Qualificações e Defesas

Resultados obtidos

O consumo de frutose durante a gestação e lactação exacerba a resposta inflamatória alérgica pulmonar na prole de maneira diferente entre os sexos.

Candidato(a): Amanda Santos Cavalcante Orientador(a): Silvana Auxiliadora Bordin da Silva
Doutorado em Farmacologia
Apresentação de Defesa Data: 30/05/2025, 13:30 hrs. Local: Anfiteatro do CPG
Apresentação de Qualificação Data: 12/12/2024, 09:00 hrs. Local: Videoconferência
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Silvana Auxiliadora Bordin da Silva - Presidente
ICB - Universidade de São Paulo- ICB - Universidade de São Paulo
Richardt Gama Landgraf- Universidade Federal de São Paulo - Campus Diadema
Matheus Leite de Medeiros- Departamento de Medicina Translacional - Faculdade de Ciências Médicas
Ricardo De Lima Zollner
Ivani Aparecida de Souza- Faculdade de Medicina de Jundiaí
Suplentes
Maria Aparecida de Oliveira - UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
Flaviano Lorenzon - Faculdade de Ciências Médicas
Enilton Aparecido Camargo - Universidade Federal de Sergipe
Apresentação de Qualificação
Titulares
Renato Simoes Gaspar - Presidente
Maria Aparecida de Oliveira- UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
Ivani Aparecida de Souza- Faculdade de Medicina de Jundiaí
Suplentes
Matheus Leite de Medeiros - Departamento de Medicina Translacional - Faculdade de Ciências Médicas
Stephen Hyslop
José Andrés Yunes - Centro Infantil Dr. Domingos A. Boldrini

Resumo


O consumo de bebidas adoças artificialmente com frutose vem crescendo na sociedade ocidental desde a década de 70 do século anterior. Em paralelo a esta mudança no hábito alimentar, dados epidemiológicos recentes mostram um aumento da incidência de asma em crianças que nasceram de mães com hábitos alimentares aliados a um consumo excessivo de bebidas adoçadas artificialmente com frutose. Apesar da correlação epidemiológica relacionada ao desenvolvimento de asma, não foi mostrado experimentalmente se o consumo de frutose durante a gestação programa alterações na resposta inflamatória alérgica das vias aéreas na prole. A correlação entre hábitos nutricionais maternos e alterações no fenótipo alérgico da prole, entretanto, já foi demonstrada em situações como obesidade gestacional ou consumo de dietas ricas em gorduras durante a gestação. Deste modo, o objetivo primário deste estudo foi esclarecer se o consumo de frutose durante a gestação e/ou lactação de camundongas pode intensificar a resposta inflamatória da asma alérgica na prole de ambos os sexos. Para atingir estes objetivos expusemos camundongas C57BL/6 à frutose 10 na água de beber durante a gestação e/ou lactação e em seguida realizamos múltiplas análises em mães e proles. Ao atingirem 5 semanas de vida, a prole foi submetida ao modelo de sensibilização/desafio com ovalbumina (OVA) para avaliação da resposta alérgica das vias aéreas. Nossos resultados mostram que o consumo de frutose exacerbou a asma alérgica experimental, com achados como aumento de contagem de leucócitos no lavado bronquioalveolar (LBA), incluindo eosinófilos; aumento de interleucinas do perfil Th2, Th1/Th17 no BAL, IgE no soro; Aumento do infiltrado inflamatório no tecido pulmonar; e aumento de peroxidase eosinofílica (EPO) no parênquima pulmonar. O aumento da infiltração eosinofílica foi um achado exclusivo na prole de machos enquanto o aumento das interleucinas Th2 foi encontrado exclusivamente na prole de fêmeas. O consumo materno de frutose também aumentou a deposição de colágeno e causou hiperplasia de células caliciformes no pulmão de proles machos. Do ponto de vista transcricional, o consumo de frutose por gestantes alterou a expressão de genes relacionados a resposta alérgica, como MUC5AC, MUC5B, NLRP3, RAGE, ARG-1. O aumento de eosinófilos no LBA da prole macho também foi encontrado naqueles nascidos de mães que consumiram frutose exclusivamente na gestação ou na lactação. Também foram observadas alterações na expressão de ZO1, OCLN e CLDN2, indicando comprometimento da integridade pulmonar das proles em decorrência da exposição intrauterina e neonatal à frutose. Nossos dados permitem descartar que a presentemente descrita programação fetal tenha ocorrido em decorrência da obesidade materna ou da prole, uma vez a frutose não alterou o peso corporal destes animais. Este estudo apresenta a primeira evidência experimental que demonstra a programação da intensidade da resposta alérgica das vias aéreas na prole pelo consumo materno de frutose. Também demonstramos que esta programação acontece de maneiras diferentes entre proles de machos e de fêmeas.



