Qualificações e Defesas

Resultados obtidos

Candidato(a): Marina Baruchi Mergl Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 23/09/2024, 09:00 hrs. Local: Sala Azul da FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Regina Zanella Penteado- Universidade Estadual Paulista - Campus de Rio Claro
Kelly Cristina Brandao Da Silva
Suplentes
Nadia Pereira da Silva Gonçalves de Azevedo - Universidade Católica de Pernambuco


Candidato(a): Ana Carolina Pinto Lemos Orientador(a): Maria Isabel Ramos Do Amaral
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Qualificação Data: 10/10/2024, 09:30 hrs. Local: Sala 1 da Lego - FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Qualificação
Titulares
Maria Isabel Ramos Do Amaral - Presidente
Leticia Reis Borges
Maria Francisca Colella Dos Santos
Suplentes
Ana Carolina Constantini


IMPACTO DO TRATAMENTO OSTEOPÁTICO EM CRIANÇAS COM PARALISIA FACIAL CONGÊNITA

Candidato(a): Bruno Luis Amoroso Borges Orientador(a): Mirian Hideko Nagae Espinosa
Doutorado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação Coorientador(a): Fabiano Reis
Apresentação de Defesa Data: 17/10/2024, 14:00 hrs. Local: Sala Amarela da Pós-graduação/FCM
Apresentação de Qualificação Data: 20/06/2024, 13:00 hrs. Local: Sala Laranja, Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Mirian Hideko Nagae Espinosa - Presidente
Zelia Zilda Lourenco De C Bittencourt
Hugo Pasin Neto- Colégio Brasileiro de Osteopatia
Maria Fernanda Bagarollo
Gustavo Luiz Bortolazzo- Colégio Brasileiro de Osteopatia
Suplentes
Renata Chrystina Bianchi De Barros
Andreia Cristina de Oliveira Silva
Fabiana Forti Sakabe - Faculdades Integradas Einstein de Limeira
Apresentação de Qualificação
Titulares
Mirian Hideko Nagae Espinosa - Presidente
Gustavo Luiz Bortolazzo- Colégio Brasileiro de Osteopatia
Paula Maria Martins Duarte
Suplentes
Adriana Rahal Rebouças de Carvalho - Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Resumo


A lesão do nervo facial pode ter implicações significativas desde o nascimento, afetando a expressão facial, a comunicação não verbal e as interações sociais. Além de inervar os músculos da mímica facial, o nervo facial desempenha papéis essenciais na sensibilidade auricular, paladar, articulação oral, fala e funções autonômicas como lacrimejamento e salivação, além de garantir a proteção dos olhos e vias nasais. Seu desenvolvimento embriológico, iniciado no terceiro mês de gestação a partir do segundo arco faríngeo, estabelece um trajeto complexo que se inicia no sulco bulbo pontino e culmina na saída pelo forame estilomastoide. Condições que afetam o nervo facial na infância são raras e podem ser congênitas, adquiridas ou idiopáticas. A Síndrome de Moebius, por exemplo, pode comprometer vários nervos cranianos, resultando em fraqueza facial e estrabismo. A osteopatia, uma abordagem terapêutica holística que considera a inter-relação entre estrutura e função do corpo, tem sido explorada no tratamento da paralisia facial, apesar da escassez de estudos pediátricos. Recentemente, pesquisas têm buscado preencher essa lacuna, examinando os efeitos da osteopatia em crianças com paralisia facial congênita, utilizando técnicas como eletromiografia (EMG) para análise detalhada. Este estudo experimental, prospectivo e quantitativo investigou o impacto da osteopatia no músculo frontal e na região perioral durante o choro em 10 participantes com síndrome ou sequência de Moebius, com idades entre 0 e 4 anos. Os dados foram coletados antes da intervenção, imediatamente após as técnicas osteopáticas e após 3 meses, utilizando um filtro Butterworth passa banda para análise dos registros eletromiográficos. As técnicas osteopáticas, realizadas por um fisioterapeuta osteopata experiente, foram filmadas e ensinadas aos acompanhantes para aplicação diária. Essas técnicas incluíram manobras como a foice do cerebelo, tenda do cerebelo, foice do cérebro e manipulação do osso temporal. Dez voluntários, cinco meninos e cinco meninas com idade média de 2,8 anos, foram inscritos no estudo. Eles tinham peso médio ao nascer de 3129g e estatura média de 49cm, com idade gestacional média de 38,5 semanas. Apenas um nasceu de parto vaginal. Houve relatos de uso de misoprostol, hemorragias durante a gestação e uso de DIU. Apenas 30 dos voluntários completaram todas as três etapas da investigação osteopática. A menor quantidade de dados na fase de Follow Up impede a conclusão sobre diferenças significativas em relação às outras fases. A única medida sem indícios de diferença entre as médias de RMS é a da região frontal (RMSa). Nas demais medidas, há diferenças entre as médias das fases Pré e Pós, com RMS significativamente maior na fase Pós. O estudo mostrou que técnicas osteopáticas melhoraram significativamente o sinal eletromiográfico dos músculos periorais e frontal em voluntários com paralisia facial congênita. A intervenção profissional foi essencial para esses resultados, pois não houve mudanças quando as técnicas foram aplicadas pelos responsáveis. A eletromiografia foi crucial para avaliar a atividade muscular e monitorar a eficácia das intervenções. Os achados sugerem que as técnicas osteopáticas são promissoras para tratar a paralisia facial congênita e destacam a importância de pesquisas contínuas para desenvolver tratamentos mais eficazes e personalizados.



