Resumo
Objetivo: Avaliar a eficácia através do desempenho biomecânico e clínico dos dispositivos intersomáticos bioabsorvíveis na fusão intervertebral em comparação com técnicas convencionais em modelos animais, com ênfase no impacto do tempo de acompanhamento sobre os desfechos. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática e metanálise com a inclusão de 11 estudos sobre o uso de dispositivos bioabsorvíveis em fusão intersomática vertebral, em comparação com os implantes mais comumente usados na rotina da cirurgia de coluna. A Odds Ratio (OR) foi calculada para a amplitude do movimento (ROM), e a heterogeneidade foi avaliada pelo teste Q de Cochran. Análises estatísticas descritivas e testes de hipóteses foram realizados para avaliar os parâmetros taxa de fusão, altura discal interveretbral e ROM. Resultados: Os 11 estudos incluídos somaram 244 animais. A análise revelou uma OR acumulada de 1,70 para ROM e taxa de fusão, nos primeiros quatro meses de seguimento. Não foram encontradas diferenças significativas nos parâmetros de altura nos seguimentos dos estudos. A heterogeneidade entre os estudos foi baixa, indicando consistência nos resultados. Conclusão: A análise sugere que os cages bioabsorvíveis apresentam vantagens em períodos de acompanhamento inferiores a quatro meses, e que não há inferioridade nos resultados em períodos de acompanhamento maiores que quatro meses em termos de taxa de fusão, identificadas pela ROM e altura intervertebral.
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