Qualificações e Defesas

EFEITO DA ESTIMULAÇÃO HORMONAL COM GONADOTROFINAS COMO TRATAMENTO PRÉVIO À RECUPERAÇÃO MICROCIRÚRGICA DE ESPERMATOZOIDES EM HOMENS INFÉRTEIS PORTADORES DE AZOOSPERMIA NÃO-OBSTRUTIVA E HIPOGONADISMO BIOQUÍMICO

Candidato(a): Arnold Peter Paul Achermann Orientador(a): Cássio Luís Zanettini Riccetto
Mestrado em Ciências da Cirurgia Coorientador(a): Sandro Cassiano Esteves
Apresentação de Defesa Data: 25/06/2024, 09:00 hrs. Local: Anfiteatro da CPG/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Sandro Cassiano Esteves - Presidente
Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP- Faculdade de Ciências Médicas / UNICAMP
Ricardo Destro Saade- Universidade Estadual de Campinas
Daniel Suslik Zylbersztejn- Escola Paulista de Medicina - UNIFESP
Suplentes
Ubirajara Ferreira
Matheus Teixeira Roque - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Resumo


A azoospermia, a ausência total de espermatozoides no ejaculado, afeta cerca de 10 dos homens com infertilidade, com dois terços desses casos associados a falhas na espermatogênese. Atualmente, as taxas de sucesso na recuperação de espermatozoides através de técnicas cirúrgicas variam amplamente, destacando a necessidade de melhorias. Uma abordagem promissora envolve a estimulação hormonal, especificamente o uso de hCG recombinante para aumentar a produção de testosterona intratesticular e melhorar a espermatogênese.

O objetivo do estudo foi avaliar a ação da estimulação hormonal com gonadotrofinas recombinantes nas taxas de sucesso da recuperação espermática através da microdissecção testicular (micro-TESE). Dentre os objetivos secundários foram avaliados: os fatores associados ao sucesso na recuperação espermática; as taxas de sucesso da recuperação espermática no grupo de pacientes com valores normais e elevados de FSH basais, utilizando como limite 12 UI/L; as taxas de sucesso da recuperação espermática de acordo com classes histopatológicas na população tratada e não-tratada; a frequência de eventos adversos na população tratada; a frequência de complicações pós-operatórias advindas da micro-TESE na população geral.

O estudo de coorte incluiu 616 pacientes com azoospermia não-obstrutiva (ANO) e hipogonadismo bioquímico (T total<350 ng/dL), divididos entre grupo tratado (n=291) com gonadotrofinas recombinantes previamente a micro-TESE e grupo não tratado (n=325). Os pacientes foram submetidos a avaliação clínica, laboratorial e histopatológica. Os pacientes tratados receberam hCG recombinante, com a possibilidade da adição de FSH recombinante e/ou inibidor de aromatase.

A taxa de sucesso da micro-TESE na população geral foi de 56,6 . O grupo tratado apresentou taxa de sucesso da micro-TESE significativamente maior comparado ao grupo não tratado (62,5 vs. 51,4 , P=0,006). Níveis basais de FSH, ausência de varicocele clínica, história de varicocelectomia prévia, uso da estimulação hormonal antes da micro-TESE e padrões histopatológicos obtidos das biópsias feitas durante a micro-TESE foram identificadas como fatores independentes ligados a um resultado positivo na recuperação de espermatozoides. Após a terapia hormonal, apenas 22,3 dos pacientes mantiveram hipogonádicos, sendo que homens eugonadicos obtiveram maiores taxas na recuperação espermática (69,4 vs. 38,5 , P<0,001). Dentre os pacientes tratados, apenas os níveis de T total pré-micro-TESE (418,5 ng/dL) e delta T (258 ng/dL) foram independentemente associados ao sucesso da recuperação espermática. Após ajuste do modelo de regressão, apenas pacientes normogonadotróficos (FSH<12 UI/L) demonstraram significância estatística na razão de chances da recuperação espermática. Pacientes com parada de maturação apresentaram maior resposta à estimulação hormonal, especialmente aqueles com estágios mais avançados de parada. As taxas de efeitos adversos da estimulação hormonal foram baixas (10,3 ), assim como as complicações pós-operatórias da micro-TESE (2,3 ).

A estimulação hormonal com gonadotrofinas recombinantes demonstrou eficácia e segurança, com baixas taxas de efeitos adversos. Enquanto a causalidade não pode ser estabelecida, os achados deste estudo sugerem que pacientes com ANO e hipogonadismo bioquímico se beneficiam com a estimulação hormonal e correção de varicocele clínica previamente a micro-TESE. São necessários estudos em larga escala, multicêntricos e randomizados para confirmar esses achados e determinar a eficácia e segurança dessa abordagem antes da cirurgia de recuperação espermática.



Fatores clínicos e manométricos preditores de complicações pós-hiatoplastia e fundoplicatura videolaparoscópica à Nissen - uma revisão sistemática

Candidato(a): Ary Augusto de Castro Macedo Orientador(a): Luiz Roberto Lopes
Mestrado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Defesa Data: 25/06/2024, 09:00 hrs. Local: Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médica da Universidade Estadual de Campinas - FCM-UNICAMP
Banca avaliadora
Titulares
Luiz Roberto Lopes - Presidente
Nelson Adami Andreollo
Celso de Castro Pochini
Suplentes
José Luis Braga de Aquino
Valdir Tercioti Junior

Resumo


a definir



SEGURANÇA VACINAL DE PACIENTES ADULTOS SUBMETIDOS A REVACINAÇÃO COM A VACINA BCG

Candidato(a): Franciele Aparecida Vecchia Dionato Orientador(a): Leonardo Oliveira Reis
Doutorado em Fisiopatologia Médica
Apresentação de Defesa Data: 25/06/2024, 09:00 hrs. Local: FCM - Sala Amarela
Banca avaliadora
Titulares
Leonardo Oliveira Reis - Presidente
Universidade Estadual de Campinas- Universidade Estadual de Campinas
Carla Cristina Enes Gomes- PUC - Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Jose Antonio Rocha Gontijo
Luciana Bertoldi Nucci
Natália Ferreira Mendes- Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Mario Jose Abdalla Saad
Vinícius de Oliveira Boldrini - Pesquisador Sem Vínculo
Luiz Carlos de Abreu

Resumo


A segurança da revacinação de adultos com a vacina BCG é incerta e não há dados na literatura sobre seu uso em pacientes com COVID 19 na modalidade tratamento. Este estudo foi desenvolvido com a participação de adultos convalescentes de COVID-19 confirmados por RT-PCR de SARS-CoV-2, foram randomizados 1:1, indivíduos com até 14 dias de sintomas ou teste positivo receberam a vacina intradérmica BCG ou placebo, foram avaliados para eventos adversos nos dias 7 (T1), 14 (T2), 21 (T3) e 40 dias (T4). Após abertura do cegamento, os resultados obtidos foram: 151 pacientes receberam placebo e 148 receberam a vacina BCG e seguiram até na análise final. A média de idade foi de 40,4 anos. Nenhum evento adverso grave a BCG foi relatado. Em T1, 130 (87,8 ) dos receptores de BCG tiveram reação local, tamanho médio de 10,6 ± 6,4 mm, comparado a apenas 2 (1,3 ) placebos. Lesões gradualmente diminuiu de tamanho (média de 10,5 mm, 9,7 mm e 6,8 mm aos 14, 21 e além de 40 dias, respectivamente. O número de sintomas, em qualquer um dos tempos, não foi diferente entre os grupos, e a anosmia foi resolvida mais cedo (25,7 vs. 37,1 em 7 dias, OR = 1,70, 1,01–2,89, p = 0,035) nos receptores de BCG. Em conclusão, a revacinação com a BCG é segura em adultos convalescentes com COVID-19. Os eventos adversos locais foram semelhantes aos relatados na vacinação em crianças.



Candidato(a): Giulia Cardoso Masotti Orientador(a): Adriana Gut Lopes Riccetto
Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente
Apresentação de Qualificação Data: 25/06/2024, 13:30 hrs. Local: Sala Verde - PPG/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Adriana Gut Lopes Riccetto - Presidente
Marcelo Barciela Brandão- Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Jamil Pedro De Siqueira Caldas
Suplentes
Andrea De Melo Alexandre Fraga

LIBERAÇÃO E AÇÃO FARMACOLÓGICA DA 6-NITRODOPAMINA EM ARTÉRIA E VEIA POPLÍTEA HUMANA

Candidato(a): Luis Frederico Gerbase de Oliveira Orientador(a): Andre Almeida Schenka
Mestrado em Farmacologia Coorientador(a): José Britto Júnior
Apresentação de Defesa Data: 25/06/2024, 13:30 hrs. Local: Anfiteatro da Pós Graduação CPG - FCM 06
Banca avaliadora
Titulares
Andre Almeida Schenka - Presidente
Icléia Siqueira Barreto- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
FAUSTO MIRANDA JUNIOR
Suplentes
Fabio Husemann Menezes
Silvana Aparecida Rocco - CNPEM / LNBio

Resumo


A 6-nitrodopamina (6-ND) é uma nova catecolamina liberada pelo endotélio de vasos umbilicais humanos e, neste estudo, avaliamos se esta substância é também liberada do endotélio de artérias e veias poplíteas humanas obtidas de membros amputados por doença arterial periférica e sua ação nestes vasos. O estudo demonstrou a liberação basal da 6-ND pelo endotélio através da cromatografia líquida acoplada à espectrofotometria de massa tandem, mas com redução importante após remoção do endotélio ou após inibição da produção de óxido nítrico (NO) através do tratamento com L-NAME, um inibidor da síntese de NO. Em vasos pré-contraídos com U-46619, o efeito de relaxamento da musculatura lisa vascular destes vasos pela 6-ND foi demonstrada, sendo concentração-dependente, de maneira similar ao antagonista seletivo dos receptores D2-like da dopamina L-741,626. Pela primeira vez, comprovamos a liberação de 6-ND em vasos poplíteos humanos; a sua ação antagonista da vasoconstrição causada pela dopamina através dos seus receptores d2-like poderá abrir novas possibilidades terapêuticas desta substância no tratamento das doenças arteriais obstrutivas periféricas.