QUAL É O LUGAR QUE O BEBÊ OCUPA NA REDE DE CUIDADOS? DESCRIÇÃO DE UM SERVIÇO DA REDE SUPLEMENTAR DE SAÚDE

Candidato(a): Jaqueline Cristina da Silva Orientador(a): Kelly Cristina Brandao Da Silva
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 04/11/2024, 09:00 hrs. Local: Sala azul da pós graduação da FCM
Apresentação de Qualificação Data: 19/02/2024, 14:00 hrs. Local: Sala Verde da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Kelly Cristina Brandao Da Silva - Presidente
Maria Fernanda Bagarollo
Erika Maria Parlato de Oliveira- Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais
Suplentes
Adriana Lia Friszman De Laplane
Ariana Lucero
Apresentação de Qualificação
Titulares
Kelly Cristina Brandao Da Silva - Presidente
Erika Maria Parlato de Oliveira- Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais
Maria Fernanda Bagarollo
Suplentes
Ariana Lucero - Universidade Federal do Espirito Santo

Resumo


O lugar do bebê e da criança transformou-se ao longo da história, saindo de uma posição de invisibilidade para o de sujeito de direitos, seja em uma perspectiva social como também no âmbito da saúde. Apesar dos avanços, com a regulamentação de leis e a criação de conselhos e programas que possam garantir a promoção, proteção e defesa de direitos, o lugar que o bebê e a criança vai ocupando no campo da saúde, sobretudo na área de saúde mental, é questionável. O domínio dos sistemas de classificação em psiquiatria, com a hegemonia do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) e da Classificação Internacional de Doenças (CID), chama a atenção pelo discurso de prevenção na infância, principalmente em relação à primeiríssima infância, como também pela relação estreita com a indústria farmacêutica, com o consequente aumento de diagnósticos e o uso abusivo das medicações. Com isso, é prudente questionar: qual o lugar que o bebê ocupa na rede de cuidados atualmente? Se por um lado os avanços indicam a necessidade de cuidado, por outro lado podem implicar em riscos consideráveis para a patologização do sujeito, especialmente quando trata-se de bebês e crianças pequenas. Nesse ponto, é importante discutir a mudança de discurso da psicanálise, ponderando o uso do termo risco psíquico em sua forma de analisar o sujeito bebê. Com isso, buscando responder à questão norteadora desta dissertação, o objetivo geral do estudo é discutir os encaminhamentos para a avaliação psicológica de crianças de 0 a 3 anos, em uma instituição de saúde suplementar, em relação aos processos de cuidado e patologização. Este é um estudo descritivo e documental, que coletou dados a partir dos prontuários das crianças de 0 a 3 anos, no período de março de 2019 a março de 2021. Os dados dos prontuários foram organizados a partir das seguintes informações: gênero; idade; especialidade médica responsável pelo encaminhamento da criança ao serviço; código CID utilizado nos documentos e, por fim, as palavras mais utilizadas pelos profissionais na descrição dos casos. A análise dos dados foi realizada a partir de pressupostos psicanalíticos.



LINGUAGEM E INTERAÇÃO DE DÍADES MÃE-CRIANÇA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA USUÁRIAS DE COMUNICAÇÃO SUPLEMENTAR OU ALTERNATIVA

Candidato(a): Thais Correia Piccoli Orientador(a): Regina Yu Shon Chun
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 11/11/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós- Graduação da FCM
Apresentação de Qualificação Data: 13/12/2023, 08:30 hrs. Local: Sala Azul da Pós-graduação/FCM
Banca(s) avaliadora(s)
Apresentação de Defesa
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Rosana Carla do Nascimento Givigi
Maria Fernanda Bagarollo
Suplentes
Ana Paula Ramos de Souza
Amanda Brait Zerbeto
Apresentação de Qualificação
Titulares
Regina Yu Shon Chun - Presidente
Maria Fernanda Bagarollo
Rosana Carla do Nascimento Givigi- Universidade Federal de Sergipe, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde.
Suplentes
Ana Paula Ramos de Souza - Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Amanda Brait Zerbeto

Resumo


Introdução: Os sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) surgem na primeira infância, caracterizando-se por dificuldades persistentes na comunicação, interação social, padrões de comportamentos e interesses restritos e repetitivos. A linguagem ocupa um lugar importante no autismo infantil. Partindo-se de uma concepção de linguagem enunciativa-discursiva, entende-se que a criança com TEA se constitui como sujeito linguístico pela linguagem com e por meio dos seus interlocutores. Nesse sentido, a mãe desempenha papel crucial como parceira de comunicação de seu filho. A Comunicação Suplementar e/ou Alternativa (CSA) assume importante papel para o favorecimento da linguagem da criança com TEA com oralidade restrita. Interessa estudar a linguagem dessas crianças e de suas mães. Objetivo Geral: Analisar os usos da linguagem de díades mãe-criança com TEA, com oralidade restrita e usuárias de CSA. Método: Estudo clínico descritivo, transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob n°47884421.10000.540. Amostra intencional, com três crianças, entre 5 e 9 anos, de ambos os sexos, com TEA, oralidade restrita, usuárias de CSA e suas mães. Na primeira etapa, de caráter exploratório, dados coletados por meio do protocolo “The Pragmatics Profile for People who use AAC” - Profile, com as mães. Na segunda etapa, solicitou-se dois registros livres em vídeo, da interação mãe/criança. Na primeira fase, analisou-se as respostas das mães pelo Profile para conhecer a percepção da linguagem de suas crianças. Na segunda, transcreveu-se os registros em vídeo pelo software ELAN™. Realizou-se análise estatística descritiva dos modos enunciativos das crianças e das mães. Resultados: São apresentados no formato de dois artigos: o primeiro com os achados do Profile e, o segundo, referente aos modos enunciativos das díades, pelos registros em vídeo. O Profile apresenta quatro seções. Na seção “contexto e motivação”, as mães relatam que seus filhos indicam o que gostam ou não de modos diversos- CSA, corpo/movimento, palavras aproximadas e outros. Em “razões para comunicar” e “participação na conversa”, as mães relatam maior uso de movimentação corporal dos filhos. Em “variação contextual”, referem que as crianças apresentam maior interação com familiares próximos. A CSA foi mencionada por todas mães, mesmo não sendo a mais usada pelas crianças; contudo, todas relataram melhora linguística após sua introdução. Na percepção das mães, a oralidade restrita não constitui aspecto limitante na interação linguística. Quanto aos modos enunciativos das díades, os mais utilizados pelas mães e que mais favorecem respostas das crianças são: “ser flexível”, ao mudar e/ou adaptar a forma e o conteúdo dirigido às crianças e “presumir competência”, pela atribuição de significado às manifestações, ambos utilizando a fala. Conclusão: Os resultados mostram que o Profile permitiu levantamento de informações importantes da linguagem das crianças estudadas, na percepção das mães, evidenciando sua aplicabilidade em experiências brasileiras, embora não se possa generalizar os achados devido à limitação da amostra. Os achados dos principais modos enunciativos das mães, as aproximam do esperado para boas parceiras de comunicação, favorecendo a linguagem das crianças, o que corrobora a hipótese de maior conscientização pelo acompanhamento fonoaudiológico de seus filhos.



PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM HANSENÍASE SUBMETIDOS A RETRATAMENTO EM CENTROS DE REFERÊNCIA DO BRASIL

Candidato(a): Guilherme Holanda Bezerra Orientador(a): Paulo Eduardo Neves Ferreira Velho
Mestrado em Clínica Médica Coorientador(a): Andrea Fernandes Eloy Da Costa Franca
Apresentação de Defesa Data: 16/09/2024, 08:30 hrs. Local: Sala Aula Amarela do Prédio da CPG
Banca avaliadora
Titulares
Andrea Fernandes Eloy Da Costa Franca - Presidente
Leticia Fogagnolo- USP - RIBEIRÃO PRETO
Renata Ferreira Magalhaes
Suplentes
Emerson Henrique Padoveze - Universidade de São Paulo
Lucieni De Oliveira Conterno

Resumo


A hanseníase é uma doença infectocontagiosa cujo o diagnóstico é clínico-epidemiológico, realizado pela anamnese, exame físico geral e dermatoneurológico.O tratamento é realizado através da poliquimioterapia única (PQT-U), no entanto os pacientes podem necessitar de retratamento por falha terapêutica, insuficiência terapêutica , recidiva ou reinfecção. O objetivo deste estudo foi avaliar o retratamento da hanseníase em diversos centros terciários de atendimento do Brasil. O trabalho foi dividido em duas partes sendo a primeira um estudo observacional, retrospectivo, não intervencionista realizado a partir dos prontuários selecionados no período de 2010 a 2020 no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Coletou-se dados epidemiológicos/sociais/gerais de saúde, dados sobre o(s) episódio(s) de hanseníase tratado(s) e dados sobre o(s) episódio(s) de hanseníase prévio(s). Já na segunda parte trata-se de pesquisa observacional, prospectivo, não intervencionista realizada online através de um formulário preenchido por profissionais que trabalhavam em centro de referência em hansenologia no Brasil no período de setembro de 2021 a novembro de 2021.Na primeira parte foram encontrados 18 pacientes submetidos a retratamento para hanseníase. A idade média ao primeiro tratamento foi 38,9 anos, com predomínio de homens (61,1 ). A maioria dos pacientes fez dois tratamentos para a doença, com intervalo de 6 anos. Quanto às medicações usadas nos tratamentos, seis dos dezoitos pacientes do estudo foram tratados com poliquimiotrapia mutibacilar (PQT-MB) sem dapsona (tendo ofloxacina como droga substituta) no seu primeiro tratamento, e onze usaram o esquema PQT-MB padrão por 12 meses , um usou poliquimioterapia paucibacilar (PQT-PB) e um não conseguiu ser indentificado o primeiro tratamento. O esquema terapêutico mais usado no retratamento foi a PQT-MB padrão, com extensão de uso para 24 meses. Classificou-se dois como falha terapêutica, onze insuficiência terapêutica , três recidivas e dois casos de reinfecção. Já na segunda parte do total de noventa e um centros de referência no país contatados, dezoito profissionais responderam os formulários representando seu serviço de referência, sendo nove centros da região Sudeste, cinco da região Nordeste, dois da região Norte, um da região Centro Oeste e um da região Sul. O perfil dos serviços participantes foi traçado. Percebeu-se que dezoito serviços usam a baciloscopia e dezessete usam a análise anatomopatológica como exame para seguimento da hanseníase nos centros de referência. Em relação as medicações usadas no retratamento quatorze centros usam PQT padrão e dez centros referem prolongamento de 12 doses para 24 doses no retratamento. Concluiu-se na primeira parte do trabalho que insuficiência terapêutica foi classificada como causa mais frequente no retratamento na hanseníase. Entretanto, embora o Ministério da Saúde tenha definido critérios, faz se necessário aprimorar as definições das classificações dos pacientes que necessitam se retratados. Os dois estudos encontrou-se como principal conduta no retratamento o uso das medicações PQT-MB podendo ou não associar medicações substitutivas como ofloxacina, minociclina, claritromicina alem de prolongar a de 12 doses para 24 doses.



Comparação entre Bent Ab interno Needle Goniotomy e Gonioscopy-Assisted Transluminal Trabeculotomy em pacientes pseudofácicos com glaucoma primário de ângulo aberto: um ensaio clínico aleatorizado.

Candidato(a): Gabriel Ayub Lopes Orientador(a): Vital Paulino Costa
Doutorado em Ciências Médicas
Apresentação de Defesa Data: 16/09/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Oftalmologia no HC/Unicamp
Banca avaliadora
Titulares
Vital Paulino Costa - Presidente
Ivan Maynart Tavares
Monica De Cassia Alves
Alberto Diniz Filho
Jose Paulo Cabral De Vasconcellos
Suplentes
Leopoldo Magacho dos Santos Silva
Heloisa Helena Abil Russ Giacometti
Carlos Eduardo Leite Arieta

Resumo


Objetivos: Comparar a eficácia e a segurança do Bent Ab interno Needle Goniotomy (BANG) e Gonioscopy-Assisted Transluminal Trabeculotomy (GATT) em olhos pseudofácicos com glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA).

Materiais e métodos: Olhos pseudofácicos com GPAA e PIO entre 20mmHg e 36mmHg após washout da medicação antiglaucomatosa foram aleatorizados e submetidos a GATT ou BANG. Os pacientes foram avaliados 1, 7, 15, 30, 60, 90, 180, 330 e 360 dias após o procedimento. Um novo washout foi realizado após 330 dias. O desfecho primário do estudo foi a redução da PIO obtida após os procedimentos. Os desfechos secundários foram a redução do número de medicações antiglaucomatosas, o sucesso cirúrgico e os efeitos adversos decorrentes dos procedimentos. Sucesso completo foi definido como PIO≤18mmHg e redução de 20 da PIO basal sem o uso de medicação. Sucesso qualificado foi definido com as mesmas metas pressóricas, porém permitindo o uso de medicação antiglaucomatosa, contudo, sem aumentar o número de medicações em relação à avaliação pré-operatória.

Resultados: Quarenta e cinco olhos de 34 pacientes foram incluídos no estudo. Os grupos BANG e GATT apresentaram, respectivamente, média±desvio-padrão de idade de 72,27±5,63 anos vs 72,96±5,08 anos (p=0,29), acuidade visual (LogMAR) 0,28±0,26 vs 0,14±0,22 (p=0,04), PIO basal 21,18±2,87mmHg vs 19,87±2,34mmHg (p=0,1), número de medicações 2,41±0,9 vs 2,35±0,88 (p=0,71), PIO após washout 25,55±4,9mmHg vs 25,43±4,98mmHg (p=0,94), MD -4,98±2,28dB vs -4,68±2,99dB (p=0,71), paquimetria 501,45±21,91µm vs 512,35±46,31µm (p=0,32) e contagem de células endoteliais 1621,23 ± 538,57cels/mm3 vs 1767,65±405,15 cels/mm3 (p=0,31), respectivamente. As PIOs após 1, 7, 30, 90, 180, 330 e 360 dias foram 16,23±5,43mmHg vs 14,22±6,0mmHg (p=0,26), 16,91±7,35mmHg vs 13,48±4,9mmHg (p=0,07), 23,95±7,33mmHg vs 19,91±11,85mmHg (p=0,17), 17,95±3,6mmHg vs 17,32±7,15mmHg (p=0,71), 17,82±2,82mmHg vs 15,14±4,14mmHg (p=0,02), 16,95±2,82 vs 15,62±3,29mmHg (p=0,16) e 24,59±7,94 vs 21,57±11,11 (p=0,31) nos grupos BANG e GATT, respectivamente. Os números médios de medicações 90, 180 e 330 dias após as intervenções, nos grupos BANG e GATT, respectivamente, foram 1,0±0,87 vs 0,32±0,78 (p=0,01), 1,36±1,09 vs 0,59±1,01 (p=0,02) e 1,82±1,05 vs 1,1±1,55 (p=0,08). Ao final do seguimento, o grupo GATT obteve maiores taxas de sucesso completo (60,1 vs 4,5 , p<0,01) e qualificado (64,7 vs 22,7 , p=0,01) do que o grupo BANG. Ambas as técnicas apresentaram baixas taxas de complicações, sendo hifema transitório a complicação mais comum (40,9 no grupo BANG e 56,52 no grupo GATT).

Conclusões: O grupo GATT atingiu médias de PIO mais baixas do que o grupo BANG e maior sucesso completo e qualificado. O grupo GATT apresentou menor necessidade de medicações antiglaucomatosas após o procedimento do que o grupo BANG. Ambas as técnicas apresentaram níveis baixos de efeitos adversos a curto e longo prazo. Ambas as técnicas apresentaram baixa diminuição da contagem de células endoteliais.



Candidato(a): Camila Cunha de Abreu da Silveira Orientador(a): Laura Silveira Moriyama
Mestrado em Ciências Médicas
Apresentação de Qualificação Data: 16/09/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Alberto Rolim Muro Martinez - Presidente
Bruno Sanches de Lima- Instituto de Física Gleb Wataghin, Universidade Estadual de Campinas
Geruza Perlato Bella- Hospital das Clínicas da UNICAMP
Suplentes
Aurea Rossy Soriano Vargas - Instituto de Computação - UNICAMP
Enrico Ghizoni

AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA SIMULAÇÃO CLÍNICA COM PACIENTE SIMULADO PEDIÁTRICO PARA AQUISIÇÃO DE COMPETÊNCIA MÉDICA EM SOFT SKILLS

Candidato(a): Vivianne Izabelle de Araújo Baptista Orientador(a): Simone Appenzeller
Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente Coorientador(a): Ádala Nayana de Sousa Mata
Apresentação de Defesa Data: 17/09/2024, 08:30 hrs. Local: Videoconferência
Banca avaliadora
Titulares
Simone Appenzeller - Presidente
Patricia Zen Tempski- Universidade de São Paulo
Valdes Roberto Bolella- Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
Marcos Tadeu Nolasco Da Silva
Andrea De Melo Alexandre Fraga
Suplentes
Milton de Arruda Martins - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
Sergio Tadeu Martins Marba
Alessandra Mazzo - Faculdade de Odontologia de Bauru -USP

Resumo


Introdução: A simulação com pacientes simulados pediátricos é uma alternativa eficaz para o ensino das soft skills. No entanto, não há estudos que comprovem que essas habilidades aprendidas melhoram as consultas com crianças em ambientes clínicos reais Objetivo: Avaliar a efetividade da simulação clínica com paciente simulado pediátrico para o desenvolvimento de competência em soft skills no cuidado centrado na criança em estudantes de medicina. Métodos: Participaram estudantes de medicina da escola Multicampi de Ciências Médicas do Rio Grande do Norte, situada em Caicó-RN, matriculados no módulo de saúde da criança no ano de 2022. Três cenários simulados e um checklist de avaliação foram construídos e validados por especialistas (n=18). Em seguida, foi realizado um estudo experimental randomizado com formação de dois grupos: controle (C; n=16) e intervenção (I; n=19). Todos receberam material de estudo e participaram de uma sessão informativa. O grupo I participou de três cenários e repetiu o cenário 2, que precisou ser reestruturado. Por fim, a experiência simulada foi avaliada pelo público-alvo através de um questionário (n=18). Todos os estudantes foram avaliados na urgência pediátrica de um hospital pelas três mesmas avaliadoras. Foram utilizados os questionários MiniCex e o checklist de soft skills validado. Após isso, os estudantes responderam ao questionário de autoeficácia SE-12. As análises de conteúdo foram realizadas a partir do Índice de Validade de Conteúdo. Já para análise do desempenho, o grupo intervenção foi subdividido em: alunos que assistiram às simulações (S; n=11) e alunos que assistiram e executaram uma simulação (S+P; n=8). Os dados foram analisados no SPSS versão 20, usando média e desvio padrão. Foram aplicados os testes ANOVA e correlação de Pearson. Resultados: Os cenários e o checklist foram embasados cientificamente e obtiveram alto índice de concordância na validação por juízes especialistas e público-alvo. Os pacientes simulados pediátricos encenaram com segurança, mas apresentaram dificuldade de simular comportamentos específicos, como hipoatividade. Na avaliação, apesar dos estudantes apresentarem uma competência clínica satisfatória e médias altas na autoeficácia, houve dificuldade em respeitar a autonomia da criança. Os estudantes obtiveram médias baixas nos itens que avaliavam as habilidades para estimular a criança a compartilhar sua história, explorar suas preocupações, comunicar o diagnóstico e envolvê-la ativamente em seu próprio cuidado. Além disso, também tiveram um baixo desempenho no item relativo à empat