Implementação de protocolo de recuperação acelerada no cuidado perioperatório de pacientes submetidos à laparotomia por trauma abdominal penetrante

Candidato(a): Mariana Kumaira Fonseca Orientador(a): Gustavo Pereira Fraga
Doutorado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Defesa Data: 05/06/2025, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro de Telemedicina do HC Unicamp
Banca avaliadora
Titulares
Gustavo Pereira Fraga - Presidente
Simone Reges Perales- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Sandro Baleotti Rizoli- Hamad General Hospital
Cássio Luís Zanettini Riccetto- Hospital das Clínicas da UNICAMP
Henrique Miguel Marques Bom Borges Alexandrino- Universidade de Coimbra
Suplentes
Marcus Vinicius Melo de Andrade
Roberta Rigo Dalcin - Prefeitura Municipal de Porto Alegre
Raquel Franco Leal

Resumo


Introdução: Os programas de recuperação acelerada pós-operatória (PRAPs) têm consistentemente demonstrado melhores desfechos em uma variedade de procedimentos cirúrgicos de diferentes especialidades. No entanto, a aplicabilidade dos PRAPs no contexto da cirurgia do trauma ainda não está bem estabelecida. Este estudo teve como objetivo 1) elaborar e implementar um PRAP para pacientes submetidos à laparotomia exploradora por trauma abdominal penetrante; 2) avaliar a segurança, viabilidade e eficácia do PRAP proposto; e 3) comparar os resultados da aplicação deste protocolo em relação à assistência perioperatória convencional.

Métodos: Trata-se de um estudo quase-experimental, de delineamento pré- e pós-teste, em que pacientes hemodinamicamente estáveis submetidos à laparotomia de urgência por trauma abdominal penetrante foram incluídos prospectivamente. Os pacientes alocados no PRAP proposto (grupo intervenção) foram comparados a uma coorte histórica (grupo controle) submetida a práticas convencionais de cuidados pós-operatórios. Os casos foram pareados individualmente aos controles em uma proporção de 1:1, utilizando como critérios a idade, sexo, mecanismo do trauma, lesões associadas e escores de trauma. Os efeitos da intervenção foram analisados sob um modelo de regressão linear generalizado para medidas de desfecho, incluindo tempo de internação hospitalar, incidência de complicações pós-operatórias e parâmetros de recuperação funcional.

Resultados: Trinta e seis pacientes consecutivos foram prospectivamente incluídos no PRAP proposto e pareados com 36 controles históricos, totalizando 72 participantes. A aplicação do protocolo resultou em redução estatisticamente significante de 39 no tempo médio de internação hospitalar. Não houve diferenças entre os grupos quanto à incidência de complicações pós-operatórias. O consumo de opioides foi significativamente menor no grupo PRAP (p<0,010). O tempo para a realimentação oral com líquidos e sólidos, bem como para a retirada da sonda nasogástrica, da sonda vesical e de drenos abdominais, foi significativamente menor entre os pacientes do grupo PRAP (p<0,001).

Discussão: A implementação de um PRAP padronizado para o cuidado perioperatório de pacientes vítimas de trauma abdominal penetrante submetidos à laparotomia resultou em redução estatisticamente significante no tempo de internação hospitalar, sem aumento na incidência de complicações pós-operatórias. Ademais, astaxas de reintervenção cirúrgica e readmissão hospitalar em 30 dias foram estatisticamente comparáveis ao cuidado convencional.

Conclusão: Os princípios dos PRAPs podem ser aplicados de forma segura e eficaz na assistência perioperatória de casos selecionados na população vítima de trauma.



Candidato(a): Juliana Armenio Moreira Ferreira Orientador(a): Maria Cecilia Marconi Pinheiro Lima
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 06/06/2025, 08:30 hrs. Local: Sala Amarela - Pós-Graduação FCM
Banca avaliadora
Titulares
Maria Cecilia Marconi Pinheiro Lima - Presidente
Suplentes

Candidato(a): Suzana Ivete Alfredo Manhiça Orientador(a): Lucia Helena Simoes Da Costa Paiva
Doutorado em Tocoginecologia
Apresentação de Qualificação Data: 06/06/2025, 09:00 hrs. Local: Sala de pós-graduação FCM
Banca avaliadora
Titulares
Lucia Helena Simoes Da Costa Paiva - Presidente
Suplentes

Candidato(a): Marcelo Gustavo Lopes Orientador(a): Jose Antonio Rocha Gontijo
Doutorado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Qualificação Data: 06/06/2025, 14:00 hrs. Local: Sala Amarela
Banca avaliadora
Titulares
Roger Frigerio Castilho - Presidente
Tiago Seva Pereira
Heloisa Balan Assalin- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Suplentes
Leonardo Oliveira Reis - Universidade Estadual de Campinas

Candidato(a): Jorge Rafael Violante Cumpa Orientador(a): Bruno Geloneze Neto
Mestrado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Qualificação Data: 09/06/2025, 15:00 hrs. Local: Auditório do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC)
Banca avaliadora
Titulares
Licio Augusto Velloso - Presidente
Ana Carolina Junqueira Vasques
Suplentes
Wilson Nadruz Junior
Letícia da Silva Pires - Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas