG e placebo foram sub agrupados com base no contato ocupacional regular com pacientes em profissionais de saúde (48 BCG e 50 placebo) e não profissionais de saúde (124 BCG e 134 placebo). A progressão semanal dos sintomas da COVID-19 e as reações no local da injeção foram comparadas entre os subgrupos nas semanas um, dois, três e seis de acompanhamento. RESULTADOS: Os profissionais de saúde tiveram maior probabilidade de reclamar de coceira no local da injeção logo após a injeção (OR = 2,5, p = 0,049). Eles desenvolveram descamação e formação de crostas no local da injeção mais rapidamente do que os não profissionais de saúde (durante a segunda semana, p = 0,033 e 0,040, OR = 3,3 e 2,7, respectivamente). Os profissionais de saúde também tiveram maior probabilidade de manter a pápula ou desenvolver uma pústula de início tardio durante as semanas posteriores (semanas quatro e seis, p = 0,024 e 0,006, OR = 2,2 e 8,6, respectivamente). Em termos de progressão dos sintomas da COVID-19, a recuperação da anosmia foi mais provável nos não profissionais de saúde que receberam BCG (semana seis, p corrigido de Holm = 0,002, OR = 3,3). CONCLUSÃO: A reação local dos PS à injeção de BCG foi ligeiramente mais rápida e intensa, possivelmente devido à sua exposição ocupacional. O BCG também pode melhorar a inflamação e a anosmia induzidas por COVID-19 em não profissionais de saúde, mas não em profissionais de saúde. Portanto, os profissionais de saúde podem ter menos probabilidade de beneficiar da vacinação BCG.



Avaliação longitudinal de marcadores inflamatórios, metabólicos e psicopatológicos em pacientes no primeiro surto psicótico e na esquizofrenia resistente ao tratamento

Candidato(a): Osmar Henrique Della Torre Orientador(a): Amilton Dos Santos Junior
Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente Coorientador(a): Paulo Dalgalarrondo
Apresentação de Defesa Data: 28/06/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro do Departamento de Psiquiatria
Banca avaliadora
Titulares
Amilton Dos Santos Junior - Presidente
Eloisa Helena Rubello Valler Celeri
Giuliano Generoso- Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica
Gloria Maria de Almeida Souza Tedrus
Karina Diniz Oliveira
Suplentes
Eduardo Henrique Teixeira
Marcos Hortes Nisihara Chagas - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Luiz Fernando Longuim Pegoraro - Universidade Estadual de Campinas

Resumo


Introdução: A etiopatogênese das doenças mentais é complexa e envolve a interação entre fatores genéticos e ambientais sendo alterações no sistema imune apontadas como possíveis participantes na fisiopatologia dos transtornos mentais graves.

Objetivos: Avaliar e comparar marcadores inflamatórios em indivíduos internados devido primeiro surto psicótico e em pacientes com esquizofrenia resistente ao tratamento que iniciaram o uso de clozapina com reavaliação após seis meses.

Métodos: Marcadores séricos para adiponectina, GLP-1, insulina, leptina, IL-1beta, IL-6, IL-10 e TNF-alfa foram coletados de todos os pacientes elegiveis para o estudo e reavaliados após seis meses. Foram analisadas características sociodemográficas, IMC, circunferência abdominal, aplicado escore da PANSS e escala de efeitos colaterais UKU dos antipsicóticos. Os dados foram arquivados e analisados utilizando-se o software SPSS, versão 22 com analises descritivas e testes de correlação de Spearman. Adotado p valor menor que 0,05 para significância estatistica.

Resultados: Foram analisados 15 pacientes com quadro de esquizofrenia resistente ao tratamento e 21 pacientes no primeiro surto psicótico. A dose média de clozapina de manutenção após seis meses foi de 542,3 (IC 95 424,7 – 659) e houve uma redução significativa dos sintomas pelos escores da PANSS, exceto nos sintomas negativos. foram encontradas diferenças significativas entre níveis de marcadores inflamatórios entre os indivíduos em primeiro surto e os que utilizam clozapina. Marcadores de adiponectina foi reduzido significativamente nos pacientes de primeiro surto quando comparados com cronicos em vigencia da introdução de clozapina.

Conclusão: . Este achado sugere que a complexidade dos transtornos mentais pode não ser inteiramente capturada através da medição de marcadores inflamatórios isoladamente, ou que a nossa amostra pode não ter sido suficientemente grande para detectar diferenças sutis que possam existir. Embora este estudo não tenha identificado associações significativas, ele sublinha a importância de continuar a explorar a complexa interação entre processos inflamatórios e transtornos mentais, visando aprimorar a compreensão e o tratamento dessas condições



DISFUNÇÃO COGNITIVA NAS FORMAS PROGRESSIVAS E REMITENTE-RECORRENTE DA ESCLEROSE MÚLTIPLA: ESTUDO LONGITUDINAL DE 4 ANOS COM AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA E POR NEUROIMAGEM

Candidato(a): André Augusto Lemos Vidal de Negreiros Orientador(a): Alfredo Damasceno
Mestrado em Ciências Médicas
Apresentação de Defesa Data: 28/06/2024, 09:00 hrs. Local: Sala azul da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Alfredo Damasceno - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Alberto Rolim Muro Martinez
Cláudia Cristina Ferreira Vasconcelos
Suplentes
Carolina de Medeiros Rimkus - USP - Universidade de São Paulo
Marcio Luiz Figueredo Balthazar

Resumo


Poucos estudos avaliaram os fenótipos cognitivos dos diferentes cursos clínicos da EM, principalmente de maneira longitudinal, não sendo claro se os pacientes com a forma progressiva (EMP) da doença apresentam padrão distinto de disfunção cognitiva e progressão desta disfunção em relação às formas recorrentes (EMRR). A Ressonância Magnética (RM) vem sendo utilizada para auxiliar como fator preditor de declínio cognitivo. Objetivo: Avaliar a trajetória da disfunção cognitiva nas formas EMP e EMRR através de avaliação
neuropsicológica e estudo de RM após 4 anos de seguimento. Também analisaremos os fatores radiológicos preditores de piora clínica e cognitiva e descreveremos as características cognitivas dos pacientes com progressão de incapacidade independente de surtos (PIRA). Método: Selecionados 54 pacientes (30 EMP, 24 EMRR) que foram submetidos a RM de crânio, avaliação clínica e neuropsicológica (BRB-N, Teste da Torre de Londres e Teste de nomeação de Boston) no início do estudo (tempo 1) e após 4 anos (tempo 2). Os testes
neuropsicológicos foram agrupados em seis domínios cognitivos principais baseados na avaliação do tempo 1 do estudo. A disfunção cognitiva foi classificada em duas categoriais: sem e com disfunção cognitiva (>ou = 2 domínios alterados). Utilizamos o Modelo Linear Geral (GLM) univariável e de medidas repetidas para comparar as variáveis clínicas, cognitivas e radiológicas entre grupos EMRR/ EMP e para avaliar a evolução dos parâmetros nos dois tempos. A regressão linear múltipla foi realizada para avaliar os preditores de evolução clínica e cognitiva. Resultado: No tempo 1, 37.2 (n=19) dos indivíduos apresentaram disfunção cognitiva e 52.4 (n=22) no tempo 2, com maior frequência no grupo EMP. Também houve uma maior frequência de disfunção nos domínios Memória Visual e IPS no grupo progressivo nos dois tempos do estudo. Entretanto, não houve diferença estatística entre os grupos EMRR/EMP na evolução das variáveis clínicas, cognitivas e radiológicas (exceto corpo caloso) após os 4 anos de acompanhamento. Para a piora da incapacidade clínica medida pelo EDSS e 9HPT, o melhor fator preditor foi a área de secção medular de C2 (p = 0.029, p = 0.020, respectivamente) e, para o T25, o volume do estriado (p = 0.011) obteve melhor associação. Como parâmetros preditores de deterioração cognitiva, o volume do estriado teve associação significativa com o escore global de domínios
(p = 0.000) e no domínio planejamento (p = 0.008). A espessura cortical foi melhor preditor para memória verbal (p = 0.002), IPS (p = 0.006) e SDMT (p = 0.001).Observamos PIRA em 65.11 (n=28) dos pacientes (EMRR=23.2 , EMP=41.8 ). Nestes indivíduos, foi evidenciada disfunção cognitiva em 46.5 no tempo 1 e em 59.2 no tempo 2. Conclusão: Houve deterioração cognitiva após 4 anos em ambos os cursos clínicos. A evolução do dano estrutural encefálico e medular não apresentou diferença estatística entre os cursos EMRR/EMP ao final do estudo. O volume do estriado e espessura cortical foram preditores de melhor associação com a deterioração cognitiva. Os pacientes com PIRA e sem PIRA não demonstraram diferença entre eles na trajetória da disfunção cognitiva ao longo do tempo do estudo.