ANÁLISE DOS FATORES ASSOCIADOS À DISFUNÇÃO SEXUAL FEMININA COM ÊNFASE NA BEXIGA HIPERATIVA

Candidato(a): Ana Flávia De Carvalho Lima Biella Orientador(a): Cássio Luís Zanettini Riccetto
Doutorado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Defesa Data: 17/09/2024, 08:30 hrs. Local: Integralmente à Distância
Banca avaliadora
Titulares
Cássio Luís Zanettini Riccetto - Presidente
Hospital das Clínicas- Hospital das Clínicas
José Tadeu Nunes Tamanini- Escola Paulista de Medicina - UNIFESP
Anita Bellotto Leme Nagib- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Lígia de Sousa Marino- Universidade Federal de Alfenas-UNIFAL-MG
Marcela Grigol Bardin- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Leonardo César Carvalho - Universidade Federal de Alfenas-UNIFAL-MG
Marianne Lucena da Silva - Universidade de Brasília
Silvia Elizate Monteiro - Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP

Resumo


Introdução: A Disfunção Sexual Feminina (DSF) e a Bexiga Hiperativa (BH) são problemas de saúde pública que impactam a qualidade de vida das mulheres. A alta prevalência dessas condições e sua interseção permanecem pouco exploradas, especialmente no Brasil. Objetivo: Identificar os fatores associados à DSF, com ênfase nos sintomas da BH. Materiais e métodos: Este estudo transversal analisou 1.013 fichas de pacientes atendidas entre agosto de 2010 e agosto de 2019 no Sistema Único de Saúde (SUS) na Região Sudeste do Brasil. Foram utilizadas informações sociodemográficas e os questionários International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form (ICIQ-UI-SF), International Consultation on Incontinence Questionnaire Overactive Bladder (ICIQ-OAB) e Female Sexual Function Index (FSFI). A análise estatística incluiu testes qui-quadrado, Mann-Whitney e regressão logística stepwise, com nível de significância de 5 . Resultados: Das 1.013 fichas avaliadas, 982 foram incluídas e as mulheres apresentaram idade média de 45,76 (±15,25) anos. Entre elas, 682 (69,4 ) apresentavam DSF (FSFI=12,57±9,26), enquanto 300 não preenchiam os critérios diagnósticos (FSFI=30,51±2,47). Mulheres com DSF apresentaram escores médios de ICIQ-OAB de 4,24 (±3,74) e ICIQ-UI SF de 6,83 (±6,56). A idade foi um fator significativo, com aumento da prevalência de DSF em 3,8 a cada ano adicional de vida. Outros fatores significativos foram multiparidade, parto vaginal e pós-menopausa. Cada ponto adicional no escore do ICIQ-OAB aumentou o risco de DSF em 6,4 . Implicações Clínicas: Profissionais de saúde devem estar atentos ao aumento do risco de DSF em mulheres, principalmente as com idade mais avançada e com BH. Forças e Limitações: As forças incluem o grande tamanho da amostra e o uso de questionários validados. As limitações são o desenho transversal, a amostragem por conveniência e a exclusão de mulheres sem atividade sexual recente. Conclusão: A idade avançada e a BH são fatores independentes significativos associados à DSF em mulheres.