Qualificações e Defesas

ASSOCIAÇÃO DOS NÍVEIS DE VITAMINA D COM A GRAVIDADE E ATOPIA EM CRIANÇAS COM SIBILÂNCIA RECORRENTE

Candidato(a): Juliana da Silva Torres Orientador(a): Adyleia Aparecida Dalbo Contrera Toro
Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente
Apresentação de Defesa Data: 02/05/2024, 13:30 hrs. Local: Anfiteatro do Departamento de Pediatria
Banca avaliadora
Titulares
Adyleia Aparecida Dalbo Contrera Toro - Presidente
Roberto Jose Negrao Nogueira
Débora Carla Chong e Silva- Universidade Federal do Paraná
Suplentes
Emilia da Silva Gonçalves - Prefeitura Municipal de Campinas
João Paulo Becker Lotufo - Hospital Universitário da Universidade de São Paulo

Resumo


Introdução: A prevalência da sibilância recorrente (SR) vem aumentando tanto no Brasil como no mundo e apresenta uma importante causa de morbidade e mortalidade nos primeiros anos de vida. Vários estudos vem se concentrando na função da vitamina D em ações extra- esqueléticas e no possível papel na modulação do sistema imunológico, além da relação com a gravidade e a atopia nos lactentes e pré-escolares sibilantes.

Objetivo: Avaliar os níveis de vitamina D e sua associação com a gravidade e atopia de lactentes e pré escolares sibilantes.

Métodos: Foram selecionadas crianças de 2 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias de idade acompanhados no Ambulatório de Lactente Sibilante do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Estudo longitudinal, prospectivo, analítico e observacional, realizado entre dezembro de 2017 e março de 2020 no Ambulatório de Lactente Sibilante do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas com lactentes e pré-escolares de 2 meses a 4 anos 11 meses e 29 dias de idade. Os participantes incluídos foram avaliados no outono-inverno e na primavera-verão. Utilizou-se uma ficha clínica e, em seguida, coletado vitamina D para análise. Foi utilizado um nivel de corte de vitamina D < 20ng/ml para deficiência e < 30ng/ml para níveis insuficientes.

Resultados: Foram avaliados 137 lactentes e pré-escolares com idade mediana de 20.7 (12.2-32.0) meses. A prevalência dos níveis de vitamina D < 20ng/ml na primeira avaliação foi de 12,4 e na segunda avaliação 9,0 . Quando analisamos a prevalência dos níveis de vitamina D ≤ 30ng/ml, observamos que na primeira avaliação foi de 56.9 e na segunda avaliação de 42.3 . A prevalência da insuficiência da vitamina D foi maior no grupo coletado no outono-inverno, pacientes atópicos e os com dosagem de IgE alta. Os níveis de vitamina D foram maiores no grupo coletado na primavera- verão, pacientes não atópicos e os com dosagem de IgE normal. Não encontramos associação da insuficiência de vitamina D e a idade, sexo, cor da pele, uso de protetor solar, período do dia de exposição solar, tempo e frequencia de exposição, e a gravidade da sibilância recorrente, assim como entre os níveis de Vitamina D e gravidade e número de crises de sibilância. A prevalência da deficiência de vitamina D foi maior no grupo amamentado por mais de 6 meses, nas crianças que tiveram frequência de exposição ao sol 1 vez por semana e 3 vezes por semana.

Conclusão: A prevalência da insuficiência da vitamina D é maior nos pacientes atópicos. Não houve associção da deficiência de vitamina D e atopia do paciente. Os níveis de vitamina D foram maiores no grupo coletado na primavera-verão, nos pacientes atópicos e nos pacientes com dosagem de IgE normal. Não houve associação entre os níveis de vitamina D e internação no último ano, número de crises nos últimos três meses, número de crises nas últimas quatro semanas e gravidade da sibilância recorrente.



Candidato(a): Élio Bittar Barbosa Orientador(a): Eulalia Sakano
Mestrado em Ciências da Cirurgia
Apresentação de Qualificação Data: 02/05/2024, 16:30 hrs. Local: Auditório 2 - Instituto de Otorrinolaringologia da Unicamp (IOU)
Banca avaliadora
Titulares
Eulalia Sakano - Presidente
Wilma Terezinha Anselmo-Lima- Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Albina Messias De Almeida M Altemani
Suplentes
Carlos Takahiro Chone

INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA E LASER VAGINAL: REVISÃO NARRATIVA E ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO COMPARATIVO AO TREINAMENTO MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO

Candidato(a): Samantha Condé Rocha Rangel Orientador(a): Luiz Gustavo Oliveira Brito
Doutorado em Tocoginecologia Coorientador(a): Cassia Raquel Teatin Juliato
Apresentação de Defesa Data: 06/05/2024, 08:30 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-graduação
Banca avaliadora
Titulares
Luiz Gustavo Oliveira Brito - Presidente
Marilene Vale de Castro Monteiro- Universidade Federal de Minas Gerais
Adriana Orcesi Pedro Campana- Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher - UNICAMP
Jorge Milhem Haddad- USP - Universidade de São Paulo
Luiz Francisco Cintra Baccaro
Suplentes
Arlete Maria Dos Santos Fernandes
Elizabeth Alves Gonçalves Ferreira - Faculdade de Medicina da USP
Rose Luce Gomes do Amaral - Universidade Estadual de Campinas
Zsuzsanna Ilona Katalin de Jármy Di Bella - UNIFESP

Resumo


Introdução: O tratamento cirúrgico com sling de uretra média é considerado o padrão-ouro para a Incontinência Urinária de Esforço (IUE), no entanto, é necessária a oferta de tratamentos não invasivos para mulheres com esta condição. Objetivo: Revisar a literatura sobre o laser vaginal na IUE e comparar a eficácia e a segurança do laser fracionado de CO2 versus o treinamento muscular do assoalho pélvico (TMAP) em mulheres com IUE. Métodos: Foi realizada uma revisão narrativa sobre IUE e laser vaginal (artigo 1), um ensaio clínico randomizado (artigos 3 e 4) e seu protocolo de estudo (artigo 2) sobre o efeito do laser fracionado de CO2 versus TMAP em mulheres com IUE. No ensaio clínico randomizado, não cego e de não inferioridade, 94 mulheres com IUE foram randomizadas em dois grupos: grupo laser de CO2 (n=47) e grupo TMAP (n=47). No grupo laser de CO2 (Monalisa, DEKA), as participantes receberam três sessões de laser com intervalo de um mês entre as sessões, e no grupo TMAP, 12 sessões de TMAP, duas vezes por semana. No desfecho primário, a diferença média nos escores do Questionário Internacional de Incontinência - Incontinência Urinária - Formulário Curto (ICIQ-SF) entre os grupos laser de CO2 e TMAP foi avaliada em três, seis e 12 meses de acompanhamento. E como desfechos secundários, os sintomas do assoalho pélvico foram avaliados através do Questionário de Impacto do Assoalho Pélvico (PFIQ-7), a função sexual através do Índice de Função Sexual Feminina (FSFI) e a melhora da IUE após as intervenções através da Impressão Global do Paciente da Melhoria (PGI-I). Uma análise de diferença média com intervalo de confiança (IC) a 95 foi usada para identificar a margem de não-inferioridade. A não-inferioridade foi considerada se o limite inferior do IC a 95 não a ultrapassasse. Análises por protocolo (PP) e por intenção de tratar (ITT), com um nível de significância de 5 (p<0,05) foram consideradas. Resultados: Na revisão narrativa, uma história clínica detalhada, exame físico minucioso e exames complementares são essenciais na avaliação da IUE. Além disso, os três tipos de laser (laser de CO2, laser Yag e laser de Erbium) têm um mecanismo de ação semelhante no tratamento de mulheres com IUE. O protocolo do estudo detalhou a metodologia e o cronograma para a realização do ensaio clínico randomizado. Por fim, no ensaio clínico randomizado de não inferioridade, foram encontradas diferenças significativas nos escores totais do ICIQ-UI-SF em ambos os grupos após três, seis e 12 meses de acompanhamento. O TMAP melhorou o domínio desejo do FSFI entre a linha de base e 3-6 meses, enquanto o laser CO2 melhorou o orgasmo FSFI, dor e escore total após três meses e o orgasmo FSFI e escore total após 6 meses. No entanto, não houve diferença entre os grupos na função sexual após 12 meses de acompanhamento. Considerando uma margem de não inferioridade de -4, o laser de CO2 foi não inferior ao TMAP na melhoria do escore total do ICIQ-UI-SF após três, seis e 12 meses de acompanhamento nas análises por protocolo e intenção de tratar. Conclusão: A revisão narrativa discutiu o mecanismo de ação do laser e suas ações no epitélio vaginal anterior. O protocolo do estudo delineou as ações tomadas para o ensaio clínico randomizado, que demonstrou que o laser de CO2 foi não inferior ao TMAP para o tratamento da IUE após três, seis e 12 meses de acompanhamento. Assim, é possível sugerir que a terapia a laser possa integrar o arsenal de tratamento não cirúrgico para a IUE feminina.



PREPARAÇÃO DO ATOR/CANTOR NO TEATRO MUSICAL: da literatura às vivências

Candidato(a): Marília Andreani Paes Leme Giffoni Orientador(a): Ana Carolina Constantini
Mestrado em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
Apresentação de Defesa Data: 07/05/2024, 14:00 hrs. Local: Anfiteatro da Pós-Graduação/FCM
Banca avaliadora
Titulares
Ana Carolina Constantini - Presidente
Leslie Piccolotto Ferreira- Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Iara Bittante de Oliveira- Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Suplentes
Marta Assumpção de Andrada e Silva - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Nubia Garcia Vianna

Resumo


Introdução: o Teatro Musical (TM) ganhou grande espaço na indústria de entretenimento no Brasil. Com essa conquista, surgiram também novas formas de preparar os profissionais que atuam neste mercado. Reconhece-se a necessidade do ator/cantor de ter flexibilidade para alternar-se em técnicas vocais e uma preparação que está presente desde o início dos estudos, preparação de material de divulgação do trabalho, audições, ensaios, apresentações e pós-apresentações. Objetivo: conhecer a opinião de especialistas sobre a preparação vocal no teatro musical e conhecer a literatura científica com informações relacionadas à preparação vocal no teatro musical. Métodos: estudo do tipo qualitativo e quantitativo realizado em duas etapas, revisão integrativa de literatura e entrevista semiestruturada com profissionais que atuam na área, a fim de responder aos objetivos de pesquisa. Análise de dados: após o levantamento bibliográfico aplicou-se os testes de relevância com check list dos critérios de inclusão, excluindo-se os artigos repetidos. O produto foi separado em áreas específicas. No final da análise dos artigos encontrados, foram cruzados os depoimentos dos profissionais renomados que atuam no mercado de trabalho do teatro musical a fim de se obter relevâncias encontradas em literatura. As entrevistas foram realizadas em ambiente virtual, com perguntas disparadoras a respeito do tema e foram analisadas da seguinte forma: caracterização dos sujeitos participantes, separação de respostas por eixo temático e relação com a literatura previamente selecionada. Resultados: observa-se como a preparação do ator é um processo multifacetado que vai além das técnicas tradicionais de canto, destacando a necessidade de uma abordagem integrada que englobe elementos técnicos, emocionais, de atuação e de movimentação. Em relação às análises das percepções dos especialistas, pode-se separar seus discursos em categorias como preparação vocal, saúde vocal, preparação do ator, técnicas vocais, técnicas de expressividade, a verdade”, perfil do performer de TM, integração corpo e voz, ambiente de trabalho. Há consenso entre os entrevistados sobre a preparação do ator de TM e necessidade de formação do performer, que nos auxiliam a compreender as necessidades do ator. Trazer a “verdade” do texto também foi pontuado como importante. Conclusão: Os entrevistados trouxeram questões relevantes que não aparecem nos artigos, o que pode ter acontecido tanto por estratégias de busca quanto por falta de pesquisa sobre o assunto. O diferencial deste trabalho foi ter uma visão mais abrangente sobre o preparo do ator. Sugere-se maiores investigações sobre o preparo do ator de TM observando principalmente sua realidade no mercado de trabalho e suas reais necessidades.



Candidato(a): Flora Maziero Parizotto Orientador(a): Cassia Raquel Teatin Juliato
Mestrado em Tocoginecologia
Apresentação de Qualificação Data: 07/05/2024, 14:00 hrs. Local: Kazue Panetta
Banca avaliadora
Titulares
Cassia Raquel Teatin Juliato - Presidente
Ticiana Aparecida Alves de Mira- Universidade Estadual de Campinas
Glaucia Miranda Varella Pereira- Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas
Suplentes
Luiz Francisco Cintra Baccaro